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Boas Entradas!



2004 em revista - Parte I: O futebol



Com a passagem de ano é comum fazer-se um resumo de todos os acontecimentos relevantes do ano que finda, tal como referiu o Luís Oliveira em artigo anterior. No caso do futebol e demais modalidades as respectivas épocas de competição vão ainda quase a metade, mas não deixa de ser uma boa altura para reavaliar essa "metade" bem como os frutos da época anterior. Sem prejuízo do que já referiu o Luís Oliveira, para hoje preparei alguns artigos de "balanço". Três, para ser preciso. Neste primeiro, vejamos um pouco mais em detalhe como foi 2004 para o futebol do Belenenses.


Balanço de 2004:

Assistimos ao agoniante final da época 2003/04, consumado numa das piores classificações de sempre (a 4ª pior, para ser mais exacto). Ao leme sucederam-se três treinadores. Manuel José "abandonou" o barco (fica a versão "oficial", que terá sido apenas por dinheiro) para dar lugar a um praticamente desconhecido Bogicevic. Embora simpático e aparentemente trabalhador "Bogie" foi praticamente saneado como se pagasse as favas do anterior mister. Os resultados, contudo, não eram de facto animadores.
No meio de tudo isto, a SAD. Seguindo semelhante processo ao da contratação de "Bogie", o necessário reforço do plantel foi levado a cabo com recurso à "boa-vontade" de um ou dois empresários, sucedendo-se as famigeradas cassetes de jogadores estrangeiros de valia mais que dúbia (de campeonatos como o finlandês!). "Bogie", sensato, rejeitou todos.
Se a opinião dos adeptos poderia ser discutível, surgiu então a intervenção directa do Presidente Sequeira Nunes, rotulando o conturbado momento como a "fase da asneira"... e proclamando o fim da mesma com a contratação de Inácio. Sem reprovar ou desautorizar publicamente os elementos da SAD, foram dados sinais claros de quem iria estar ao "leme" daí em diante.
Em consequência foi contratado um "autocarro" de reforços, sendo que a "mão" de Inácio foi preponderante. Ingressaram na equipa Paulo Sérgio, Emerson, Leandro, Andersson, Hugo Henrique, Ceará e Brasília. Ainda com Bogicevic chegou também o suíço Mangiarratti. De todos estes, Emerson, Andersson, Brasília e Mangiarratti foram os mais constantes (embora o suíço afinal viesse a revelar uma lesão crónica). No entanto e para 2004/05 (de todos aqueles ainda) apenas permaneceram Andersson, Brasília e Mangiarratti (Emerson bem que fazia falta agora). No final da época e a fazer companhia aos reforços "recambiados" seguiram Carlos Fernandes, Hélder Rosário, Verona, Mauro e Fábio Rosa.
Há ainda a referir o rocambolesco e "policial" caso de Valdiran, jogador que já tinha cadastro antes de chegar ao Clube, informação que terá sido ignorada ou menosprezada. No final, mais crimes e a natural dispensa de um jogador habilidoso mas pessimamente formado.

Curiosamente valeu um golo desse mesmo jogador (contra o Alverca no Restelo) para desempatar a igualdade pontual com o dito clube. Igualdade só conseguida, por sinal, graças a uma vitória do "descansado" Moreirense, já que a teórica tentativa de salvação própria no Belenenses-Braga não passou de uma vergonha pública. Com um estádio cheio de azuis (uma vez mais apoiando o Clube nas horas difíceis) a exibição da equipa ainda é hoje difícil de descrever. Um pesadelo. Talvez tenha sido a primeira manutenção vaiada do futebol português (com boa dose de razão face ao que se assisitiu). No fundo foi tudo o que as semanas imediatamente anteriores anunciavam. A apática derrota em Alverca (outro dos momentos mais horríveis que vivi na minha vida "azul"), o aparente "pré-despedimento" de Inácio, os desabafos deste último dizendo que iria fazer uma limpeza de balneário... enfim, a fase da asneira continuou e atingiu o zénite!

Assegurada a manutenção, pairava ainda no ar a decisão de demissão de Sequeira Nunes, comunicada a repórteres após uma anterior Assembleia Geral. Ao que parece os "bons ofícios" dos responsáveis da Assembleia Geral (com destaque para o Major Baptista da Silva) impediram tal desfecho.

Ainda sobre a época de 2003/04 deve-se referir o que noutra altura seria uma oportunidade de "ouro". O Belenenses conseguiu chegar às meias-finais da Taça de Portugal, tendo levado de vencida o Estoril num dos jogos mais sofridos da história do Clube. Tanto sofrimento foi em vão, pois a derrota com o Benfica acabou por ser natural e amplamente consentida. No meio da "asneira", mais uma.

Para 2004/05 sucederam-se mudanças de vulto. Sequeira Nunes assumiu a liderança da SAD, chamando para o acompanharem Barros Rodrigues (executivo) e Vítor Godinho (formação e prospecção). Na medida em que o desempenho de Jaime Monteiro e João Gonçalves, na minha opinião, deixou muito a desejar (e na do Presidente, como se constatou pela substituição), a mudança de equipa foi bem recebida. Mais ainda foi a criação do cargo de Director-Geral, atribuído a Rui Casaca. Por todo o seu percurso anterior, só poderia esperar uma nova e MELHOR forma de trabalhar.
Para treinador da equipa foi contratado Carlos Carvalhal, considerado uma das maiores promessas, supostamente admirado por Pinto da Costa, comparado a Mourinho e um dos aparentes bastiões do futebol "científico-académico" do próprio Mourinho e também de Peseiro.
No plantel ingressaram José Pedro (vindo do Setúbal e desvinculado do Boavista), Juninho Petrolina (ex-Beira-Mar), Amaral (do Leixões), Cabral (de regresso) mais os "emprestados" Cristiano, Rodolfo Lima (ambos do Benfica) e Lourenço (do Sporting).


Balancete para 2005:

No que da época de 2004/05 já decorreu, é de certa forma prematuro alvitrar qual será o desfecho. Para já, a classificação em pouco difere da homóloga em 2003/04. Entre as certezas, o objectivo explícito de alcançar um lugar entre os dez primeiros parece estar plenamente incorporado, pese a oportunidade única de chegar à UEFA. Bastará o 10º lugar?
Outra certeza foi a necessidade de reforços. No sapatinho chegou mais um emprestado do Sporting, Paulo Sérgio, aparentemente para colmatar a saída de Brasília e aparentemente relegando Eliseu para segundo plano (como curiosidade, Eliseu é mais velho e também internacional). Será assim? Paulo Sérgio parece ter sido útil à Académica na época passada, embora seja certo que de momento não é útil a Peseiro.
Chegou também o saudoso e prestigiado Catanha. Embora vindo de duas épocas fracas (incluindo o naufrágio do próprio Celta) e embora, ao que parece, se estivesse a treinar na praia, poderá ser muito útil. Estranhei um pouco que o interesse do Málaga ficasse por concretizar, o próprio jogador afirma que recusou a proposta. Com a sua chegada, porém, parece-me que Rodolfo Lima terá a vida ainda mais difícil.
Agora chegou também Rui Ferreira, um médio defensivo de 31 anos proveniente do Vitória de Guimarães. Desconheço o seu valor, mas ao que parece é lutador e experiente. Neste caso poderá ser Tuck quem fique com menos hipóteses ainda de titularidade (algo compreensível) e Marco Paulo... em parte (apesar da aposta inicial forte de Carvalhal). Será Rui Ferreira o típico "operário" de que falava Carvalhal (tendo entretanto "chumbado" Marco Paulo para o efeito)?.

Entre outros "ensombrados" (para além de Eliseu, Rodolfo Lima, Tuck ou Marco Paulo) encontro ainda Gonçalo Brandão e Neca. O primeiro não parece constituir opção como central (estranhamente, penso eu) e como lateral as coisas continuam a não sair bem (para além de ser 3ª opção). Como atenuante, a sua juventude (embora para Rolando não fosse impedimento). Quanto a Neca, apesar de um ligeiro vislumbre de qualidade contra o Moreirense, continua "tapado" por Petrolina e Zé Pedro.
Ruben Amorim e Jorge Tavares, dada a sua juventude, não são prováveis escolhas sistemáticas (talvez se aplique o mesmo a Gonçalo Brandão?).
No meio disto tudo e acrescentando as dispensas de Sandro e Mangiarratti, dois centrais de raiz aparentemente experientes e com requisitos técnicos aparentemente satisfatórios, parece faltar alguém para a defesa. Como diz o Luís Oliveira, um "patrão". Aqui gostaria de ter mantido um Emerson ou um Sandro (pensando que este poderia ser como o primeiro). Falta alguém com alguma da experiência de Wilson mas com mais "pernas" que este. Bom, se o Gonçalo não é opção, convém mesmo ter um 4º central, "patrão" ou não...
No meio-campo muitos alegam a falta de um armador de jogo. Ou que pelo menos nenhum dos actuais elementos assume categoricamente essa função. Poderá ser uma hipótese de reforço, mas não deixo de considerar desanimador que nem Neca, nem Juninho, nem Zé Pedro estejam à altura. Afinal há gente para o lugar ou não? Ou alguém mais passará para a "sombra"?

Apesar de tudo e mais que os reforços intrigam-me os desígnios do nosso "mister". Intriga-me o inamovível 4-4-2 com um extremo na esquerda, dois a três "playmakers" (que depois não o são) no meio e o defesa-direito ou o segundo ponta-de-lança a fazerem de extremos direitos. Intriga-me o facto de, considerando Pelé e Rolando jogadores mais que satisfatórios tecnicamente, tenham uma "folha de serviço" tão medíocre. A articulação com os médios defensivos e os laterais por vezes parece esfumar-se. E no meio (tudo está no meio-campo, como diria Cruyff), o intermitente pulsar do que deveria ser o coração da equipa. Muitas vezes mal a defender e alternando contra-ataques fulminantes com sequências de passes errados e apatia generalizada.
Depois há os jogos fora de casa, enigma (quase estigma) para o qual não antevejo solução em breve. Será em Setúbal com golos de Antchouet (sem dúvida a estrela da época) e Catanha?

Em seguida (logo abaixo) apresento um artigo com o que considero terem sido os factos mais relevantes para o Clube (não só o futebol) em 2004, bem como as "figuras" de destaque.



2004 em revista - Parte II: Factos e Figuras



Feita a revisão do ano para o futebol, gostaria agora de destacar os factos e as pessoas que na minha opinião mais se evidenciaram ao serviço do Belenenses. Repito, na minha opinião.


Factos positivos:

- A conclusão da remodelação do Estádio do Restelo. Dentro de todas as condicionantes e alternativas, ficámos com um Estádio ainda mais bonito (quando a alternativa mais provável seria ficar na mesma. Repito, era a alternativa mais provável, acreditem ou não). Conseguindo para tal apoio comunitário e camarário, note-se.

- A contínua melhoria da página oficial do Clube na Internet, tendo granjeado a melhor pontuação entre os sites de clubes da Superliga (e 2ª Liga) numa análise recente do jornal "O Jogo". Falta a Loja online, é certo, mas ao que sei não se deve ao site em si (como ponto de venda creio que existem já condições técnicas suficientes) nem aos seus responsáveis. Por outro lado louvo o aparecimento de artigos bem interessantes no Jornal do Clube (sobretudo as entrevistas) e da magnífica Agenda Azul.

- A participação no Euro-2004 com a presença da Selecção Italiana. Indissociável da remodelação, não deixou de implicar um esforço e uma pró-actividade pouco vulgares no nosso Clube.

- A remodelação integral da SAD, com a criação da figura do Director Geral (profissional) e do gabinete de prospecção para o futebol. Enquanto a materialidade e os efeitos deste último são ainda pouco claros, no caso do DG os benefícios são visíveis.

- A realização da "Volta Azul a Portugal" bem como novo encontro de Casas, Filiais e Núcleos. Neste âmbito realço particularmente a organização da visita de dezenas de jovens oriundos das filiais ao Complexo do Restelo, incluindo a nossa esplêndida Sala de Troféus.

