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39 a "jéro"



"Quinje a jéro"? Talvez não, mas a nossa equipa em visita a Coimbra deveria levar na bagagem o bom exemplo de uns rapazes que por sinal também envergam o Azul da Cruz de Cristo e há poucos dias presentearam a Académica (em Coimbra), não com "quinje a jero" mas sim 39 a zero! Está bem, estamos a falar de Rugby, mas se quiserem podemos tomar o número de ensaios conseguidos (0-7) como boa e razoável referência. Para mais há algo para vingar, de preferência por números "gordos". Estou-me a lembrar daquela humilhante derrota no Restelo por 0-5 (2003/04), que ainda me está atravessada. E nós que nessa mesma época (na 1ª volta) até tínhamos conseguido uma feliz vitória em Coimbra, com aquele tal golo que o Antchulé fez questão de confirmar com um toque em cima da linha… vindo de uma posição fora-de-jogo (seria golo na mesma, mas...).
Na época passada (2004/05) não houve vingança alguma, sendo que o empate em Coimbra acabou por ser salvo... pelo jovem Jorge Tavares. Caso para pensar...

Quanto aos números da história e retendo o encanto daquela vingança acabada, isto é, por um mínimo de 0-5, pode-se constatar que semelhante resultado já aconteceu por 3 vezes: logo no primeiro encontro para a 1ª Divisão (1934/35), depois em 1955/56 e em 1959/60. Se 5 golos poderão ser enjoativos (como?), poderão servir uns 0-4 como em 1947/48. No lado oposto e em matéria de goleadas adversas (que considero traduzidas em diferenças de 4 ou mais golos), são de esquecer os 6-0 sofridos em 1966/67, estavam os dois clubes em situações também elas opostas em termos de destaque no futebol português (a Académica pujante, o Belenenses em decadência).
Num total de 52 jogos, o saldo é só ligeiramente favorável ao Belenenses: 20 vitórias, 13 empates e 19 derrotas, com 80 golos marcados e 75 sofridos.
Curiosidades: nos últimos 40 anos (22 jogos) o Belenenses apenas venceu em Coimbra por 4 vezes, sendo que a vitória de 2003/04 pôs fim a cerca de 23 anos de “seca”! O resultado mais frequente nestes jogos é um empate a zero bolas (8 vezes) num universo de 23 resultados diferentes! De resto a diferença de golos mais frequente também traduz empates (por 13 vezes), seguida de perto pela vantagem por 1 golo (por 8 vezes) e a desvantagem por 2 golos (também por 8 vezes).
Por fim e já que se fala de Académica, embora referindo-nos a encontros em Lisboa, é impossível não lembrar a vitória recorde (até hoje) por 15-2 nas Salésias (1944/45). É que há vinganças e vinganças. E aquela, por muito que os "estudantes" queiram, fica no nosso papo.

Mas lá está, o que já lá vai, lá vai. O Belenenses de hoje é uma equipa faminta de vitórias. Se no que toca aos jogos no Restelo o ano de 2005 já ficou bem fechado, o jogo de hoje será a despedida em absoluto, conjugando também o facto de por aquelas horas já andar por aí a voar aquele senhor barbudo que distribui presentes aos meninos que se portam bem. Torna-se portanto imperioso que os nossos meninos tenham um comportamento exemplar em Coimbra (não aplicável a Amaral e José Pedro, a quem pelos vistos o Pai Natal pôs de castigo). Ofereçam um radioso e azul Natal a todos... e a possibilidade de encarar o novo ano e a segunda metade da época com mais tranquilidade e ambição (pois claro). Com uma vitória ultrapassamos a Académica e, com mais outra frente ao Gil acompanhada de alguma sorte em resultados alheios, poderemos terminar a 1ª volta 3 a 4 lugares acima da classificação homóloga de 2004/05. Logo transpondo a coisa para a classificação final (que em 2004/05 foi o 9º lugar), como as coisas andam não me custaria assinar de cruz (isto é, terminar 3 a 4 lugares acima disso). Mas já estou a esticar a corda. E os sonhadores, no Belenenses, andam no mesmo saco que os assobiadores. Sem remédio.

Para rematar pego nas palavras que o nosso companheiro Miguel Amaral escreveu depois do jogo com o Paços, complementadas com outro oportuno comentário que outro Miguel (o meu amigo Barreiros) fez também na sequência do último jogo:

"(...) para que semana sim semana não, não estejamos aqui todos contentes ou completamente destroçados, vamos acreditar que a equipa finalmente vai ter cabecinha, concentração absoluta e ambição que chegue para entrar em qualquer jogo sem medo de ganhar!" (MA)

"Todos esperam que de Coimbra venha uma vitória e se reconquiste definitivamente a autoconfiança. Se os atletas acreditarem, será visível e os sócios e adeptos acreditarão também! Alguém tem que dar o primeiro passo e a palavra está do lado da equipa!" (MB)

Toca-o-sino-pequenino, sino de...?



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