Uma paixão fatal
Por Alexandre Pais, em editorial do Record do dia 14 de Março de 2009
A televisão mostrou, não há muito tempo, imagens que constituíam o exemplo acabado da maldade dos homens e de como o fanatismo é triste, mesmo miserável. Refiro-me ao ocaso de Cabral Ferreira na presidência do Belenenses, quando rebentou o problema causado pela indevida inscrição de Meyong. Já muito debilitado fisicamente e apoiado numa bengala, o homem que suportou uma doença gravíssima oferecendo ao clube azul as suas últimas forças - como lhe dera já os derradeiros anos de vida - foi "atacado" por um energúmeno que o insultou e mandou para casa. E lutava nessa altura o Belenenses não por um lugar para não descer, como hoje, mas por um lugar na UEFA. Os furiosos dramáticos achavam pouco e o resultado está à vsita. Elegeram uma direcção "moderna" e "competente", e hoje o clube luta simplesmente para não morrer.
A televisão mostrou, não há muito tempo, imagens que constituíam o exemplo acabado da maldade dos homens e de como o fanatismo é triste, mesmo miserável. Refiro-me ao ocaso de Cabral Ferreira na presidência do Belenenses, quando rebentou o problema causado pela indevida inscrição de Meyong. Já muito debilitado fisicamente e apoiado numa bengala, o homem que suportou uma doença gravíssima oferecendo ao clube azul as suas últimas forças - como lhe dera já os derradeiros anos de vida - foi "atacado" por um energúmeno que o insultou e mandou para casa. E lutava nessa altura o Belenenses não por um lugar para não descer, como hoje, mas por um lugar na UEFA. Os furiosos dramáticos achavam pouco e o resultado está à vsita. Elegeram uma direcção "moderna" e "competente", e hoje o clube luta simplesmente para não morrer.