- O notável desempenho da Natação Azul, com destaque para as nossas nadadoras, ávidas "coleccionadoras" de recordes nacionais. A coroar o excelente trabalho desenvolvido, a equipa feminina alcançou um meritório 3º lugar no Campeonato Nacional. Associada ainda à Natação, a iniciativa do "1º Mergulho" é também de louvar.

- Os já habituais sucessos do Triatlo, desta vez coroados com maiores títulos ainda. O dinamismo é extensível a todas as camadas jovens, masculinos e femininos. Uma modalidade amadora perfeitamente exemplar.

- O desempenho da equipa de Basquetebol, quer a nível de resultados como de atitude. São os "Guerreiros"! Embora - ao que parece - o esforço financeiro esteja a ser maior que o possa admitir (é a minha única reserva), a aposta em jogadores nacionais e alguns jogadores estrangeiros de qualidade acima da média fez reverter a tendência anterior (muitos estrangeiros fracos e fraquíssimos resultados). Falta chamar mais público, e aí, mais que tentar chamar os Belenenses "futeboleiros", há que olhar para as camadas jovens de Lisboa e arredores que tanto apreciam o desporto. De 2004 fica ainda a digna presença nas competições europeias.

- O desempenho da equipa de Futsal, em muitos aspectos similar ao do Basquetebol. O rumo em direcção ao escalão principal parece firme, neste caso apelando também aos "futeboleiros". As reservas são as mesmas que as do Basquetebol. A participação em mais uma competição bastante profissionalizada é essencial ao ecletismo? Não poderá "desviar" fundos canalisáveis para o futebol/SAD?

- O desempenho do Rugby, embora os resultados de 2004 fossem decepcionantes (sobretudo após a conquista do campeonato em 2003). Porém continuamos com a certeza de contar com os melhores jogadores nacionais (nas camadas jovens também), facto confirmado pela presença assídua e em massa nas Selecções (que prejudicou de certa forma a performance no Clube). Com um grande contributo "azul" os "Lobos" (Selecção Nacional) continuam a afirmar-se como uma das melhores selecções europeias, atrás dos tradicionais 6 do costume (mas a menor distância, sobretudo em relação à Itália) e à frente de nações como a Roménia, a Geórgia ou a Espanha. E no Rugby de "Sevens", ainda melhores.
Destaque ainda para os Juvenis e os Iniciados, com as respectivas conquistas do Torneio Nacional. Prova de que o nosso Rugby está bem e para durar.

- Uma vez mais a digna prestação dos atletas "paraolímpicos" azuis, representando o melhor do atletismo azul. Uma especial aplauso para eles.

- A época de 2003/04 foi bastante interessante na camadas jovens do futebol. Em Juniores foi alcançada a 2ª fase (3ºs), os Juvenis classificaram-se num excelente quarto lugar no campeonato (3ª fase, atrás de SCP, FCP e BFC), enquanto os Iniciados foram 2ºs na 2ª fase. O resultado dos Juvenis foi inédito (mais abaixo voltaremos ao assunto).

- Em Andebol destacaria o 3º lugar dos Juniores no Campeonato Nacional, enquanto os Juvenis sagraram-se campeões da 2ª Divisão. Os séniores obtiveram um "neutral" 5º lugar, tendo porém chegado à final da Taça de Portugal e posteriormente à meia-final da Taça da Liga.

- Outras modalidades demonstram certa vitalidade, como o recém criado Vólei feminino, o Pentatlo Moderno ou o Pólo Aquático.


Factos negativos (ou a melhorar):

- A "fase da asneira", descalabro do futebol, associado a um dos piores desempenhos da anterior SAD (já por si com com desempenho sofrível nas anteriores épocas). Pelo meio, tudo o que menciono no primeiro artigo de hoje. Assim se está agora, esperando que um 10º lugar não seja mau.

- Os "casos" Valdiran e Brasília. No primeiro a decisão pecou por tardia. No segundo, compreendo a decisão, embora seja na mesma uma ocorrência indesejável (seria ele ou o "mister", pois de "paz podre" no balneário já sofremos muito).

- O fecho do caso "Paulo Madeira", que avaliei como sendo bastante insatisfatório. Considerei especialmente afrontoso o jogo "amigável" no nosso aniversário. Não há dúvidas que cedemos, quer pelo peso do litigante (de "má-fé"), quer pelo burocrático peso da ineficácia da justiça.

- O fecho da questão das Salésias, mesmo depois das promessas da Câmara, do Governo e da própria Casa Pia. Afinal e sem ninguém saber o local vai ser sacrificado à construção, restando ao Clube ficar com um espaço reservado no novo imóvel. É o consumar de uma velha injustiça.

- A habitual placidez e ingenuidade face às manobras de bastidores no futebol, sobretudo no que toca a prejuízos arbitrais. Isto embora eu pense que Rui Casaca "move-se" melhor no meio. Quanto ao "apito dourado", entristece-me mais do que esperança. Isto porque vejo confirmados os abusos de que sempre se suspeitou, para além de confirmados os prevaricadores... sem que venham a ter qualquer punição, como será de esperar.

- O facto das contrapartidas pela estadia da Selecção italiana afinal não serem só dinheiro em caixa. Ficou prometido um estágio no país transalpino que entretanto ficou por fazer, salvo erro.

- A "compensação" pela saída de Manuel José, com um jogo no Egipto de benefícios duvidosos. Isto porque o contrato não tinha qualquer cláusula de rescisão (no caso de Manuel José é "brincar com o fogo"). A juntar a isso, mais lavagem de "roupa suja", nunca agradável de se ver.

- A nada elegante dispensa de Bogicevic, como se se pagasse com deslealdade a deslealdade de Manuel José.

- A estranha dispensa de Paulo Morgado, treinador dos Juvenis e adjunto nos Juniores. Também condeno o género de "desabafos" à imprensa que Morgado fez, mas por outro lado apercebi-me de que as críticas em causa eram válidas e as lacunas reconhecidas. Entre elas a incapacidade para receber jovens de fora de Lisboa, algo que agora e aparentemente estará nas prioridades dos responsáveis.

- As fracas assistências aos jogos no Restelo. Quando são consideradas como crónicas cá dentro (e não só pela Comunicação Social), algo vai mal.

- A fraca participação nas Assembleias Gerais.

- A incerteza em torno do Andebol, "condimentada" pelos contenciosos Liga-Federação que têm diminuído e desprestigiado a modalidade.

- A admissão por parte da Direcção de que a manutenção das modalidades "amadoras" em competições profissionais (Basquetebol e Andebol à cabeça) deita por terra a sua auto-suficiência. E que mesmo assim valerá a pena. Será?

- O ainda incipiente merchandising do Clube (embora hajam certas melhorias), sendo que o permanente adiamento da Loja online constitui o facto negativo propriamente dito.

- A incerteza que paira sobre a organização de algumas modalidades amadoras (puramente amadoras), tendo eu recebido algumas impressões de que nalguns casos não são acauteladas as devidas condições para jovens atletas.


As figuras "azuis" de 2004 (segundo os meus critérios):

- Antchouet. Sim, como "futeboleiro" que sou, só posso dar nota máxima ao homem que mais alegrias me dá (a alegria dos golos). Isto embora os resultados da equipa não correspondam, muitas vezes, e embora o nosso "Chou-chou" seja algo trapalhão em certas ocasiões. Mas pelo menos Carvalhal já (re)descobriu a chave para Antchouet ser o pesadelo de muitos defesas. Nitidamente melhor para 2004/05, é o "craque" da minha eleição.

- Rolando. Leva por assim dizer o prémio "revelação". Com 19 anos tornou-se titular na defesa, isso diz quase tudo. É certo que em termos de números e exibição colectiva a nossa defesa anda bem fraquinha, mas Rolando demonstra quanto a mim técnica individual mais que suficiente. Faltará aprender com a experiência e com quem a tem (Wilson?).

- Engº Armando José Cabral Ferreira. É o modesto e discreto "pai" do novo Restelo, com toda a justeza. Mas se foi assim para a remodelação, há que dizer que imprime igual dinamismo em outras áreas do Clube, não se furtando à participação e aos incentivos da "Net" Azul, por exemplo. Raramente encontrei um dirigente que mostrasse tanto empenho e talento em envolver activamente os associados na vida do Clube. Já agora... Boas Entradas, Cabral Ferreira!

- Rui Casaca. Não sendo de excluir a intervenção de Sequeira Nunes ou Barros Rodrigues, creio que é a Casaca que se deve a nova e notória forma de trabalhar da SAD. Segredo e disciplina nos processos de contratações e renovações, assim como na gestão dos maiores problemas do plantel. No discurso também se notam diferenças abissais. As acusações de "infiltrado dos Boavisteiros" para mim são bem injustas. Queiramos nós que possa emprestar algum do sucesso que esse outro Clube alcançou nas últimas décadas (esquecendo os "outros" factores - que tanto me irritam, boa parte desse sucesso teve méritos incontornáveis). Para mim é a peça-chave para a estabilidade do nosso futebol, Direcções e treinadores à parte.

- Miguel Barreiros. É o homem do Site Oficial, sendo endossáveis todos os elogios que o dito site merece. Para além de ter concebido e implementado a actual solução, dinamiza em permanência a actualização de conteùdos, sendo responsável por boa parte dos mesmos. Para além disso tem promovido a interactividade com os associados, não se furtando a prestar os esclarecimentos devidos que estejam ao seu alcance (que outros mantêm em segredo), promovendo a transparência. Para além disto tudo não hesita em esgrimir e defender idéias próprias (e tem-nas!). Para o Miguel também, Boas Entradas!

- José Couto e os Guerreiros. José Couto é o nosso "mister" do ano, quanto a mim. Tem sabido aproveitar e rentabilizar as condições oferecidas com resultados e espectáculo em azul. Quanto aos Guerreiros, correspondem ao que se pede a profissionais briosos. O que, se compararmos com o futebol, é muito! João Barbosa, responsável pela modalidade, acertou desta vez.

- Nuno Lopes. O sucesso do Futsal também tem um nome (como bem me recordou o consócio Pedro Lourenço). Muita vontade de ganhar e "mau" perder quando se perde (no melhor sentido). A Nuno Lopes deve-se em boa medida a entrada com o pé direito na modalidade... e a correr.

- Bruno Pais e Paulo Antunes. Bruno Pais sagrou-se campeão da Europa (Sub-23) e campeão nacional de Triatlo. Paulo Antunes secundou-o como vice-campeão nacional. Não esquecendo também Sarah Moniz, estes atletas fazem do Belenenses uma potência na modalidade, já com tradição própria.

- Patricia Conceição, Harriet Smith, Ana Rita Santos, Joana Oliveira e Joana Bernardes. São as super-estrelas da nossa natação, coleccionando recordes e vitórias individuais nos campeonatos nacionais, para além do já mencionado 3º lugar por equipas. Nos masculinos devem-se referir ainda os jovens recordistas Pedro Oliveira, Diogo Aguiar, Diogo Calado e Francisco Silvério, com especial destaque para o primeiro.

- D. Ana Linheiro. É uma "figura" em permanência. A ela devemos o cuidado e o trabalhoso esforço na manutenção e organização do nosso Museu/Sala de Troféus, com a habitual simpatia e atenção para quem por lá passa. Campeoníssima da natação "azul" dos anos 40, dirigente de várias secções azuis e da Federação Portuguesa de Ginástica, está entre os nossos Sócios de Mérito com mérito extra. Por isso mesmo é também Sócia Honorária, distinção ainda mais selecta. Com toda a justiça. Maior distinção houvesse... (ainda existe a "Cruz de Ouro"?)

