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Ecletismo, o seu exacto significado



Muito se tem aqui falado do eceltismo, nas vantagens e inconvenientes do mesmo para o Futuro do Belenenees, mas ainda ninguém, eu próprio, se deu ao trabalho de saber o que signifida o termo "ecletismo".
Muito bem, peguei na minha Diciopédia, versão do ano 2005 e a única coisa que lá encontro é que ecletismo= Arte Helénica.
Os Jogos Olímpicos começaram em 776 a.C. em Olímpia, na Grécia antiga, e duraram por mais de mil anos. Entretanto, o evento religioso que deu origem aos Jogos é bem mais antigo podendo datar do século 13 a.C.Os gregos deixaram para a humanidade um legado único na história de todas as civilizações: o desporto. Não só diversas modalidades de competição que acabariam por tirar o sentido trágico das arenas que sacrificavam pessoas, como a noção da integração dos povos a partir das competições desportivas.
Vale isto por dizer que os gregos, fundadores dos Jogos Olímpicos, interpretaram nas actividades olímpicas lá praticadas o ecletismo como arte helénica.
Ora bem,sendo do Belenenses desde que me conheço, não desdenhei tal arte, antes pelo contrário, uma vez que quando nasci já o Belenenses tinha 32 anos de vida e a julgar por alguns documentos que aqui tenho, abracei um clube eclético que tinha uma arte principal, o Futebol, do qual nos podíamos orgulhar, já que tive prazer ver actuar e até conviver com jogadores como o Yaúca, Palico, Vicente, José Pereira, Quaresma, Rodrigues, José Martins, José António, Godinho (sim o da SAD), Estêvão (andou comigo ao colo) e tantos outros.
Sou do tempo em que vi o Matateu a arrastar-se pelos campos da 3ª Divisão, ao serviço do Amora FC, o qual equipava, também, de azul e no dia em que o Amora com o Matateu foi jogar à minha terra, por efeitos de calendário, foi campo a abarrotar de gente.
Já aqui uma vez falei que o café do meu avô preparava de borla as refeições para as deslocações a Évora da comitiva do Belenenses e fazia-se com orgulho, porque foi algo que o meu avô passou aos filhos e estes deram continuidade.
Tal facto, aliado à similitude de o meu pai ter de ir uma vez por mês a Lisboa para trazer os ordenados da Marconi, conduziu a um melhor conhecimento do real Belenenses, o qual, era substancialmente futebol e tinha depois, algumas modalidades amadoras, essencialmente de cariz gratuito para o clube.
E quão diferente era o Belenenses do antigamente, quando ia à Delegação da Av. da Liberdade, onde havia um bilhar em que estava a jogar o Estêvão e outro qualquer e aos reconhecermo-nos compreedemos que aquele espaço era de puro lazer.
Ecletismo é, também, lazer para terceiros e aqui, pergunta-se, porque razão conferimos lazer ás pessoas e não cobramos pela utilização das instalações.
Não, não falo de helath clubs ou coisas da moda. Falo do lazer que as modalidades cieram criar aos atletas retirados e aos familiares dos mesmos.
Tão diferente que era ver aquele tanque onde o meu pai trocava a roupa pelos calções meio antigos e dava uns mergulhos para esticar as pernas e dava umas braçadas pelas águas meio turvas daquele tanque do jardim.
Era a natação daquele tempo.
Este foi o Belenenses que abracei.
Inopidamente a partir dos anos 80/90 é introduzido um factor eclético bem mais acentuado que nas décadas anteriores.
Lembro-me perfeitamente de umas trocas de impressões no Restelo com alguém que à data opinava que o Belenenses, quanto muito, suportaria uma modalidade mais ou menos profissinalizada. Mais não.
É essa sensação que sempre tive.
Reparem que o meu eceltismo era tanto que até ia a Lisboa de propósito ver ao vivo os Saraus de Ginática que antigamente se faziam, verdadeiros espectáculos de animação, luz e cor, com inúmeras escolas de ginastas em sucessivos e múltiplos movimentos.
Aquilo era ecletismo puro.
Não prejudicava financeiarmente o Clube e dava-lhe notoreidade, porque o Belenenses e o Sporting, à data, competiam entre si com os respectivos saraus de ginástica.
E o meu eceltismo prossegue pela família, já que o meu pai, à sua custa, ia de Vendas Novas, pelo caminho de ferro até ao Barreiro e daí até Belém, para fazer as suas travessias do Tejo, das quais me orgulho.
Isto é ecletismo.
E não consta que na Arte Helénica hajam modalidades e/ou actividades que fossem profissionalizadas, antes pelo contrário.
Era como Gloria Estefan diria no seu "High" hino dos Jogos Olímpicos de Los Angeles: mais alto e mais longe.
Este ecletismo eu agradeço.
O profissionalizado, eu dispenso, para saúde financeira do Clube e para que possamos voltar a ter jogadores do calibre daqueles que atrás citei e já agora, porque não?, treinadores que foram do meu tempo como sejam: Mariano Amaro, Fernando Riera, Otto Glória, Jimmy Melia, Henri Dépireux e já não saliento o último treinador que nos deu as últimas alegrias para não ser repetitivo.
Haja alguém que me explique a razão pela qual se demonstra que se investe mais em 3 amadoras em termos profissionalizados que no futebol que consome cerca de 800.000 contos.
Saudações Azuis



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