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A caminho de Colombo com o factor 0,28



As antevisões aos jogos são da competência do Henrique, o qual, bom rapaz que ele é, entendeu por bem delegar-me neste fim-de-semana tal função.
Cá vai, tanto mais que, segundo rezam algumas crónicas Cristóvão Colombo poderá ter nascido aqui perto, mais exactamente em Cuba (leia-se as conclusões de José Rodrigues dos Santos no seu recente livro Codex632).
O Belenenses vai amanhã fazer trilhar a sua nau pelos caminhos de Colombo, não entre Palos e as Caraíbas, mas entre o porto de Belém e as ilhas da circular lisboeta, um caminho bem mais curto, mas que apresnta algumas similutedes do insucessos das viagens de Colombo com os os insucessos da Nau Azul.
Ou seja, vamos fazer uma pequena visita aos vizinhos do Colombo, os quais como bons caloteiros e abençoados pelo dogma da paternidade do Governo lá vai singrando à pála dos impostos de cada um de nós.
Ele é avalizando acções que nada valem.
Ele é construir um Estádio inútil.
Ele é doar terrenos para projectos imobiliários.
Ele é alterar o PDM à maneira.
Ele é dever e não pagar.
Enfim, um fartar de vilanagem que nem governantes, nem oposição conseguem ou querem por cobro, justamente porque são exactamente iguais aos vizinhos de Colombo.
Os dados estão, assim, à partida, sempre desnivelados para quem jogue com aquela vizinhança de Colombo.
As armas são desiguais, porque a uns tudo é exigido e até se sentem bem na pele de bons cumpridores para com as leis vigentes no reino e a outros mais parecem os da idade média que negociavam no porto de Lisboa as especiarias das Índias ou os metais das Américas ao melhor preço.
Não admira, pois, que tenhamos apenas o factor menos desfarorável de 0,28, ou de 28% de não derrotas em 67 jogos disputados por aquelas bandas.
A nossa nau está meio atafulhada e cheia de lodo, pelo que não se prevê uma boa navegação a bombordo.
Temos, pois, de cuidar dos tiros que possamos levar de estibordo, não vá excessos de cautelas a bombordo e por lá fiquemos sem que tenhamos visto que, afinal, sempre havia um navio de piratas a estibordo, apesar da guarnição deste navio estar algo coxa por inutilização de alguns dos mais piratas, não é de fiar os aprendizes da arte de marear.
Bom será abastecermos as naus de bons comilões de aves, pode ser que a coisa resulte lá com o último dos piratas e é bom não esquecer que os maiores trafulhas dos mares até foram holandeses, porque souberam roubar a nós, o que não é novidade, e aos espenhóis, o que foi uma habilidade.
Esse navio é perigoso e até pode ser um navegante não encartado, mas da ERA das penalidades assinaladas a preceito.
Sinceramente, também tenho medo do comportamento dos nossos navegadores, o que, eventualmente, me pode tolher a vista de tão importante pugna do mar.
Talvez que o facto da nau de Colombo ter sido a Santa Maria e nós sermos de Santa Maria de Belém nos ajude. Nunca que sejamos a nau Pinta, porque essa teve de ser reparada nas Canárias.
Ao menos que não metamos mais água.
Não é pedir muito.



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