- Fernando Riera. Este nosso ex-treinador de futebol (entre 54 e 57) foi um dos melhores do Mundo (levou Chile ao 3º lugar no Campeonato do Mundo, por exemplo). No Belenenses conseguiu o 2º lugar do Campeonato Nacional, na fatídica época de 54/55... em que um golo tardio do Sporting nos afastou de novo título na última jornada (ganhou o Benfica). Na altura os sócios fizeram uma subscrição para entregar um troféu à equipa, como sendo verdadeiros campeões. Em 2004 lembro esta grande figura da nossa história pois decorreram 50 anos após a sua chegada e ainda este ano enfrentou graves problemas de saùde. Ao que parece e felizmente continua entre nós. Assim sendo, porque não uma homenagem do nosso Clube?

- Vicente Lucas. Outra "figura" de homenagem permanente. Aparte o seu lugar cimeiro na história no nosso Clube (curiosamente chegou a titular pela mão de Fernando Riera), é presença assídua nos eventos públicos, com destaque em 2004 para a participação na "Volta Azul a Portugal" pelas filiais, onde é símbolo vivo da grandeza do Belenenses. Tive a oportunidade de o rever na visita a Elvas. Acreditem, tenho sempre calafrios ao estar ao pé de alguém tão GRANDE.

Se falta alguém aqui (sobretudo de outras modalidades que não referi), provavelmente devo desculpas. De qualquer forma aceito sugestões! E porque não, quem são as vossas "figuras do ano"? E "A" figura?

No artigo em seguida (logo abaixo) formulo 12 desejos para o nosso Clube/SAD, centrados no nosso futebol.



2004 em revista - Parte III: 12 passas



A ver vamos, o que nos reserva 2005. Não se esqueçam, é o Pombal e mais 4 jogos para ganhar mais um caneco! Aqui ficam 12 desejos e expectativas para o nosso Belenenses, a serem acompanhados com as respectivas passas:

- O Caneco, claro está; Expectativa realista: O Caneco, claro está.

- Ser Campeões. OK, do 5º lugar para cima na Liga 04/05...; Expectativa realista: O 10º lugar.

- Continuação da aposta nos jovens, para que 2005/06 tenhamos pelo menos 2 titulares vindos da "cantera"; Expectativa realista: Ruben Amorim e Jorge Tavares (eventualmente G. Brandão).

- Bons reforços para 2005/06 com papel activo da prospecção; Expectativa realista: tendo melhorado algo (já não há cassetes), ainda tenho dúvidas. Por agora estão a servir demasiados emprestados (e até agora nenhum é imprescindível). Mas chegam também reforços interessantes.

- Manutenção do equilíbrio financeiro, sustentando - ainda que ligeiramente - orçamentos mais fortes para o futuro. A "venda" de jogadores é uma fonte de receitas incerta. O merchandising, pelo contrário, é um filão que ainda teima em ser pouco ou mal explorado. Expectativa realista: que se mantenha a linha actual, embora devam ser esclarecidas algumas questões. No caso do merchandising, é preciso muito mais (Loja online?).

- Prossecução do projecto imobiliário, com prudência e rigor. E que a associação de moradores vá à fava (ou para o Lumiar, Benfica ou próximo). Expectativa realista: infelizmente a tal associação pode obstruir bastante. Até onde? Veremos.

- Que não hajam "chicotadas psicológicas" a meio de época. Pese algum cepticismo em relação a Carvalhal (do qual partilho em parte), deixar trabalho a meio é algo muito mau. Expectativa realista: se a meio de 2005/06 as coisas não estiverem a contento... não sei não. Depende também das eleições... Não sou por outro lado eufórico ao ponto de querer o Carvalhal como nenhum outro. Mas pelo menos 2 épocas considero como mínimo. Senão não há projecto que arranque.

- Que se mantenha Rui Casaca, firme no planeamento a médio e longo prazo. Expectativa realista: caso haja "azar" com Carvalhal, espero que Rui Casaca resista. Bem como a uma nova Direcção... Mas só vendo. Por outro lado, se as coisas correrem bem, Casaca poderá ser cobiçado por outros emblemas... ou até sonhar com vôos mais altos (dirigir algum clube?).

- Que as eleições sejam concorridas, o debate de idéias seja aberto, sobre questões de fundo e não acessórias. Que haja gente qualificada para as diversas áreas (sobretudo financeira, recursos humanos/organização e marketing). Expectativa realista: as melhores alternativas (ou mais prováveis) a esta Direcção parecem estar no seio da mesma. Das "oposições" oficiosas nem rasto. Resta a força das AG's para não deixar ninguém dormir em serviço. Inaproveitada por enquanto.

- Maior participação nas Assembleias Gerais do Clube e da SAD. Esta vai para os sócios e accionistas (também vai para mim). Expectativa realista: mais do mesmo, sobretudo se as AG's tiverem avisos discretos e sejam aos dias de semana às 20, às 21 ou 22 horas. E claro, se a "nação" azul não tiver razões de queixa. Ou pachorra.

- Que o Belenenses por esse país fora e no estrangeiro não fique pelo último mandato de Sequeira Nunes com a "Volta Azul". O cinquentenário do Restelo em 2006, por exemplo, deve ser preparado quanto antes e a participação de todos é fundamental. Expectativa realista: a presença extramuros pode continuar a ser uma "bandeira" do Clube, veremos como. Quanto ao cinquentenário, já tentei mexer alguma coisa, mas fiquei com a sensação de me intrometer em algo já apropriado. Assim sendo, saia o que sair, espero que seja uma grande festa (e não um acto de auto-promoção de "aparatchiks").

- Last but not least, voltar a ver o Restelo cheio várias vezes. Devem ser reformuladas e nalguns casos retomadas algumas das medidas para chamar gente ao estádio. Com o imenso fracasso desportivo da época passada (aliado à realização de jogos em dias e horas difíceis - TV oblige) é natural que muitas das acções desenvolvidas perdessem eficácia. Mas considerando: o peso das relativo das receitas de bilheteira (diminuto); o potencial de espectadores quando o futebol é bom e vitorioso (ainda muito grande no caso do Belenenses); a importância do apoio das bancadas no rendimento e motivação da equipa; e que mesmo assim é possível ter uma receita igual com 20 000 espectadores pagando 5 euros do que 2 000 pagando 30... estamos à espera de quê? Expectativa realista: uma incógnita. Creio porém que esta questão continuará a ser analisada e pensada pelos respectivos responsáveis.

Todos estes desejos têm um denominador em comum: muito trabalho. No caso dos profissionais, é uma exigência óbvia e natural. No caso dos não-profissionais fala-se mais em "dedicação". Mas eu espero à mesma mais trabalho, a dedicação subjaz.



Um Balanço Síntese de 2004



Chegados a esta fase do ano, é tradicional fazerem-se comentários sobre o balanço desportivo do ano.
Podíamos dividir o balanço com a inclusão de questões administrativas e financeiras, as quais já sabemos que herdámos de outra gerência, nomeadamente o cumprimento do pagamento das dívidas à segurança social, por efeitos da adesão ao então "Plano Mateus".
O que nos preocupa e alimenta o nosso sentir é o estado desportivo do Clube.
Na época transacta, tivemos:
1. um comportamento deplorável no Futebol Profissional, não baixando de divisão, porque até já há alguns associados a comemorar golos alheios.
2. o Andebol está em claro declínio, tendo-se visto que o mesmo se observou pela prestação irregular na época transacta.
3. ao invés, a aposta directiva reside, pelo que me é dado ver, no Basquetebol, onde não têm faltado recursos humanos, financeiros, patrocínios e sei lá que mais.
4. o Rugby teve uma má época em comparação com o que antes nos habituou..maus hábitos.
5. o Futsal, uma inovação desta Direcção, ganhou o campeonato da 3ª Divisão, ascendendo á 2ª Divisão, tratando-se, a par do basquetebol, de outra aposta da equipa directiva.
Extrapolando as prestações para o que ora se passa, diremos basicamente o seguinte, pelo que é dado observar:
- o Futebol está na mesma, apesar da matéria prima acrescentada;
- o Andebol revela maiores insuficiências, visíveis nos resultados desportivos;
- o Rugby parece querer arrebitar;
- o Basquetebol mantem o nível da época transacta, e
- o Futsal caminha na senda da 1ª Divisão.
Seria injusto se não houvesse uma palavra para o nível de produção de jogadores jovens provenientes do Futebol Juvenil. E aqui é o único dado positivo ao nível do Futebol.
Sobre o Andebol, modalidade raínha das amadoras, a Direcção terá de nos explicar se quer a sua pura extinção ou o que quer, dado que nem um único jogador do Leste temos ao serviço do nosso plantel, o que nos coloca em desvantagem relativamente a outros plantéis (v.g o caso do resultado escandaloso em casa com o Madeira SAD...23-38).
Dê lá por onde der, o Belenenses é conhecido no País e no Estrangeiro em razão do Futebol e a aposta terá de ser no plantel do Futebol Profissional, sob pena de não serem necessárias as amadoras por extinção da actividade principal.
Aliás, aqui cabe a perfeita comparação com uma sociedade comercial, a qual tem o negócio principal e acessórios para viablizar o principal.
Só que no caso dum Clube Desportivo pode até acontecer que os acessórios prejudiquem o principal.
E por falarmos em negócio, também a ausência de uma Loja Azul on-line é do mais elementar princípio para uma melhor gestão do Futebol, mas, enfim, neste Clube há coisas que manifestamente não se percebem.
Bom Ano e tenhamos esperança no Futuro.
Saudações Azuis.



Reboliço a norte com viragem a sul?



Meio surpreso e meio estupefacto, tenho vindo a assistir ao inevitável rastreio de quem é quem e como no futebol indígena.
De facto, há coisas que, por repentinas, nos deviam causar imediatas interrogações e acções preventivas como medidas cautelares.
Ou seja, como é possível que certos clubes que não tinham (e não têm) qualquer base sustentável de índole desportiva, apareceram inopidamente na ribalta dos maiores?
Penso que ninguém parou para pensar sobre esta matéria.
Também ninguém parou para pensar como é que paulatinamente as I e II Ligas que integram a Liga Portuguesa de Futebol Profissional rumaram a Norte, ou seja, com clara predominância de clubes e árbitros dessa área.
Anote-se que a sede da Liga é no Norte do país. Nada tenho quanto ás gentes do Norte, nem existe da minha parte uma dialéctica Norte/Sul. Apenas constato as evidências súbitas provenientes do célebre e muito falado na Comunicação Social "Caso do Apito Dourado".




Mas como vivemos em Portugal, onde tudo é possível e onde todo o diploma legal anula ou esvazia parcialmente o outro e, também, onde existe a habituação de considerar normal aquilo que os mais poderosos fazem, há sempre a inevitável fuga para a frente de quem tem culpas no cartório.
O que se tem passado à volta do “Caso Apito Dourado”, dá para pensar e reflectir, o qual mais não é que um ciclone futebolístico que pretende sanar a dívida comportamental do Mundo do Futebol Luso face à Sociedade em que insere.


