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Comparemos 1989 com 2007



Nesta coisa da confusão gerada à volta dos bilhetes, há, a meu ver, que comparar o efeito mobilizador da final de 1989 com a final de 2007.
Estive nas duas presencialmente e na de 1989 julgo, para não dizer que tenho a certeza, que adquiri o bilhete no próprio dia do jogo.
Julgo e não quero afiançar, que não me lembro de ter ouvido falar no regime de quotas de bilhetes para sócios de cada clube em 1989.
Os sócios ou adeptos do Belenenses optaram por ficar na cabeceira contrária àquela onde ficaram este ano.
Naquele tempo, a Fúria Azul tinha cerca de 5 anos de nascimento.
Hoje, vai em 18 anos, com mais meios e melhores materiais e as idéias surgem um pouco do movimento dos Ultras que caracterizam a síntese das claques organizadas.
Pelas imagens que aqui tenho e do que me lembro, não me parece que que em 1989 estivessem no Estádio do Jamor mais belenenses que este ano.
Aliás, e aí as pessoas comparam com aquilo que viram as outras traajrem: ou azul ou verde, a mancha azul este ano foi claramente superior à mancha azul de 1989. E isto é tanto verdade se os que lá estiveram em 89 podiam ver facilmente que os pastéis estavam misturados nos muitos lampiões. Não haviam zonas demarcadas de uma forma clara como agora se faz.
Além do mais a capacidade do Jamor de então era, talvez, de 50.000 e agora não chega aos 40.000.
Na parte que me toca, tendo ficado no Sector 28B, Bancada Central Sul, junto à lateral, vi uma clara equitatividade de números quer para um lado quer para outro.
Vi, a título de exemplo, outra família como a nossa com aqueles chapéus em formato de bola de futebol, sentados alternadamente azul com verde, sendo uns na camisola azul os "100% Belém" e outros os "Sempre Sporting".
Houve um saudável convívio e vivência dos momentos mais quentes do jogo, como o fair-play o impunha e a gente civilizada o determina.Aliás, quando o Belenenses sofre um golo eu fico impressionante e aparentemente calmo com um olhar no vazio. A minha cunhada, a única lagarta que connosco ía, disse-me ao ver-me no estado em que estava: "Luís, deixa isso que vais ganhar mais taças".
Portanto, meus caros, não é pelo número de X ou Y "pastéis" que deixámos de ganhar a Taça.
Perdemos, porque alguém tinha de ganhar e não fomos nós.
Paciência, como disse o Jesus, fica para o ano.
Ou seja, para o ano a Taça de Portugal volta a ser um objectivo para Jorge de Jesus.
Deixo-vos aqui uma foto da bancada dos azuis de 1989 e da bancada dos mesmos azuis de 2007 e digo-vos que, ao contrário do que já li de alguns na Mailing List do Belenenses, é claramente exagerada dizer-se que 75% era de lagartos.
Arrisco os 65% versus 35% ou 60% versus 40%.

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