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Mais um jogo decisivo



Calha agora ir a Guimarães. Frente a frente duas equipas que avançaram para 2005/06 com a Europa nos objectivos, que até "trocaram" reforços entre si (ainda que em espécie de ataque e retaliação) e também já trocaram de treinador (não entre si, claro). Em comum - agora - a aflição da fuga aos últimos lugares.
Se em posts anteriores comentei o facto de alguns nossos consócios ainda não terem percebido o que está a correr mal esta época, imagino que para os lados de Guimarães o quebra-cabeças seja ainda maior. Tomando como exemplo o jogo da primeira volta, não se pode dizer (penso eu) que os vitorianos tenham maus jogadores ou joguem mal. Na ocasião pareceu que a fortuna quis estar do lado do Belenenses. Tomando como outro exemplo o jogo Braga-Guimarães, mal se concluiria das respectivas exibições que se tratavam de uma equipa que anda pelo topo, de um lado (o Braga), e outra equipa que anda pelo fundo, no outro (o Guimarães). No entanto o desiquilíbrio do jogo pendeu para os bracarenses, com um golo, um só que tenha sido (e chega!).
Se há que ter sorte, há que procurá-la. E antes do "bem jogar" há que evitar os erros. Quem está no fundo da tabela (talvez com excepção do Penafiel) até pode ter a convicção de que tem jogadores com valor (alguns até excelentes). Até pode vislumbrar, depois de umas exibições menos conseguidas, uns quantos rasgos de futebol que fazem parecer que nem tudo está perdido. No entanto basta um só erro, (sobretudo se cometido mesmo em frente do último reduto) para que tudo vá por água abaixo. E bastará um só erro por jogo para que a classificação se afunde também.

Concerteza que nem só por causa de erros pontuais estas duas equipas estão onde estão. Porque mesmo em matéria de erros pode-se fazer a matemática funcionar a nosso favor. Afinal, quem não erra? Bastará então errar menos que os outros ou, dando a volta ao texto, bastará aproveitar mais vezes os erros dos outros que o inverso. No entanto e levados por tais exercícios de lógica cedo desembocamos em histórias de "pressão alta", de "jogar em todo o comprimento do campo", "alta eficácia" e afins. Bolas, para não errar se calhar não é preciso tanto. Às tantas bastará olhar para onde se deve, "atacar" a bola como se deve, e por aí fora. Se o jogador até tem jeito para a coisa, que esteja concentrado em fazê-la como deve ser.

Posto isto e porque Guimarães e Belenenses estão onde estão, só podem mesmo queixar-se de si próprios. A agora que se vão reencontrar, como será? Quem estará mais motivado? Quem estará mais ansioso? Aqui vejo um perigo, porque a nossa classificação sempre tem mais uma folguinha (para além de jogarmos fora). E o perigo é que se jogue descontraídamente para o pontinho. Não, meus caros, para ganhar o dia há que ganhar os três pontos. Na situação em que estamos e se queremos mostrar que não a merecemos, tem de ser esse o objectivo.
Se ganharmos, eu não vou ter um dia de folga, mas será a semana mais risonha dos últimos tempos. Bem sei que os 5 "secos" já deram graça, mas agora é a sério. É muito sério. E serei o primeiro a dizer que a folga que Couceiro venha a dar - em caso de vitória, não esquecer - até pode ser plenamente merecida.

Ganhem. Habituem-se a ganhar. Tomem-lhe o gosto. Cá estarei para aplaudir de pé o "vício" (tal como o fiz num Restelo que mais parecia ser na Rússia).

P.S.: Não, não me interessa agora quem está lá e já cá esteve. O que importa é que sejamos mais que eles todos. Primeiro o Belenenses tem que ajustar contas consigo próprio...



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