Não conhecemos os factos em pormenor que estão subjacentes ao processo, porque aqui tem havido melhor preservação do segredo de justiça que no “Caso Casa Pia” não houve.
De todo o modo, o volume de implicados, desde dirigentes, árbitros ou empresários são já em número considerável, prometendo aumentar em novas investidas policiais, após apuramento no segredo dos gabinetes das responsabilidades de cada um.
Mas conhecemos os efeitos e esses são de facto indiciadores de algo muito grave não só no desvirtuamento da Verdade Desportiva, falando-se agora no visionamento de jogos do(s) campeonato(s) para sanar dúvidas, bem como de tráfico de influências.
Mas os efeitos mais clamorosos consistem no progressivo afastamento ou restrição de acção de alguns dirigentes e/ou agentes desportivos, para além de empersários, considerados até então intocáveis, quase todos com medidas de coacção penais gravosas.
A juntar a estes casos, não nos podemos esquecer do afastamento compulsivo de ex-presidente do V. Guimarães, embora por motivos diversos ao caso em apreciação em tribunal.
Fala-se agora que o anti-ciclone iniciado em Gondomar pode rumar a Sul.
E na parte que ao Belenenses diz respeito e já que aparentemente estão a ser visonados jogos dos campeonatos, bem pode o nosso Clube disponibilizar de imediato um monte de cassetes de jogos onde fomos vilipendiados na Verdade Desportiva citando-se o exemplo mais clamoroso o do último campeonato em que tivemos o Marinho Peres, quando se somaram 7 (sete) jogos consecutivos de prejuízos arbitrais, para além do jogo com o FC Porto, no Restelo, que teve igual tratamento, assim como o de este ano no Dragão a juntar a uns outros "erros" em Alvalade, Coimbra e Estoril.
De todo o modo, no eventual rumo a Sul do presente "caso" espero que não sejamos atingidos por algum estilhaço.
Pessoalmente, e porque acompanho o fenómeno desportivo nas suas múltiplas vertentes gostava que o "Caso do Apito Dourado" tivesse uma célere resolução e não se faça arrastar à boa maneira portuguesa, porque quanto mais tempo a dúvida se instala entre as pessoas, deixa de ser dúvida para passar a ser uma verdade adquirida, sejam as pessoas inocentes ou culpadas, como de resto se viu na abertura do julgamento do “Caso Casa Pia”.
Espero, ainda, que o Desporto e a Justiça saiam vencedoras.
E seria mais bonito que, por abstracto, se conseguisse fazer Justiça por uma vez e se aferissem as classificações reais face aos eventuais favores que alguns clubes gozaram em desfavor de outros.
Saudações Azuis.



A atitude da equipa




Sob o título em epígrafe, anota-se que os jornalistas andam à pesca de notícias do Belenenses em todos os fóruns de discussão da Vida do Clube, com especial relevo para o Futebol.
para os incautos, é bom estarmos atentos ao que sai na comunicação social, porque ás tantas mais não dizem que aquilo que pensamos.
Isto faz-me reflectir sobre se o Belenenses devia ou não ter alguém que veiculasse semanalmente as suas notícias e não relegar os mesmos para o que sai no site oficial, o qual para a voracidade jornalística é manifestamente pouco.
"Falta de ambição, ousadia e agressividade foram estas algumas das críticas dos adeptos azuis em jeito de desabafo após a derrota em Alvalade. Numa rápida consulta pelos fóruns de discussão sobre o clube do Restelo na Internet as opiniões são unânimes e reflectem um sentimento de frustração pela atitude demasiado retraída da equipa, mormente na primeira parte, pois na etapa complementar Carlos Carvalhal tentou alterar as coisas, com as entradas de Juninho Petrolina e Brasília. Sintomático foi o reparo de um dos apaniguados belenenses: "O melhor ataque da SuperLiga não pode resumir-se a um remate de Antchouet."
A verdade é que esta foi a segunda vez que o Belenenses regista um "goal average" preocupante nos últimos três compromissos fora de portas: seis golos sofridos e nem um marcado, sinónimos de três derrotas, atenuadas apenas pelo facto de terem sido averbadas no Dragão e em Alvalade. Em contraste os encontros disputados intramuros têm sido avassaladores: três vitórias, nove golos apontados e apenas dois consentidos. " (sic em "O Jogo").
Ora bem, vem esta crónica a propósito da mesmissima falta de ambição anotada no passado jogo na Madeira, o qual foi mau demais para ser verdadeiro jogo da I Liga, mau demais para ser um jogo do Belenenses e, também, mau demais por ser um jogo de uma equipa que vinha de vitória que costuma ser moralizadora, tendo entrado dentro do campo aparentemente já derrotada.
Por sua vez, passados que foram poucos dias, a tal "vitória moralizadora" parece-me ter sido obra de puro engano, uma vez que, como aliás eu aqui vinquei na crónica ao "jogo" da Madeira, na 3ª Divisão há melhores jogos e a prová-lo, a Oliveirense podia e devia, em condições normais, ter eliminado o adversário da talvitória moralizadora.
De onde se conclui que jogar com esse adversário não pode ser ponto de aferição para os jogos seguintes, mas sim com os restantes, com aqueles que fazem pela vida, que lutam e mostram garra, algo desaparecido da nossa equipa.
Equipa essa que classfico, como por aqui costumamos dizer, de "engate". Se as coisas batem certo, entra tudo. Se as coisas dão para o torto é "um ver se te avias".
Esperemos pela restruturação da equipa para que não faltem desculpas para um desempenho uniforme de forma continuada, quando não a equipa do Belenenses até pode ser considerada dentro da categoria dos anúncios de publicidade enganosa.
Quero que se inverta tal situação e, para variar, quando é que ganhamos fora de casa?
Está a ser mau demais para um treinador a quem lhe foi renovado o contrato por mais 2 épocas e relativamente ao qual existe um capital de confiança desmesuradamente grande quando comparado com semelhantes casos em anos diferentes.
Saudações Azuis



Festas Felizes e... azuis!



Meu Querido Pai Natal




Aqui vos deixo um artigo do Nuno Perlouro, publicado na Mailing List e aqui publicado com a autorização expressa dele.
Bem sei que este ano não me portei muito bem.
Passei uma época terrível, numa fase da asneira interminável que quase ia dando cabo do meu pobre coração. Sobrevivi à tangente.
Depois do Verão, tive boas notícias: mudanças na SAD, profissionais à frente do futebol, um treinador jovem, contratações acertadas.



A pré-temporada foi dando boas indicações. O início do campeonato empolgou-me mas à medida que os meses foram passando constatei que a minha equipa tem muitas limitações.
Por isso, Pai Natal, se não fõr muito incómodo, gostaria de receber alguns presentes neste Natal.



A nossa defesa é muito macia. Se puderes dar-me um central tipo José António, da Académica, ficava satisfeito. Falta-nos um armador de jogo porque o Neca está fora dela e o Juninho tarda em afirmar-se. Em Vila do Conde mora um tal de Ricardo Nascimento que é bem jeitoso. Do lado esquerdo a saída do Brasília tarda em ser preenchida. Em Moreira de Cónegos, poderiam ser nossos amigos outra vez se nos vendessem um tal de Lito que não é nada mau. E o lateral Tito também não era de excluir porque até marca bem livres directos. No ataque se pudesses ir ao filão africano ou de leste trazer-nos um matador ficava-te grato. Se não fôr possível observa bem o avançado Nei da Ovarense e o Evandro do Maia. Ah! Não te esqueças que o senegalês N´Doye, que nos lixou na Amoreira, acaba de rescindir com o Estoril.
Fico a aguardar notícias tuas.



Interrupção da SuperLiga



Ora bem, terminada a 15ª jornada vamos para descanso da SuperLiga.
Este nome é meio esquisito, para disfarçar as insuficiências do Futebol Luso, as quais lá vão sendo colmatadas por uma selecção que teve a sorte de apanhar um grupo de apuramento a jeito e vem de 2 ou 3 apuramentos para fases finais, porque em matéria geral de clubes, com apenas uma excepção, creio bem que a maioria das equipas portuguesas, niveladas que estão por defeito, não teriam grande sucesso em campeonatos mais desenvolvidos ou competitivos, em que as coisas são levadas mais a sério.
Espero que o Pai Natal nos traga prendas no sapatinho que não nos faça estar semana sim semana não com a boca no credo.



A meu ver, precisamos de 2 prendas para o lado esquerdo (defesa e médio-ala), um nº 10 e um patrão da defesa.



Imagino que o Carvalhal possa ser um treinador razoável, mas é o que sempre tenho dito: neste Clube, por insuficiência de meios humanos colocados à disposição dum treinador, não há milagres e, sobretudo, desejo que não necessitemos da dependência dum qualquer Moreirense.
Mas há algo que desejo, também, que consiste em ver umas eleições participadas e com mais de duas listas concorrentes ao acto eleitoral, por forma não só discutir-se bem a sério as idéias das várias tendências de associados, mas também demonstrar que este Clube não está carente de uma sucessão dinástica, elegendo a democracia como princípio base da vitalidade do Clube.
Gostava de ver discutido por dois ou mais candidatos sérios os modelos de gestão alternativos para o Clube.
Ou será que o Pai Natal não aguenta tanto?
Por ora, vou ter com a minha Família, ver em especial a minha netinha já que os jogadores do Belenenses gozam doutros previliégios fruto dos seus ordenados, que lhes possiblitam ir para os seus países.



Para amanhã, ficará a saudação natalícia da equipa do blogue, a qual também merece descansar e dar a atenção que as respectivas Famílias merecem.
Um Bom e Feliz Natal para todos.
Saudações Azuis.



O "nosso" Juninho não foi castigado




Acabado de ler "A Bola" on-line, estamos safos, porque o único Juninho castigado foi o do Beira-Mar.
Menos mal.
"Castigos da Superliga:

1 jogo:

Anunciação (Moreirense)
Flávio Meireles (Guimarães)
Jorge Costa (FC Porto)
João Pedro (Estoril)
Juninho Petrolina (Beira-Mar)
Lucas (Boavista)
Luís Loureiro (Braga)
Liedson (Sporting)
Miguel Fidalgo (Nacional)
McPhee (Beira-Mar)
Miguelito (Rio Ave)
Renato (União Leiria)
Ricardo Quaresma (FC Porto)

21-12-2004 22:27 "
Meninos bonitos... estes jornaleiros de trazer por casa.
Saudações Azuis



A terceira dimensão



Ao avaliar o desempenho de uma equipa de futebol há duas vertentes básicas, duas "dimensões": a qualidade e os resultados.
Não vou aqui discutir o que é o "bom futebol". Alguns dizem que o praticamos (com base nalguns jogos), mas tenho sérias dúvidas.
Quanto aos resultados, aí é mais fácil, os números não enganam. O Belenenses está a 4 pontos da linha de água e a 10 do primeiro lugar. Razão para alarme?

Nada disso. Há que olhar para a terceira dimensão: os objectivos. De facto, se estes são cumpridos, os resultados são suficientes e a qualidade também é suficiente. Dá para passar. É assim com qualquer um dos outros "grandes" quando ganham o campeonato - mesmo que não joguem nada; e é assim para qualquer equipa pequena quando se consegue aguentar na Superliga - a jogar ainda menos.

Então vamos lá pôr óculos especiais para ver as três dimensões ao mesmo tempo. Se olharem com atenção logo percebem que o "título" é ficar do 9º lugar para cima. Para simplificar, o nono lugar passa por ser o primeiro. O décimo lugar equivale a um segundo e por aí fora. Para não passarmos por calafrios, o 15º é considerado o último (valha-nos isso), para não repetir a época passada.
Assim sendo o Belenenses encontra-se neste momento em terceiro lugar, a 3 pontos do primeiro (o Marítimo) e a 1 insignificante ponto do 2º (o Guimarães). E tem 3 pontos de vantagem sobre o "último" (o Nacional, claro). Em suma, está tudo em aberto e "não vamos mal", está "controlado". Ufa! Era mesmo só da minha vista!


Estes felizes consócios também já conseguem
ver a terceira dimensão

Estamos quase a fechar a primeira volta, convinha talvez obter mais alguns pontos para não ficarmos com os mesmos da primeira volta da época passada (18). E temos de esperar que a 2ª volta seja melhor que esta primeira e melhor que a da época passada. Caso contrário acabaremos com 36 ou com 35 pontos.
Portanto "excedam-se" lá por favor, a recepção ao Gil Vicente é um jogo para ganhar, sem dúvidas. Depois segue-se o Setúbal, que mesmo orfanado do nosso actual mister e tendo notórias carências no plantel (e salários em atraso?), está em 6º lugar. Será que acabamos a primeira volta sem ganhar fora?... Quando ganharemos? Ou será que nada disto fica bem... em 3D?

PS: Não me agrada nada ler no site oficial o título "estranha irregularidade". Da última vez que "estranhámos" veio uma "fase da asneira" (a hecatombe incompreendida). Ou será que a terceira dimensão não foi bem esclarecida? Haverá uma quarta?



