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Estrelinha cái, cai...




Em meados de Maio passado alguns elementos da direcção do Estrela da Amadora foram constituídos arguídos com termo de identidade e residência por incumprimentos ao fisco desde 2005.
Para além de um divulgado passivo de 2 milhões de euros, as dívidas de curto prazo são de 10 milhões para um orçamento anual de 2,5 milhões. A grosso modo o Estrela precisa de angariar imediatamente o equivalente a 4 orçamentos anuais para regularizar os credores que estão à porta, com a agravante de ter tudo penhorado, desde os terrenos, às receitas do bingo até às receitas camarárias para a sua actividade social.
No mínimo e admitindo que haja alguém que sobre-valorize o património empenhado, o qual como Luís Oliveira já explicou a maré está ao contrário na ordem dos 10%, tal como as receitas do bingo que padecem do mesmo mal que o nosso, o clube não tem condições para que com a dita verba de 10 milhões caída do céu, possa entrar no campeonato em Agosto sem ter nessa altura de novo salários em atraso.
Onde é que já vai o conceito de falência técnica e a mínima lisura de procedimentos para um clube que se diz profissional.
Nada me move contra o Estrela da Amadora, apesar de nunca ter estado no estádio, nem o facto de o Belenenses ter concedido facilidades na utilização do seu recinto ou benesses nos ingressos não retribuídas, tanto mais que desde o final do ano passado que semanalmente tenho contribuído para rifas destinadas aos míudos que lá praticam bola poderem fazer face às deslocações das competições em que estão envolvidos, por simples amizade e solidariedade com os pais. Aliás, há uns anos colaborava gratuitamente na imagem e informação da secção de judo por mera carolice e dizia-se que a direcção da modalidade era exemplar, pela organização e pelos resultados desportivos onde na altura pontuava o antigo presidente da federação da modalidade. Voltando aos actuais míudos, o clube pouco ou nada lhes dá para além da utilização do espaço e mesmo esse é pago por via das quotizações e mensalidades. Neste aspecto interrogo-me da bondade dos números indicados pelo seu presidente em que refere 400 praticantes e 30 treinadores, o que a fazer fé situa a coisa na ordem de 1 treinador profissional para 13 míudos que são pagos ou ficam a haver. Tenho dúvidas sobre os actos de gestão neste aspecto por alguma irrazoabilidade e em boa verdade mais parece um negócio da china para algumas sanguessugas que mais parecem abutres em cima de um carneiro meio morto. A Câmara vai nisto, o estado vai nisto, a segurança social vai nisto e o arguído até vai dizendo à laia de coitadinho que o clube tem uma função social (???). Qualquer dia ainda oiço que foram os míudos que mandaram abaixo o Estrela da Amadora.
No que se refere à liga ainda é mais giro, passar cheques sem cobertura dá desconto de 3 pontos, mas os tipos reclamam (o bom senso leva a acreditar que se calhar até tinha cobertura) como se os pontos fosse um caso de vida ou de morte quando na realidade não aquecem nem arrefecem e o motivo que levou à perda é muito mais amplo.
Todos sabemos da vigarice de janeiro em que foi suspensa por minutos a proibição de inscrição de jogadores, para resolver a inscrição de um atleta e nisto a LPFP não está isenta, logo vamos estar atentos para que não nos façam o ninho atrás da orelha.
Já chega a burrice do FS que desistiu do processo que podiamos ganhar.
Se é de lei cumpra-se a lei.
Os campeões de secretaria somos nós!



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