Marco Aurélio: «Sinto-me uma pessoa realizada»

Marco Aurélio, guarda-redes do Belenenses, que voltou a jogar um ano e cinco dias depois da última partida na vitória sobre o Marítimo (2-0), em jogo da 29ª jornada da Liga. O veterano jogador foi convidado por Jorge Jesus para ficar no Restelo por mais uma temporada, mas ainda não decidiu o que fazer quanto ao seu futuro.

«Foi mais um jogo. A concretização de um sonho, de um objectivo que procurava alcançar desde o primeiro dia em que me lesionei. Sempre acreditei que podia voltar a jogar ao mais alto nível. Quero agradecer às pessoas que me ajudaram a recuperar e ao mister que me deu a oportunidade de jogar hoje. Estou bem, estou recuperado e hoje pude fazer aquilo que mais gosto. Foi uma vitória numa batalha que durou muito tempo. Tive que lutar contra muitas situações, mas hoje estou contente».

Foi o último jogo pelo Belenenses? «Em relação à idade, não me preocupa muito. Sou uma pessoa que tem uma vida regrada e penso que posso continuar a jogar ao mais alto nível. Hoje foi mais um jogo, tenho contrato até Junho com o Belenenses, mas agora quero é aproveitar este momento. Não acreditava que isto pudesse acontecer, estou muito contente».

Como foi ouvir o seu nome das bancadas? «É uma alegria muito grande, uma das grande forças que recebi esta época foi dos adeptos do Belenenses. Quando entrei no campo senti de novo aquela adrenalina. Ouvir o meu nome nas bancadas é uma realização profissional. Sinto-me uma pessoa realizada, contente. Quero agradecer o apoio de todos».

O que lhe disse o treinador?
«Disse é que ia jogar hoje, que confiava em mim e para eu fazer o meu melhor. Foi isso que tentei fazer. Depois de um ano sem jogar não é fácil, mas o mister deu-me confiança».

Vai jogar em Alvalade?
«Ainda não sei. Hoje as coisas correram bem. Durante a semana vou trabalhar, mas temos três excelentes guarda-redes. Domingo vamos a Alvalade, é um jogo que todos querem jogar, mas cabe ao mister decidir. Seria um sonho».
* Foto surripada ao Xandala, com adevida vénia.

Etiquetas: História, I Liga 2006/07