Há jogos melhores na 3ª Divisão




NOTA PRÉVIA

O signatário e o Pedro fizemos um acordo manhoso, acordo esse que me obriga a escrever algo se perdermos enquanto ele fica resfatelado no sofá a assistir à forma como tenho de me desunhar para escrever uma crónica de uma derrota. Mas em caso de vitória, lá vem o bom do Pedro na sua exaltação carvalhista.
Acordo a rever, pela amostra de hoje.

VAMOS AO "JOGO"

Sobre o jogo do Belenenses esta noite, eu teria uma das seguintes aitudes: ou vinha para aqui acabrunhado e incapaz seja do que fosse ou dava a volta por cima e eles que se lixem, porque já estou velho para estas tretas.
Ora bem, já estou fartinho de ver jogos de várias divisões, com predominância nas 2ª e 3ª Divisões.
Este jogo de hoje do Belenenses na Madeira foi mau demais para pensar que estava a ver um jogo da SuperLiga. Mas que nome, Jesus, eles arranjaram para qualificar este campeonato!
Aquilo, de parte a parte era tudo ao molho e fé em Deus.
Pé na tábua e de olhos fechados e seja aquilo que o Santo Ambrósio deixasse.
O Nacional já não ganhava desde a 6ª jornada, mas qual era o mal? Ainda não tinha jogado connosco.
Nem sequer o Adriano que já não sabia o que era meter um golo, teve a suprema prenda de ter uma dócil defesa que permitiu desengulhar-se.
De facto, a nossa defesa mete dó. Os centrais, sejam eles quais forem, deixam os atacantes fazer o que quiserem connosco.
Não vi qualquer fio de jogo, não vi qualquer motivação nos jogadores, muito menos a moral que um resultado de 4-1 costuma proporcionar.
Não apercebi da existência de jogadores de meio-campo e quando tivemos alguns livres directos à baliza deles andei à procura do Brasília, mas esqueci-me que lhe meteram os patins, alegadamente por ter ripostado pela mesma face da moeda à provocação do treinador.
Mais, até vi inteligências pardas de 2 jogadores: um numa falta que daria penalty, atira-se para fora da área (digam lá se não foi esperteza?) e o outro estava chateado de lá andar e fez uma defesa a meio campo e pimbas olho da rua com ele.

ÁRBITRO

O Paulo Batista fez jus aos meus justificados receios do passado dia 18 quando aqui trouxe o "favor" que ele fez ao Porto na derrota do Belém em Março deste ano.
O Antchouet podía ter sido mais inteligente e ter caído de imediato dentro da área, mas sendo falta, como foi, é penalty e podia ter sido o empate, o que alterava bastante os dados do jogo.
Depois, que dizer dum árbitro que apitou por tudo e nada, em mais de 60 vezes, e nunca deu a lei da vantagem?

CONCLUÍNDO
E pronto, no fim o Carvalhal lá desejou um Bom Natal ao pessoal e assim fica tudo bem na Graça do Senhor.
Saudações Azuis



Estágio Não Remunerado no Blogue




A equipa redactorial deste blogue promove a partir de hoje o concurso para a licitação de um lugar de cronista de jogos da SuperLiga, nomedamente quando o Belenenses perde.
Como devem calcular os potenciais interessados poderão ter o seu futuro assegurado, dado que a Comunicação Social anda sempre de olhos postos nestes blogues, além de que poderão ter um futuro eventualmente garantido na comunidade belenense.
Concorram e verão que não se arrependem.
Saudações Azuis.



Crónica mais logo




Daqui a um tempo, está prometida a crónica ao "jogo" da Madeira.
Estou a beber água.
Saudações Azuis



Uma semana em grande



Já foi há uma semana mas ainda estamos de papo cheio. Não porque se tenha ganho ao Benfica - quem não ganhar ao dito grupo excursionista terá dificuldades em ganhar a quem quer que seja - mas porque o Belém mostrou confiança, garra e... avançados. Os mesmos que nos jogos anteriores vinham escasseando, para nossa infelicidade e alegria das balizas contrárias. Ainda assim, quer parecer-me que há oito dias foram quatro mas podiam ter sido mais outros tantos. Que os nossos rapazes os tenham guardado para hoje, que tudo aplicado num só dia ainda provocava maleitas.Noutro plano, se é certo que é sempre simpático despachar a equipa da segunda circular com esta limpeza, não é menos verdade que os últimos tempos nos proporcionaram outras alegrias. No mesmíssimo dia em que somámos 18 pontos, a SAD anunciou a renovação do contrato com Carlos Carvalhal. Há quanto tempo não se renovava no Restelo um contrato antes do Natal...?! E é justamente esse o melhor sinal que os sofredores belenenses poderiam receber este Natal. Em jeito de prenda, ficámos com a certeza que já lá vai a fase da asneira; que é tempo de estabilidade e de preparação atempada do que aí virá em próximas épocas. Mas este não é caso único e outros pequenos sinais vão chegando frequentemente: há dias, Casaca dizia à imprensa que Antchouet não estava no mercado em Janeiro. Que era - isso sim - tempo de consolidar e fortalecer. A gente belisca-se e é mesmo verdade. Parece-me que com a chegada de Sequeira Nunes à SAD, a dita acertou o passo e está aí para preparar alegrias vindouras, sendo possível vislumbrar - digo eu que vejo de fora - a recandidatura do presidente para novo mandato à frente do futebol azul, agora que parece estar à vontade nos meandros da coisa. O céu azul vai estando limpo no Restelo. Que mais podemos pedir nós para o Natal? Uma prenda antecipada: noite inspirada de Antchouet e companhia e os três pontos respectivos mais logo. Como não pode deixar de ser.





Ganhem-me isto!




Para a viagem ao Funchal, onde o Belenenses defrontará amanhã o Nacional da Madeira às 18H15, em jogo a contar para a 15ª jornada da Superliga, o técnico Carlos Carvalhal chamou dezanove jogadores.

Belenenses - Marco Aurélio, Pedro Alves, Marco Paulo, Andersson, Rodolfo Lima, Eliseu, Pelé, Rolando, Lourenço, Antchouet, Amaral, Juninho Petrolina, Tuck, Neca, Wilson, José Pedro, Gonçalo Brandão, Ruben Amorim e Cristiano.

A partida será transmitida em directo pela Sport TV.
Nada falta para ganharmos, execepto metermos os golos e ter cuidado com as dimensões do relvado.
Saudações Azuis



Lembram-se do Batista?




Lembram-se dum jogo no Porto contra o FCP, em que tal como o Elmano deste ano, o Paulo Batista, fez das suas ao assinalar dois golos inválidos a esse clube, por forma a desestabilizar o Belenenses e dar a vitória ao adversário?




Foi em Março de 2004, em que se viu nos camarotes uma estranha aliança entre o Pinto da Costa, Sequeira Nunes e...Pimenta Machado.
Foi um jogo com uma arbitragem tenebrosa, por virtude de ter sido:
Paulo Batista, 2 - Belenenses, 1.
Sendo o primeiro golo marcado pelo FCP após empurrar o Filgueira, tal como o Amaral foi empurrado em Coimbra e por ter assinalado um inexistente penalty, por alegada carga de Wilson.
Eis Paulo Batista na Madeira.
Saudações Azuis.




Nota de rodapé: azia contínua



Esta semana deparei com a seguinte referência ao último Benfica-Belenenses no corpo de uma crónica do Jornal "A Bola":

"quatro golos encaixados no relvado do ex-estádio do Presidente Américo Thomaz"

O objectivo principal do artigo em questão foi demonstrar, uma vez mais, como o Benfica encontra-se refém de "homens maus", pois só isso pode explicar os fracassos, também reconhecidos. Assunto "nacional", portanto (como se todo o país tivesse culpa de terem eleito o Dr. Vale e Azevedo, por exemplo).
E no meio, aquela "pérola", que só posso entender como mais uma normal demonstração de mau perder, comum naquelas cores, mais comum ainda - e de forma bem infantil - na autora em causa. Bem, já terão adivinhado quem é a benfiquista.

Ainda pensei duas vezes se deveria escrever este artigo, pois mesmo sendo sobre gente ignara que confunde sistematicamente o "popular" com nacional-boçalidade, felizmente não estão nem são do Belenenses. Se calhar não mereceria a pena...
Mas seja, não vão os incautos enfiar mais esta carapuça. Fique a saber aquela senhora que o Estádio do Restelo nunca foi "do" nosso consócio Américo Thomaz. Não foi ele que o construiu nem nunca foi seu proprietário. Mas se quiser mais pormenores pode falar com um jornalista (a sério, claro). Gostava de ver se manteria aquele mau-perder brejeiro se por exemplo dissesse tal alarvidade a Homero Serpa. Que experimentasse falar com gente séria em vez de fornecer leitura diária a pacóvios.
E que fique claro, nunca nenhuma figura do antigo regime alguma vez se propôs ajudar o Belenenses como certo Presidente de Câmara fez com o Benfica recentemente (não foi o primeiro, é certo), pois era questão de Estado que o Benfica tivesse estádio novo à conta do Euro (alvíssaras, o rural e beato povinho precisa, não se perca o terceiro "F" tal como foi sublimado nos velhos tempos!). Se calhar esse Presidente merecia o nome do novo estádio...
Já nem falo do que saíu do bolso dos contribuintes (22.5 Milhões de Euros) para que o vosso novo estádio fosse realidade (também não foi a primeira vez). Mas, que digo eu? Ora aí está a "Democracia"! Nem o Presidente do Conselho chegava a tal ponto...

Não vale a pena falar nos Belenenses seguidos pela PIDE, na espoliação das Salésias ou na tentativa de espoliação do Restelo (ainda pelo antigo regime, claro, enquanto o país "verdadeiro" se deliciava com a equipa oficial). Seria como tentar ensinar matemática a uma galinha. Não vale a pena. Ficam as dicas, porém, para os que não vendem o cérebro para poupar na conta da Luz. Perdão, da luz.

Desculpem o desabafo, encontrarão algo mais sério no artigo em baixo, que era o único previsto para hoje.



Pérola vulcânica



Poderia não ser a pessoa mais indicada para fazer uma antevisão de um Nacional-Belenenses. É que por razões familiares tenho uma simpatia muito especial pelo Nacional, embora não possa dizer que seja o meu 2º clube. Isto não só porque sou acima de tudo do Belenenses, mas também porque na minha opinião considerar clubes como "segundos" de pouco vale para os ditos emblemas. Tal como um benfiquista, portista ou sportinguista dizer que o Belenenses é o seu segundo clube (muito bem, podia ser pior, mas em Clube que se preze como o nosso, não se quer simpatia em 2ª mão, quer-se apoio).

Assim sendo, não hajam dúvidas, qualquer resultado adverso para o Belenenses é adverso para mim. De qualquer forma espero ajudar a conhecer e compreender melhor o Nacional, algo que aliás tenho procurado fazer também para os outros clubes. Pelo fair-play e pelo civismo. Depois que ganhe o melhor... esperando que o Belenenses seja melhor!

O Clube Desportivo Nacional (mais conhecido por Nacional da Madeira) é uma instituição relativamente antiga, tendo sido fundado em 1910, apenas uns meses depois do seu maior rival, o Marítimo. O futebol na Madeira, porém, apareceu bem antes, embora ficasse reservado em boa medida à comunidade britânica. Aliás alguns atribuem a Harry Hinton a introdução deste desporto pela primeira vez em território nacional (em 1875). Mas quer o Marítimo quer o Nacional foram impulsionados sobretudo por portugueses, iniciando assim uma verdadeira tradição futebolística madeirense. No caso do Nacional foi escolhido o preto e branco para as camisolas (no caso do Marítimo foram as cores da bandeira da República). Se o nome "Nacional" pode suscitar algumas dúvidas... "políticas", atente-se a este trecho do hino (que sei quase de cor): "Defendemos nosso brio; Com orgulho e altivez; Porque somos; Desta raça; Deste povo Português".

