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Obrigado, Santo Ambrósio



Hoje ganhámoos pela primeira vez fora de casa não só nesta época, mas também, e se ouvi ou li bem, desde 16 de Fevereiro de 2004.
Porquê então este título?
Simples, para os que não sabem, cá vai uma breve explicação: aquando da minha continuada intervenção na Mailing List, bastas foram as vezes que passei a por velas ao Santo Ambrósio para nos livrar da descida de divisão, na convicção que este santo não existia, mas o Henrique nas suas pesquisas netianas lá encontrou um Santo Ambrósio nascido em Itália.
Este ano, já tive requerimentos vários para rezar ao meu Santo Ambrósio, mas quando cheguei ao dito ele mandou-me à fava porque respondeu-me mais ou menos assim: "Outra vez? Passei uma época ajoelhado, já chega de rezas!".
E lá vim eu com o rabo entre as pernas não fosse ainda alterar os ânimos o Altar dos Santos com danos irreparáveis para o Belém.
Hoje, quando marcámos o primeiro golo, liguei-lhe e ele anuiu em rezar mais uns quantos minutos e daí termos ganho. Já lhe agradeci pelo milagre efectuado hoje em Setúbal.

Sim, porque ganhámos por mero milagre, senão vejamos.
Aos 10 minutos da 1ª parte se todas as oportunidades de golo que Wilson proporcionou ao Vitória de Setúbal tivessem entrado, então adeus ao víndima.
Apesar de pensar que a dupla Rolando e Pelé (alguém me explica a saída do Sandro, internavcional brasileiro?) não funciona, para mim é um dado adquirido que Wilson, na condição de jogador, já cumpriu o seu papel e tudo quanto insistirem com ele para jogar a titular é não só mau para o Clube, mas tanbém, para ele próprio, porque a frescura e eficácia do Wilson da dupla com Filgueira não é este jogador que estamos a ver.
Se na 2ª parte as bolas à trave e ao poste, principalmente esta última sem ninguém na baliza, tivessem entrado, imagine-se o resultado consolidado por aglutinação das oportunidades das duas partes.
E o Belenenses na 1ª parte apenas rematou aos 27 minutos de jogo.
Depois, na 2ª parte, diga-se o que se disser, tivemos todas as estrelas da sorte do nosso lado, sendo certo que a equipa adversária estava meio destroçada por efeitos do golo do Juninho Petrolina, no qual se deve aplaudir uma coisa não habitual no Antchouet...um toque de calcanhar deu aquele golo.
Aqui, saude-se, para nosso bem, que aquele jogador marca golos em dois jogos consecutivos (taça e campeonato), o que constitui, na minha opinião efeito moralizador para a eventual eficácia do meio campo nos jogos seguintes.
Agora, há coisas muito simples que gostava de entender no nosso jogo:
1. como é que perdemos tantas bolas no meio campo?
2. como é possível aquele golo do empate, sendo certo que a técnica de treino duma barreira a um livre é estudada ao pormenor no treino, julgo eu?
3. Rui Ferreira é médio ou defesa?
De facto, já não se esperava que pudessemos desempatar a nosso favor e quando olhava para o cronómetro era, no meu íntimo, para ao menos não perdermos, até que surgiu uma jogada inesperada do Cabral sobre um estoirado lateral vitoriano e um Marco Paulo a dar-nos a vitória, não sem que Neca, minutos antes, tivesse ameaçado que tal resultado poderia acontecer para nosso favor.
Fomos uma equipa cínica, sem que nada fazermos de forma eficaz para dar razão à vitória alcançada. Soubemos aproveitar situações em tudo semelhantes ás que no campeonato já proporcionámos de forma ingénua golos aos adversários.
Em minha opinião, houve bem mais demérito do adversário que mérito nosso.
Hoje, seria dia do Pedro escrever, fruto daquele desastrado acordo entre mim e ele.
Não. Estou cansado de escrever sob o efeito da derrota, reservando ao Pedro o elogio fácil do Carvalhal, para não variar.
Deixem-me ao menos, um dia dizer que estou mais aliviado na tabela classificativa, deixem-me pensar que se tivermos semelhante sorte, sem ajudas do Palácio do Presidente do Governo Regional da Madeira, possamos ir um pouco mais além, tanto mais que já não há por lá o Léo Lima. Isto apesar do adversário seguinte ainda não ter perdido em casa.
É assim que o Clube tem de se afirmar: pelas vitórias na modalidade que lhe dá visiblidade e a provar tal facto é que o jogo competiu em horário nobre com os principais programas das restantes tv's cá do burgo.
Viva o Belenenses!
Saudações Azuis



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