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O discurso do ecletismo



No passado dia 13 de Outubro, no Casino Estoril, no jantar de encerramnto do 86º aniversário do Belenenses, jantar este que por alguns foi tão criticado, apenas o poderá ser se lá tivessem ido para ouvir o que foi dito e a razão para certas presenças, em particualar por pessoas cujo ziguezaguear de opiniões deixa muito a desejar.
Adiante.
Daí eu estar perfeitamente à vontade para falar no que lá foi dito, porque fui lá. Não que me agrade o jantar naquele recinto, o qual sempre considerei elitista e fomentador de alguma promiscuidade, por efeitos do negócio sujacente a um Casino. Tratava-se, porém, de dar uma satisfação ao meu pai de quase 86 anos, tantos como o seu e nosso Clube, em receber o seu emblema de 50 anos.
E o Cabral Ferreira disse algo que me deixou deveras apreensivo: a aposta clara num eclestimo, mais num reforço da componente eclética do Clube.
Aqui, e ele mais que todos, sabe bem qual é a minha opinião: amigos amigos, Belenenses à parte.
Vale isto por dizer que, não desdenhando a amizade que me une a ele, não a coloco em primeiro lugar face aos interesses do Clube.
E na minha ancestral opinião sobre a componente eclética do Clube versus futebol, sou claramente pelo reforço do ecletismo cingido ao Futebol. Ou seja, partique-se o ecletismo no Futebol, mediante um acentuar na formação de jovens jogadores que nos aligeirem a questão orçamental da SAD na composição do plantel de cada ano.
Já chega de modalidades amadoras que não trazem qualquer valor valor acrescentado ao Clube, antes reforçam o seu peso orçamental nos desperdício.
E, meus caros, quem tem uma equipa de futebol a arrastar-se pelas ruas da amargura e uma de basquetebol, outra de andebol e outra de râguebi nos lugares cimeiros é porque a lógica do Clube está totalmente subvertida.
Neste moomento crucial da Vida do Clube, serão as modalidades amadoras que recofortam o Clube em termos da sua visibilidade?
Claro que não são.
Desgastar meios financeiros e humanos nas amadoras quando o futebol está de rastos não se trata apenas de dar um tiro no pé, porque estamos em presença de um tiro de canhão no Clube.
E isso não vou permitir, dentro daquilo que poderei fazer, nem que para tanto tenha de bater sempre na mesma tecla.
Caramba, acabados de perder com o Amadora, seguindo-se novos desaires com clubes sem história como os casos de Naval, Rio Ave, afastados da Taça de Portugal, empate em casa, mudança de treinador, seguido de um treinador que já alberga no seu currículum uma descida de divisão, com uma época futebolística seriamente comprometida vem-se falar do reforço da componente eclética?
Espero que bem que não caminhemos por tal rumo, quando não, e porque nada recebemos em troca por tanto ecletismo, estaremos nós a autoexcluirmo-nos do Universo do Futebol, essência do Clube.
A quem se destinou o discurso do reforço da componente eclética do Clube? Aos sócios? Aos convidados? Suponho que a todos os presentes, sendo certo que os mais importantes, a meu ver, foram os sócios homenageados, os quais apenas se revêem no Futebol.
Sejamos claros. Sócios de 50 e 25 anos de Clube não o são por efeitos duma modalidade amadora, mas sim do Futebol.
É esse o discurso e prática que quero no Belenenses. E a começar já nas compras de Janeiro, esperando que algumas estejam já a ser alinhavadas, bem como a reogarnização da SAD, agora que os objectivos iniciais foram pelo cano.
Aqui, discordo do Jorge, desculpe lá, mas os administradores da SAD não têm que nos prestar contas directamente se não atingiram os objectivos. Esse desiderato cabe à Direcção.
Nota Final: teria sido interessante e oportuno que o discurso de aniversário tivesse sido publicado no site do Clube.
Sauadções Azuis



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