Quanto ao percurso histórico do Nacional, é inegável e óbvia a "sombra" do maior rival, o Marítimo. Saiba-se porém que o Nacional foi o representante madeirense nas edições de 1933/34 e 1934/35 do antigo Campeonato de Portugal, não tendo obtido grande sucesso (na altura com entrada directa nos quartos de final). Na primeira vez ainda vendeu cara a derrota frente ao forte Barreirense (seria finalista da edição); na segunda participação foi "cilindrado" pelo Sporting. Não chegou a cruzar-se com o Belenenses, na altura já vencedor por 3 vezes do troféu. E poderia tê-lo sido por mais uma vez (pelo menos), não fosse uma estranhíssima final na edição de 1925/26 da qual saíu vencedor... o Marítimo (a actuação arbitral foi de tal forma que a nossa equipa saíu de campo antes do final do jogo).

Uma outra curiosidade é o facto de o Estádio dos Barreiros ter sido construído... pelo Nacional, tendo sido inaugurado em 1927. Como é que passou a ser propriedade do Governo Regional da Madeira (partilhado por todos os clubes) e agora espaço exclusivo do Marítimo, é assunto delicado (que não nos diz respeito!). O facto é que o Nacional inaugurou em 2000 um novo estádio, bem longe do centro do Funchal, em plena serra (o campo da Choupana, baptizado com o nome de Rui Alves, presidente que levou a cabo a obra). Quanto às relações com o Governo Regional, devo dizer que não são... simples. Sem querer novamente politizar ou desviar-nos demasiado, é de referir que Alberto João Jardim (no seu jeito peculiar) recentemente adjectivou o Nacional, como sendo um "clube de elites privilegiadas", o que não é verdade.
Por outro lado e em 1997 Alberto João tentou a fusão dos 3 grandes clubes da Região (sendo ele maritimista era legítimo duvidar qual o objectivo), sem sucesso, pois a ela se opuseram quase todos os adeptos, começando pelos próprios maritimistas. Enfim, não basta subsidiar para destinar... Afinal era como tentar fundir Belenenses, Sporting e Benfica: só interessa a quem pensar ficar bem por cima.
Não deixo porém de ver algumas semelhanças no tratamento dado ao Nacional comparando com o nosso Belenenses, salvo as devidas distâncias (já que o Belenenses é maior que o próprio Marítimo... por enquanto! Ah, e nenhuma entidade pública nos apoia, claro!). Esse aliás foi o meu objectivo principal, não esquecendo também o tratamento que o próprio Alberto João Jardim tem dispensado ao nosso Clube ("mapuatas", "clube de bairro"). Por isso - e não pela política - lhe dedico estas linhas. E que se lembre dos 3-0.
Ah, é também arreliante quando certos conhecidos "continentais", ao saberem que alguém é da Madeira, logo perguntam pelo Marítimo. Ui - na minha família já estão habituados(as), como Belenenses e Nacionalistas (Benfica ou Sporting? Porto?!??!? Académica?!?!?!?!? Boavista?!?!?!?!?!?).



Tantas vezes envolto no "capacete" funchalense (o nevoeiro que se eleva da serra)
o campo da Choupana proporciona uma atmosfera algo intimidatória.
Nas alturas do Engº Rui Alves "mora" também a única, incansável
e afamada claque feminina, a quem desejamos um
simpático desgosto para amanhã.

Analisando agora para o historial dos jogos Nacional-Belenenses, logo se vê que é reduzido. Com efeito só em 1975/76 é que o Nacional ascendeu às competições nacionais (3ª Divisão); em 1977/78 ascendeu à 2ª Divisão, onde se manteve até alcançar a primeira presença na 1ª Divisão, facto que ocorreu em 1988/89. A estreia do Belenenses foi boa, com uma vitória por 0-1. Em 1989/90, porém, um descalabro: derrota por 3-0. Recordo que nesta época a Madeira teve a presença de 3 equipas na 1ª Divisão (incluindo também o Marítimo, claro, e o União). O Funchal juntou-se assim a Lisboa e Porto no restrito grupo de cidades que já tiveram pelo menos tal número. O mesmo se passou no campeonato de 1990/91. Se nessa época o resultado do Belenenses foi novamente positivo (vitória por 0-1), o mesmo já não se poderá dizer da classificação final dos dois clubes: acompanharam-se mutuamente na descida de divisão, o Belenenses em 19º e o Nacional em 20º. A luta foi muito renhida (o CDN-CFB foi o antepenúltimo jogo), com mais de metade das equipas do campeonato em risco até bem próximo do fim. Calhou a "sorte" a clubes do Sul e ilhas (juntando o Estrela da Amadora).
De recordar ainda que a melhor fase nacionalista foi conduzida por um adepto da escola do "nosso" Marinho Peres (seu ex-adjunto): Paulo Autuori.

Em 1991/92 os dois clubes estiveram então na 2ª Divisão, sendo que o resultado, se bem me recordo, foi uma derrota por 0-1 (presenciei o jogo, mas já foi há algum tempo!). O golo nacionalista, porém, foi irregular. Para além de ser em tempo de descontos "esticado", foi precedido de um centro efectuado para lá da linha de fundo. Com que autoridade o digo? Bem, bastará dizer que um parente do próprio Presidente do Nacional assim me confirmou, estava no enfiamento da jogada (não sabia é que eu era do Belenenses, concerteza!).

O certo é que o Belenenses conseguiu regressar ao primeiro escalão. O Nacional, por sua vez, iniciou um longo "calvário". Só regressou dez anos depois, com 3 presenças na 2ª B pelo meio.
Em 2002/03 o Belenenses não conseguiu melhor que um empate na Choupana.
Em 2003/04 o Nacional-Belenenses marcou um segundo passo no descalabro que se começava a adivinhar (a "fase da asneira"). Após o primeiro passo (derrota em casa por 1-4 com o FCP) a nossa equipa foi goleada pelo Nacional por 4-0, levando apropriadamente com um... "bailinho". Com isto preparou-se a saída de Manuel José. Muito se disse sobre essa deslocação, incluindo uma suposta saída nocturna de certos jogadores, supostamente com a conivência de mais alguém. Nunca soube se seria mais que um boato, portanto como boato deve ficar. Mas atenção, num passado mais distante já pude de facto comprovar comportamentos menos próprios da nossa equipa na "Pérola do Atlântico". Toda a envolvência da bela ilha convida à descontração, é certo, e a própria viagem de avião pode confundir alguns entre o que é trabalho e o que é turismo. Espero (e tenho quase a certeza) que desta vez não vamos fazer turismo... a mais.

Quanto ao actual momento da equipa e tendo em conta as advertências acima referidas - mais uma boa viagem e aterragem, pois por vezes podem perturbar os menos habituados - espera-se que possa aproveitar o momento de "graça" após o massacre imposto ao Benfica. Seria bom ter mais 3 pontos a juntar a esses outros 3 (infelizmente não foram mais que 3). O Nacional está a realizar um campeonato muito discreto, talvez acusando em demasia a saída de Rossato para o Porto (entretanto emprestado à Real Sociedad, enquanto Paulo Assunção foi pela mesma tabela para o AEK). Adriano que o diga...
Quanto a Casemiro Mior, depois de manter e até superar o legado de Peseiro com a melhor classificação de sempre (4ª lugar e lugar na UEFA, por sinal a 1ª vez que ficou à frente do Belenenses), tem a imagem algo desgastada junto dos adeptos nacionalistas. Se o técnico recomendado por Scolari atingiu alta cotação na época transacta, já esta época preocupa mais os adeptos o facto de contarem com 13 brasileiros no plantel contra 9 portugueses (mais 1 espanhol e 1 argentino), nem todos com valor indiscutível.
Mas o Belenenses só será superior se ganhar. É claro que a sorte dita muita coisa, mas não vamos deixar que seja ela a decidir. Nas alturas da encosta vulcânica da serra madeirense, FORÇA BELÉM!

P.S.: para os que têm acompanhado de perto os recentes dias deste blogue, poderão estranhar a natureza (e a extensão) deste artigo. Para que não continuem "mal" habituados informo que a intenção de reduzir o trabalho implícito mantém-se.
Algo que gostaria, isso sim, é que por uma vez só os que habitualmente lêem estas antevisões me pudessem exprimir (atravás dos comentários) o que mais gostam e/ou o que gostariam de ler nas mesmas. Repito, por uma vez só que seja!



Reformulação no Blogue




Aquando da abertura deste blogue, defini os parâmetros exactos pelos quais o mesmo se nortearia.
1. não seria concorrencial com os blogues existentes
2. não seria nada anti-Mailing List da qual guardo boas recordações e ainda por lá ando, lendo o que cada um diz e, fundamentalmente,
2. estaria e estou aberto a todos quanto nele quisessem intervir, escrevendo as suas ideias para melhorar a Imagem do Clube de Futebol “Os Belenenses”, por forma a engrandece-lo.
Com base neste último item, foi construida uma equipa que tem funcionado sobre rodas, produzindo ideias nas datas consideradas mais oportunas, tendo em vista a cobertura diária com artigos diferentes.
Inopidamente, em apenas um dia e por motivos diferentes, houveram duas baixas na equipa, aquando duma chegada a casa em que leio 2 mails diferentes de 2 membros com a mesma finalidade: a saída do blogue.
Sobejariam apenas eu e o Pedro, que dariam para marcar presença em 3 ou 4 dos 7 dias da semana.
Existe trabalho feito, concluído e agendado até Abril de 2005, algum do qual até antecipei para ontem e anteontem por entender dever ficar exposto por virtude da importância dos factos, mas no pressuposto da manutenção da equipa que houve até anteontem.
Nestes termos, observo não existirem condições para continuar com a publicação diária de um artigo diferente ou novo, pelo que a partir de agora este blogue passará a ter uma publicação irregular, face aos condicionalismos resultantes das baixas referidas.
Confesso, que minha decisão inicial era a da suspensão sine die até que encontrasse novos parceiros ou uma outra solução, mas penso que, por ora, dá para sustentar o blogue, já que entretanto a situação evoluíu no sentido da manutenção integral do Pedro e do signatário e a participação mais limitada do Henrique.
Entendi ser esta a melhor solução, a qual mais não passa por uma mera carolice ao Clube, tendo também em conta algumas opiniões até então chegadas sobre a matéria, incluindo duas de alguém que respeito e de quem sou amigo.
Recebi, também, um estímulo pessoal da Ângela (basqueteboleira), que se debate com um problema grave na vida dela, para além de também sentir semelhantes dificuldades na feitura do site do basquetebol.
O blogue tem 3 meses e 2 dias de vida e é com esse tempo que regista mais de 5.030 visitas, as mais de 9.630 page views além dos mais de 140 artigos.
Uma palavra para a equipa do "blog do belenenses", nas pessoas do Luciano, Luís e Rui, os quais sempre utilizaram desde o começo deste "canto" de uma lisura de princípios e de estímulos, bem evidentes no dia de ontem.
Também o Pedro Lourenço aqui surgiu num "aqui d'el rei" para que este blogue prossiga
Pois então, cá estamos para o que der e vier, sendo apenas de de ser triste que passemos a ter audiências menores por força dos novos condicionalismos.
De todo o modo, estou feliz com o trabalho destes 3 meses, estando aberto ao contributo de novos redactores, caso estejam imbuídos do espírito e o sentir da alma Belenense.
Obrigado pelo vosso estímulo e já agora, se não for pedir muito, bem sei que os vosso blogues vos dão trabalho, mas as sugestões ajudariam muito.
Saudações Azuis.




O "Mestre de Obras" do Restelo




De uma forma discreta, mas eficaz, tem havido no mandato da actual Direcção um homem que aceitou abraçar a condição de "mestre de obras" do Complexo Desportivo do Restelo e dar uma boa lavadela de cara aos cerca de 13 hectares que nós lá temos ( sendo inicialmente 11 hectares, passaram posteriormente a cerca de 13).
E esse homem, pouco dado a faladuras ou a fotografias é até um indíviduo de trato fácil e acessível. Por vezes, rabugento, mas não é dos piores.
Que o digam alguns membros membros da Mailing List do Belenenses.
Estou a falar do Armando José Cabral Ferreira a quem o Homero Serpa numa das suas crónicas a propósito do Novo Restelo, trata de José Cabral.




