Voltar à Página Inicial

Por um Belenenses renascido



Morreram todos? Ou mandámo-los embora?
Ou desmotivámo-los?
Belenenses: Futebol ou Serviços?

Quando há dias aqui comentei o meu desgosto pelos editorais que foram dados a ler no Jornal do Belenenses (Alexandre Pais, que saudades do anterior Jornal do Belenenses!), tive a perfeita consciência na hora que terminei o meu artigo de opinião e, principalmente, quando o pus no ar que aquilo ia levantar celeuma.
E levantou. Aliás, eu sempre fui apologista do princípio de que há necessidade de "mexer no caldeirão sempre que as coisas não estão bem". E de aplaudir quando estão.
Umas coisas foram ditas em excesso e outras nem devia ter sido ditas na caixa de comentários, mas não estou aqui para censurar quem quer que seja, apesar de por vezes a vontade não me faltar em determinadas ocasiões, dado que quero manter este espaço expurgado de tentações marginais ao Clube e um dos vértices da existência desde blogue é precisamente dar uma boa Imagem do Clube, assim ele me ajude.
Sucede que quase todos nós directa ou indirectamente nos vamos conhecendo. Quase todos, senão mesmo todos que debatem nos fóruns de discussão da Vida do Clube (Mailing List, Blogues, sites, etc.).
E o facto de todas estas pessoas se irem conhecendo preocupa-me e faz-me pensar:
Quantos somos realmente a sentir a Vida do Clube?
Somos só estes que participam neste tipo de discussão?
Ou será que este dipo de debate já é redutor daquilo que é hoje um Belenenses redutor?
Será que aquilo que escrevi há tempos sobre a atletização do Belenenses está mesmo a acontecerde forma acelerada?

Porque se espera e não vamos recuperar esta gente?

Para onde foram todas estas pessoas que estão no Estádio do Restelo no Domigo à tarde, onde eu ía com a minha mulher e a minha filha, sim quando a minha filha passou a ser do Belenenses e me pediu para não ser diferente dos outros meninos que íam de bandeira na mão e lá fui eu comprar uma bandeira de cabo de madeira à pequenota?
Onde está o meu Belenenses do tempo, já nem vou mais atrás, do Rosa Freire e do Barcínio Pinto?
Não tinhamos á data necessidade de nenhuma Digal para oferecer convites para encher o Estádio como nos jogos de 2004 e, principalmente, no famigerado jogo com o Braga em que saudaram os golos do...Moreirense.
Compete aos Corpos Sociais recuperar toda aquela gente que de certeza não morreu toda para o nosso burgo, na condição não só de sócio, mas de assistente de jogos.
Há que recuperar a alegria de jogar com uma equipa de bons valores e que jogue ao ataque no Restelo sem medos de quem quer que seja.
Esta é a tarefa dos dirigentes do Belenenses.
A primordial, aquela que está na base da pirâmide de crescimento ou renascimento do Clube.
Temos de voltar a ter o Belenenses que sempre aprendemos a amar e a estimar e acabar com as pequenas guerrinhas que a nada conduzem, isto sem embargo de a cada um de nós não estar de todo impedido, antes pelo contrário, o máximo dever que até está consignado nos Estatutos e que consiste em zelar pelo bom nome e imagem do Clube, ou seja, sermos permanentemente vigilantes do que bom e menos bom se vai fazendo pelos lados do Restelo, aplicando as regras do que está consignado num pequeno manual sob o título "Um Gestor Um Minuto", o que equivale a louvar quando as coisas estão bem e a criticar no momento certo quando não estão estão bem.

É meu profundo sentimento e sublinho bem isto, que houve um Clube de Futebol "Os Belenenses", sem qualquer dependência de um bingo um de um complexo de piscinas mas com dirigentes capazes de fazer equipas de futebol, de trabalharem para encher um estádio de 40.000 lugares.

Hoje em dia, temos tido dirigentes, cujo facilitismo de gerência proporcionado pelo jogo e pelas piscinas deu azo a que passássemos a ter um outro Belenenses de cariz redutor da sua actividade principal, sem necessidade dos dirigentes trabalharem para captar novos associados, antes os afastando, com a "política do custo zero", por forma a manter um vasto leque de serviços à Sociedade, tal como foi defendido por Sequeira Nunes, bem secundado na oratória pelo Homero Serpa, aquando das primeiras eleições que o conduziram a Presidente do Clube, mas sem tradução no Futebol azul. De tal forma, que as assistências que as imagens ilustravam de há 2 e 3 décadas passaram, num ápice, para os míseros 2.000 espectadores.

Ou seja, em vez de um Clube de futebol e algumas actividades acessórias, passámos a ser um Clube de Serviços.




Enviar link por e-mail

Imprimir artigo

Voltar à Página Inicial


Weblog Commenting and 
Trackback by HaloScan.com eXTReMe Tracker