A sem vergonha da CML

O signatário é funcionário público e sabe bem, pela troca de opiniões com colegas que trabalham na CML, da falta de elasticidade e da falta de chá da Câmara Municipal de Lisboa. Para mim, tal facto é algo que não é novidade desde que por lá foi induzido, após o tempo de Machado Rodrigues o laxismo do laisser-faire laissser-passer.
É muito difícil dar a volta ás escadinhas que cada processo leva a ser ultimado na dita câmara.
Passam-se tempos, meses, anos e nada.
Há excepções, claro, quando tal mexe com gente de dinheiro e com fortes influências sócio-polítricas, daí que não seja de admirar a aprovação da volumetria dos terenos dos lampiões ou do Parque das Nações, nem seria de estranhar uma sessão autónoma para que os carmonotes fizessem aprovar o loteamento dos lagartos.
Hoje, no que ao Belenensse diz repeito, para além da asfixia financeira e patrimonial que tal município tem vindo a provocar no Belenenses, também a mera passagem de licença de utilização por parte do nosso Clube e fazê-la apresentar para complementar o processo para o licenciamento pela UEFA, está o processo encalhado numa qualquer secretária de um quelquer serviço serviço técnico, o qual por estar de férias, não terá tempo de se pronunciar se temos ou não o Estádio do Restelo em condições para a UEFA.
É a burocracia da CML.
É a CML que os lisboetas têm.É a CMl que o Belenense tem vindo a aturar desde o tempo da sua fundação.
Sequeira Nunes agiu de forma leviana nos interses do Clube.
Deixou que os santanetes aprovassem o chumbo do Projecto Imobiliário, num tempo em que já havia acordo com a Somague.
Deixou que ficasse no vácuo a indicação dos lotes de terreno da EPUL a permutar em direito de superfície, dando um favor político ao Santana Lopes, usando, para tal, o nome e o estauto do Clube.
Usurpou das suas funções e como medalha de bom comportamento foi para presidente do conselho dos anciãos.
Enfim, à falta de outra coisa, o que fazia falta é agitar a malta para acampar na Praça do Município até de lá sair o papel.