Scolari e Cabral Ferreira no Restelo

Pois este vice-presidente já esteve no controlo da execução física de variadas obras aproveitando os dinheiros de Quadros Comunitários de Apoio e, também, não se afastando o Clube in limine na totalidade do Euro2004, dotando-se o Restelo de condições previligiadas para que uma boa selecção optasse por nós, como foi o caso da Itália.
Veja-se a relação de obras executas no Restelo nos últimos tempos.

1 - Colocação de soalho flutuante, reparação de cobertura, reformulação dos balneários e pintura das envolventes no Pavilhão Acácio Rosa
2 - Ajardinamento, reparação e plantação de arvores no parque de estacionamento das piscinas
3 - Colocação de relva sintetica no campo nº 3
4 - Reparação dos balneários do campo nº 3
5 - Reparação profunda do relvado (tapete novo) e dos balneários do campo nº2 (usado pelo futebol profissional durante as obras no topo sul)
6 - Reparação profunda no relvado do campo nº1 com colocação de novo sistema de drenagem
7 - Reconstrução e Reformulação de todo o interior do topo sul ( 2 ginásios, 4 balnearios, posto medico, salas de tratmentos, cabine de árbitros, salas para observadores dos árbritos e observadores da Liga, sala de hidroterapia com tanque de banhos, banheira de hidromassagem para 8 pessoas, sauna, banho turco)
8- Torres de iluminação novas
9 - Cobertura do topo norte e reformulação das bancadas e infra estruturas
10 - Colocação de piso sintético no polidesportivo
11 - Pista sintética para o atletismo
12 - Cobertura e recuperação das Piscinas
13 - Remodelação das bancadas e coberturas do Estádio do Restelo, iniciando-se pela bancada dos sócios, seguindo-se o topo norte e já perto do Euro a bancada nascente.
De facto, o Armando Cabral Ferreira foi e é um mestre de obras na forma como conduziu todo este processo de obras.
E já agora, numa cumplicidade entre mim e um outro amigo comum, o Luís Gomes, cá vai uma pequena brincadeira, quando nos questionávamos sobre os reforços da equipa de futebol. Eis um "reforço" e para quem viu a primeira foto, facilmente conclui que é mesma personagem:


O "Reforço"

Dir-se-á que, possivelmente com outra direcção far-se-ia melhor, mas eu direi que talvez melhor não, mas diferente sim.
Hoje em dia, já não me questiono tanto quanto a deitar ou não abaixo o Restelo como Ramos Lopes o desejava, porque o que o questiono no Estádio é, de facto, apenas e só o grande afastamento da linha de jogo do público.
Esse para mim, é o maior inconveniente para nós em termos de resultados desportivos e um melhor apoio à equipa.
Um abraço amigo ao Cabral Ferreira em particular
e
Saudações Azuis




Até qualquer dia



Até ainda há bem pouco tempo não me passava pela cabeça que a minha contribuição desta semana tivesse este título e, obviamente, como assunto a razão que a seguir passo a apresentar.

Comecei a colaborar neste espaço, para mim estreia absoluta em matéria de blogues, a convite do seu criador e responsável, o meu amigo e consócio Luís Oliveira. Foi com grande prazer que aceitei a difícil tarefa de pertencer ao corpo redactorial permanente, que considero uma honra, e fi-lo por duas razões. Em primeiro lugar pela elevada estima e consideração que me merecem todos os membros desta equipa, depois, last but not least, por deste modo poder dar a minha modesta contribuição ao alto objectivo que temos em comum: o engrandecimento do nosso querido Clube de Futebol “Os Belenenses”.

Em todos os artigos que aqui publiquei, fossem as “Histórias de Belém”, fossem artigos de opinião sobre a actualidade e o futuro do Clube, sempre tive como referência e padrão o elevado nível cívico e a qualidade das intervenções dos meus “colegas de ofício bloguista”. Eram estes os parâmetros pelos quais esperava continuar a pautar as minhas futuras intervenções neste fórum, que, infelizmente, não virão a acontecer. Esforcei-me por atingir esses objectivos, quer na correcção do estilo, quer na qualidade do conteúdo e forma dos meus textos. Devo reconhecer, com humildade, que não terei atingido essa meta, pelo que apresento a todos, formalmente, o meu pedido de desculpa.

Este blogue, com já quase 5.000 visitas apesar da sua tenra idade, é um excelente exemplo vivo da “arte” de ser belenense. Este êxito, que me apraz registar e saudar, deve-se, sem dúvida, à capacidade dos seus redactores, com uma excepção – eu próprio – por isso me retiro.

Cheguei a esta conclusão por uma análise das reacções que alguns dos meus artigos mereceram por parte de alguns (poucos) dos (já muitos) leitores deste blogue. Agradeço, a todos sem excepção, os comentários que fizeram, tanto os elogiosos como os menos agradáveis. Todos cabem e são bem vindos num espaço livre e aberto como este. Não posso contudo aceitar que qualquer das minhas contribuições para este blogue seja sujeita a censura prévia, como sugerido por um dos leitores, nem, estou certo, o Luís Oliveira alguma vez o faria.

Antes de me despedir, peço licença para deixar aqui bem claro, embora (felizmente) para a maioria dos utentes deste espaço tal não seja necessário, que nunca faltei ao respeito a ninguém nem, em minha opinião, usei termos menos próprios. Respeito toda e qualquer pessoa como ser humano que é, desde um santo até um assassino. O mesmo, no entanto, não se aplica às instituições; estas não são pessoas!

Gosto muito do “Cantoazulaosul” que, modestamente, me esforcei por ajudar a construir. Considero este blogue um fórum de GRANDE NÍVEL ao serviço da NOBRE TAREFA de enaltecer um GRANDE CLUBE. Desejo-lhe um longo e risonho futuro. Não quero, por isso, com a minha nefasta presença afastar visitantes, mesmo aqueles (poucos) que se sentem molestados com o baixo nível das minhas intervenções. Todos são precisos. Por isso saio. Com mágoa, é certo, mas convicto de que é o melhor serviço que, neste momento, posso prestar a este espaço.

Aos que, como eu, pretendam continuar a visitar este blogue, incito-os vivamente a fazê-lo. Se me é permitido exprimir uma última vontade como (ainda) colaborador do blogue, aconselho todos aqueles que para aqui enviarem comentários a fazerem-no como a elevação, o civismo e a qualidade dos objectos desses mesmos comentários. Só assim serão dignos uns dos outros.

Caros colegas virtuais, até qualquer dia.
Aos meus colegas deste ofício – Luís, Henrique e Pedro – desejo as maiores felicidades na prossecução desta grande tarefa. Parceiros de agora nestas lides, mas companheiros de armas desde sempre na guerra digna pelo futuro do Belenenses, continuaremos juntos, com honra, noutros campos de batalha. Para eles, até sempre!

Um abraço azul a todos.

Nota do Editor: Face a esta situação e uma outra, reservarei a minha posição para amanhã.




O princípio, o meio e o fim



Como tudo na Vida, há um começo, um meio e um fim.
Por vezes o fim pode assumir carácter de transitoridade.
Não me vou alongar muito mais a este respeito por hoje, porque amanhã e no dia seguinte compreederão a exacta medida destas palavras.
Saudações Azuis




À SAD e a Carlos Carvalhal




Na noite do jogo contra o clube da 2ª Circular, ex-litigante de má fé, foram concluídas e anunciadas ao público em geral a continuidade de Carlos Carvalhal no comando técnico do Belenenses por mais dois anos.
Não foi divulgado que metas foram traçadas para os anos que constituiem a prorrogação do contrato com o técnico.
Sobre cada treinador tenho uma filosofia de fundo muito própria, a qual apenas de forma casuística é excepção á regra.
A excepção desta filosofia foi o caso do Manuel José, o qual revelou o que de facto era e é em termos de relacionamento com a entidade patronal.
A filosofia geral sobre a qual assento o meu pensamento reside no facto de se não forem dadas condições a um treinador para produzir resultados confortáveis, não há nada que lhes possa valer, daí que costume dizer que o Belenenses é para os treinadores uma máquina trituradora.
De facto, o nosso grau de exigência relativamente aos resultados é demasiado elevado em relação aos plantéis colocados á disposição de boa parte dos treinadores.
Daí o insucesso generalizado e as inevitáveis chicotadas psicológicas, até que apareça um técnico que dê menos mal com aquele limitado plantel.
Esperemos que a SAD e a Direcçãop do Clube não se tenha limitado a renovar por renovar um contrato com este treinador, porque acima de tudo tem de lhe dar condições para o sucesso, sob pena de o pouco de bom que possa suceder não ser da competência partilhada da SAD, mas apenas do treinador.
Por sua vez, neste País não está implementada a cultura de manter uma determinada continuidade de um comando técnico por um período plurianual, dado que o que mais interessa são os resultados imediatos.
E aqui temos exemplos estrangeiros, os quais gostaria de ver copiado no Restelo, como sejam, à nossa escala, os técnicos Alex Ferguson no Manchester United e de Arséne Wenger no Arsenal.
Bem sei que este tipo de longevidade é pedir demais.
De todo o modo, creio bem que se o futebol profissional do Belenenses tivesse uma visão estratégica vocacionada para uma empresa, tal como naqueles clubes, tudo era mais fácil para nós, sócios ou adeptos, e para os treinadores, com claro lucro financeiro e desportivo para o Clube.
Saudações Azuis.




Estádio e Projecto Imobiliário




Aquando da gerência de Ramos Lopes, tentou-se fazer passar a idéia de que o Estádio do Restelo não suportava quaisquer tipos de intrevenção dizendo-se, inclusivé, que se lhe tocassem "aquilo dava de si".
Como é óbvio, tal afirmção era totalmente contraditória com o facto do Restelo ter sido seleccionado pela Cruz Vermelha Portuguesa como lugar de excelência para acolher refugiados na eventualidade de um sismo de elevada magnitude na Zona da Grande Lisboa.
Esta selecção ocorreu, se não erro, na breve gerência de Ferreira de Matos.
O projecto consistia em destruir o Estádio do Restelo e construir um outro com cerca de 20.000 lugares na zona do pavilhão e acuais campos de apoio.
Entre a zona destruída ficaria a Avenida Pepe, a qual separava a zona de residência e escritórios com a desportiva.
Este projecto foi chumbado não só pelos sócios, mas também pelos poderes públicos, entre os quais a CML, o IPPAR e a Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém.
A alternativa é por nós conhecida e veiculada pelo portal oficial, havendo, ao que parece, compromissos assumidos com 2 grupos económicos.
Interrogo-me, face à exiguidade de edifícios do seguinte:
Será que o número de fracções habitacionais e não habitacionais sejam suficientes para viabilizar financeiramente o Clube?
Melhor dizendo, não será necessário procurar outros terrenos para edificar outros projectos imobiliários para dar garantias ás gerações vindouras o futuro assegurado do Clube?
As Salésias foram-nos retiradas para ali serem construídos bairros sociais.
Se assim é, não será de encarar tais terrenos como uma mais valia futura na hora de reavermos o que é nosso? Sim, porque na parte que me toca, a questão da irreversabilidade das Salésias nem se coloca, bastando para tal uma acção judicial sobre quem processou o registo da tais terrenos a favor da Casa Pia e na sua ausência, sobre o proprietário, demonstrando como se operou o esbulho desses terrenos.
Que é que temos a perder em não demandar judicialmente a CML ou a Casa Pia?
Por fim, uma reflexão ainda à volta do Eetádio.
Eu gosto imenso do actual Estádio do Restelo e não sei o que sentiria se ele fosse abaixo.
Reflictamos, porém, no seguinte:
1. não estão as bancadas afastadas em demasia do terreno de jogo com a pista de atletismo?
2. será que os custos de conservação e de manutenção não serão elevados demais?
3. será que as assistências justificam um estádio de cerca de 30 e tal mil pessoas?
4. será que obedece aos parâmetros da modernidade?
5. num estádio novo não seria possível acolher lojas com qualidade?
Dantes, não tinha dúvidas.
Depois do Euro2004 e ao ver os estádios novos, fiquei com muitas dúvidas.
Saudações Azuis.




