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E aos poucos...



E aos poucos... de azul se volta a fazer a esperança para os lados de Belém!

Confesso que subscrevi a desilusão que se apoderou da nação azul, quando se começou a constatar que era ilusória a ideia germinada no início da época futebolística - ou que nos foi vendida - de que o objectivo era chegar a um lugar europeu.

Após um ilusório arranque positivo, rapidamente se caiu num insuportável purgatório que culminou numa infindável série de jogos sem vitórias, incluíndo uma eliminação da Taça de Portugal, na Vila das Aves - onde mais tarde também o Sp. Braga caiu -, culminando na saída de Carlos Carvalhal, por muitos visto como o clone perfeito de José Mourinho.

Ao discurso formatado das "transições defesa-ataque" e das "pressões alta e baixa", sucedeu um sóbrio, e muito discreto, José Couceiro, o qual até já tinha dado cartas ao comando do Setúbal, mas que para mim - até depois de ter tido o prazer, há uns anos, de o conhecer - continua a ter perfil, sobretudo para dirigente ou gestor desportivo.

Poucas mudanças se viam, a descrença continuava, os maus resultados tardavam em chegar, a postura da equipa teimava em não saír de uma apatia atroz, mas as vitórias frente ao Paços, Nacional e Académica, dissiparam algumas (poucas) das muitas nuvens negras que pairavam sobre o Restelo.

2006 trouxe-nos novamente "amargos de boca" com os dois desaires consecutivos em casa (Gil Vicente e Sporting), e consequentemente a descida na classificação, para uma perigosa e angustiante zona de despromoção.

Recordo tudo isto para demonstrar que já estamos habituados a uma época demasiado irregular, pautada por altos e (sobretudo) baixos, mas desta vez - ao contrário de outros momentos de "fé" - algo me deixa mais esperançoso. No empate em Leiria, após uma desvantagem de dois golos, vi (finalmente!) capacidade de reacção, postura competitiva, jogadores a despertar de longas letargias, organização táctica em campo, jogadores colocados nos lugares correctos e uma indispensável voz de comando.

Ontem, numa inesperada tarde gélida, assistiu-se no nosso reduto a um literal recital "na neve", onde um verdadeiro rolo compressor azul confirmou todas as boas indicações que eu percepcionei na partida de Leiria.

Se a tudo isto, juntarmos rigor, estabilidade e sobriedade na gestão do plantel, nesta frenética reabertura de mercado, onde ao contrário de outros - que andaram sem critério a comprar ao kilo - apenas se foi buscar ao desemprego o Rui Jorge e também Dady, confesso que vejo motivos para enfrentar o futuro próximo com algum optimismo.

Reiterando a minha assumida simpatia pela cores sportinguistas, foi com muito agrado que vi - e já o transmiti ao nosso presidente, Armando Cabral Ferreira - o ingresso desse grande profissional chamado Rui Jorge, o qual - dada a sua experiência, maturidade e cultura, - poderá ter um papel decisivo, enquanto voz de comando e de referência no balneário. Ontem, já deu um ar da sua graça...

Por tudo isto, acredito que os ventos são de mudança e...bastante favoráveis à nau azul, pelo que não subscrevo os discursos fatalistas. Poderei estar enganado mas prefiro sucumbir ao doce sabor do optimismo do que ao amargor do pessimismo!

Para já, apenas peço que venha a confirmação na cidade-berço de tudo aquilo que debitei nestes últimos parágrafos!



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