Finais infelizes



O tema que escolhi para hoje envolve dois episódios marcantes na vida do nosso Clube, sobre os quais já “correu muita tinta” (inclusive virtual): a questão das Salésias e o caso “Paulo Madeira”. A ocasião é tanto mais propícia porquanto estes tópicos terão sido objecto de esclarecimentos na última Assembleia Geral do Belenenses (Clube).

E foi com alguma tristeza que constatei que se tornaram assuntos encerrados... em prejuízo do Belenenses. Quando falo em “prejuízo” não quero valorizar se as soluções encontradas foram boas, menos boas, as melhores que se podiam encontrar... ou más. Quando falo em prejuízo lembro que a intenção do Belenenses era obter - com toda a legitimidade - a devolução das Salésias e por sua vez devolvê-las à prática desportiva, corrigindo na medida do possível os males da enganosa e mal-intencionada expropriação. Quando falo em prejuízo lembro que o Belenenses percorreu todo um longo calvário em instâncias jurídicas vendo de cada vez e cada vez mais legitimada a razão que lhe assistia para reclamar o pagamento de mais de 1 Milhão de Euros pelo caso “Paulo Madeira”.

Começemos por este último (o caso “PM”). O caro Luís Oliveira publicou neste blogue a 29 de Setembro um extenso e pormenorizado artigo sobre todos os passos que foram sendo tomados ao longo dos anos bem como as expectativas criadas pelos próprios responsáveis azuis, nomeadamente pelo ex-Presidente Ramos Lopes (ver o artigo). Nessa altura, ao ter sido anunciado o acordo com o Benfica, surgiam as dúvidas. Seria um bom acordo? Dúvidas que terão sido desfeitas nesta última AG.
Se o montante devido (dívida estipulada judicialmente acrescido de juros de mora sobre esse total) ascendia a cerca de 1 500 000 Euros, sabemos agora que foram aceites e recebidos apenas cerca de 600 000 Euros, ou seja, menos de metade. A justificação oficial do Clube foi que, tendo sido consultados vários juristas (um dia gostaria de saber quantos e quais), se chegou à conclusão que o processo poderia ser ainda bastante demorado (sendo passível de vários recursos) e com desfecho incerto para o Clube. Assim sendo optou-se por abandonar a via jurídica e chegar a um acordo “por fora”, bem ao estilo da nossa economia paralela. Fechar a coisa pela metade deveu-se, segundo dizem, ao facto de ser a forma habitual nestes casos.
Numa perspectiva económica podemos ver a coisa assim: as expectativas do Belenenses em ganhar o caso passaram a ser pouco maiores, iguais ou mesmo inferiores a 50%. O que é mais fascinante é que o Benfica, que dizia não ser obrigado a pagar NADA, lá aceitou (e seguramente promoveu o acordo). E porque terá aceite este acordo quando apregoava não ter de pagar nada, supostamente com toda a razão do mundo e arredores? Será que, ao contrário dos “azuis”, aperceberam-se que as hipóteses de perderem o caso aumentaram significativamente? Uma coisa é certa, se pagaram, confessaram a culpa. E se confessaram a culpa...



Tudo se resolve quando existe "amizade" e "respeito"...
(imagem do filme "O Padrinho")

Enfim, um final infeliz. Bem, tendo em conta os níveis de cumprimento dos encarnados, é minimamente satisfatório saber que já tudo foi descontado em 2004. Do mal o menos. No meio disto tudo o aspecto que ainda considero mais caricato é o grande zelo em esclarecer que os negócios de jogadores emprestados não estiveram inseridos no acordo, enquanto dois jogos “amigáveis” o estão. Convidámos "litigantes de má-fé" para um jogo de aniversário condenado a fraquíssima assistência e sem transmissão televisiva. Será uma gorjeta? Talvez, quem presta bom serviço merece gorjeta...

Passamos agora ao assunto “Salésias”. Sobre ele também aqui já se escreveu. Logo no meu primeiro artigo neste blogue descrevi muito sumariamente todas as tropelias e malvadezas infligidas pelos poderes públicos com o fim de diminuir o Belenenses, consubstanciadas na expropriação do belíssimo e pioneiro Estádio José Manuel Soares (as Salésias, ver o artigo). Pouco tempo depois foi a vez do Luís Oliveira pegar na “deixa”, com um artigo fundamentado sobre as reais possibilidades de reaver as Salésias (ver o artigo). No fundo tratou de justificar aquilo que chegou a ser promessa eleitoral. Mas afinal ficámos, não com a devolução, mas com uma tentativa.



O que resta das Salésias hoje em dia

(fotografia do autor)

Relembro aqui uma citação publicada no jornal "O Jogo" na sequência de uma outra Assembleia Geral no início do ano corrente:
"Sequeira Nunes, presidente da Direcção do Belenenses, revelou ontem na assembleia geral de sócios do clube que irá deixar o cargo no final da época desportiva, não completando por isso o mandato para o qual foi eleito, e que terminava em Maio de 2005. A decisão do presidente dos azuis foi tomada, segundo o próprio, pelo facto de a sua Direcção ter conseguido cumprir aquilo a que se propôs: 'Estou crente de que as Salésias vão regressar ao Belenenses no final da época desportiva de 2003/04, e também acredito que os outros dois objectivos do meu mandato, ou seja, as obras do Restelo e o projecto imobiliário, estarão concluídos.'"

Numa coisa dou muito crédito ao Presidente Sequeira Nunes. Com toda a razão afirmou - nesta última AG - que foi esta Direcção mais que qualquer outra (senão mesmo a única nas últimas décadas) a “ressuscitar” o assunto e a pugnar pela devolução junto das entidades competentes. Exemplo disso foi a invocação por ocasião do 84º Aniversário do Clube em 2003 em que o plantel principal realizou um treino simbólico no pelado em que se tornou o mítico estádio (sim, não era apenas um “campo”). Tomo a liberdade de citar a notícia do Record:

“(...) teve lugar uma singela homenagem (em que todos expressaram o desejo de voltar a pôr em funcionamento o antigo campo ao serviço do clube e da escola), na qual discursaram Sequeira Nunes, presidente do clube, Catalina Pestana, provedora da Casa Pia (proprietária do terreno, o qual está junto à escola Marquês de Pombal), Abílio Morgado, secretário de Estado da Educação, e Pedro Feist, vereador do Desporto da CM Lisboa.
O líder dos azuis começou por admitir que estava "contente por voltar uma vez mais às Salésias", esperando que o projecto de recuperar as Salésias se concretize. A terminar, Sequeira Nunes, visivelmente emocionado, disse: "Pode não ser hoje ou amanhã, mas um dia voltaremos às Salésias."
Catalina Pestana confessou a sua simpatia pelo Belenenses, a qual foi incutida pelo pai, "um militante confesso", e adiantou que será possível voltar a pôr as Salésias em condições de funcionamento, tanto mais que o vereador do Desporto, Pedro Feist, se comprometeu a arrelvar o antigo campo. A ideia de recuperar as Salésias foi igualmente bem aceite por Abílio Morgado, titular da pasta da Educação.”

Tendo tudo isto em conta, ou seja, tendo em conta as grandes expectativas alimentadas até há bem pouco tempo pelos diversos intervenientes, como encarar agora a notícia de que as Salésias vão ser sacrificadas (outra vez?) a um projecto imobiliário (outro?) em benefício quase exclusivo da Casa Pia, aparentemente promovido pelo Ministério da Educação, aparentemente já aprovado (!) e agora provavelmente comunicado pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa? Sem entrar em politiquices, note-se que a côr dos titulares dos orgãos em causa não mudou... Ou será que as boas intenções ficaram com Pedro Feist ou Abílio Morgado (que entretanto abandonaram os cargos)? Ou será que - com grande probabilidade - enquanto uns diziam que "sim", outros tratavam da passar à prática o "não"? Sim, porque a aprovação de planos de pormenor no âmbito de um PDM relativamente rígido (e por sua vez estabelecido há 2 anos, salvo erro), não é coisa ligeira... ou estarei enganado? Não estaria este destino das Salésias traçado há muito? Se assim foi, como passou ao lado de tanta gente tão empenhada?
Em suma: as palavras e intenções do dia 23 de Setembro de 2003 foram VÃS! E o Belenenses, uma vez mais, o enganado. Mais uma vez, um final infeliz...

Segundo o nosso Presidente, ao Belenenses bastará (ou restará) agora dispôr de um espaço nessas novas instalações, para poder recordar e perpetuar a memória das Salésias. É uma intenção bonita, mas... o que será concretamente? Uma salinha com a actual placa toponímica mais umas quantas fotografias? Algum monumento? Não consigo imaginar nem perceber muito bem para quê...


A placa que assinala a existência das Salésias
ou Estádio José Manuel Soares (designação pelos vistos esquecida)
(fotografia do autor)

Apesar de tudo isto devo dizer que fico de certa forma aliviado pelo facto de saber que vão acabar de vez com o que resta das Salésias. Heresia? Mesmo para aqueles que, como eu, nunca viram o antigo Estádio, o actual cenário não deixa de ser imensamente triste e deprimente. Então para aqueles que viveram tantas emoções fortes naquele espaço... não conseguem conter as lágrimas, já os vi. Acabe-se então com esta maldição antiga. “Enterrem-se os mortos e cuidem-se dos vivos”, cuide-se do Restelo, que também já nos tentaram tirar. E lembrem-se, as palavras de um vereador, de um secretário de Estado ou de um Presidente de Câmara têm validade certa. Basta chegarem os sucessores. E tudo isto começou porque a um determinado antecessor não agradou a nossa conquista do Campeonato em 1945/46*...

Fica talvez a "mística". Essa vive nas memórias, nos relatos e fotografias. Ou como escreveu Homero Serpa (curiosamente a propósito do treino simbólico de 2003):

"Sobre o chão das Salésias flutua a alma do Belenenses. Pode ficar como está, místico e aparentemente abandonado, podem lá construir qualquer espécie de edificação mas aquele terreno será belenense até ao fim dos séculos. "

* - data de 1947 o primeiro aviso da CML sobre um vago projecto de urbanização da CML... que nunca se veio a concretizar! Isto embora a expropriação só fosse consumada em 9 de Setembro de 1956. A demolição das bancadas só foi concluída em 1961 (salvo erro). As novas instalações da Escola Secundária Marquês de Pombal, inauguradas poucos anos mais tarde, ocuparam apenas parcialmente o espaço do antigo recinto desportivo (que incluía já um pavilhão e campo de treinos). Curiosamente o espaço que correspondia ao estádio em si apenas foi afectado por... um bairro de lata (onde era o antigo peão) e uma vaga rua de acesso (onde era a bancada principal). Nem a já referida escola, em todos estes anos, conseguiu que o campo fosse reactivado e devidamente aproveitado para actividades escolares...

P.S.: Infelizmente e por motivos alheios ao blogue tenho de anunciar o que eu espero ser um "até logo". Ontem decidi cessar a minha participação regular no Canto, não sem antes agradecer a oportunidade dada pelo Luís Oliveira mas também saudar o Abel e o Pedro, todos impecáveis co-redactores e companheiros de velhas andanças na "Net Azul". É uma bela equipa que soube elevar a qualidade deste espaço com resultados visíveis. Gostaria que continuassem assim.
Por outro lado gostaria de agradecer aos leitores que amavelmente expressaram o seu apreço pelo meu contributo neste blogue. Não foram muitos, é certo (foram mesmo muito poucos), mas são bons. De qualquer forma esta nunca deveria ser uma razão para esta "paragem" (repito, os motivos não estão relacionados com o blogue em si). Entre os cumprimentos recebidos agradaram-me particularmente os de adeptos de outros clubes, realçando o "fair-play"/desportivismo com que aparentemente terei escrito alguns dos artigos. Obrigado a eles também!