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Modalidades de lata



Já estava anunciado pelo próprio Manuel Vilarinho que no dia seguinte iam chover críticas face às suas declarações sobre as modalidades que recordo "O título de basquetebol não me diz nada. Já sei que amanhã vou ser criticado mas as modalidades são um sorvedor do dinheiro do futebol". Vilarinho afirma que por lá nem todos sofrem pelo mesmo emblema e que está farto de benfiquistas. Terá expressado a sua linha de forma genérica como crítica àqueles que se dizem benfiquistas e passam a vida a queixarem-se, pelo que interpreto.
Naturalmente, as vozes fizeram-se sentir mas não consta que fossem de benfiquistas nessa qualidade, mas sim pela mão de dois jornalistas do record, o que convenhamos um perfeito disparate. Um deles é o distribuidor de medalhas recordianas que brinda Vilarinho com a mesma classe de Viana de Carvalho. Como hoje é o dia de Portugal e das medalhinhas fico-me por aqui.

Pelo Belenenses a realidade não é diferente e quando digo que "o Belenenses tem muitas camisolas, mas eu não uso alcinhas", vai no mesmo sentido que ele se refere ao emblema.
Qualquer visão minimamente séria saberá que as modalidades ditas amadoras, associadas aos clubes de futebol reduzem, limitam, destroiem-no dependendo do tempo e do volume de recursos absorvido pelas modalidades parasitas.
No Belenenses muitas vozes clamam pela auto-sustentabilidade e pontualmente pela extinção. Os defensores das modalidades generalizam abusivamente e clamam por um ecletismo que nunca existiu no Belenenses e até o tentaram meter à força nos estatutos.
Não são nos sócios afastados da vida quotidiana do clube pela geografia que aparecem os adeptos das modalidades e muito menos naqueles que deixaram a condição de associados por várias razões, quase todas inerentes à falta de competitividade do futebol.
Sabemos que as modalidades são uma governita para muita gente e com elas muitos interesses particulares se movimentam, portanto não será de estranhar que qualquer opinião discordante sobre o assunto seja criticada violentamente.
Bem vistas as coisas quem tem dado "colo" às modalidades são as direcções sucessivas, contra os estatutos e na prática contra o próprio clube de futebol. Os principais responsáveis circulam como destino final para o tal CG com os efeitos nefastos sobejamente conhecidos, onde interferem abusivamente na vida do clube e vou-me poupar à repetição dos actos danosos recentes que de forma impune vêem praticando.

A mesa da AG que findou teve o condão de patrocinar soluções caricatas e vergonhosas, com Anes a marcar e desmarcar eleições, fugas, baldas, Comissão de gestão, etc, patrocinadas ou ordenadas pelo CG. Gente que se quer responsável no orgão mais alto do clube, com formação académica à altura seria de esperar muito mais e não uma subordinação subserviente aos desejos da cantareira dos perdedores.
Os estatutos que podiam modernizar o clube ficaram pela medianidade para ser posito e não ir mais longe. Aqui a responsabilidade de algumas manobras são claras, desde os que se prestam às manobras anti-democráticas até às influências de fundo. Para garantir a voz do CG lá meteram o Ramos Lopes, aquele que foi acusado objectivamente em plena AG por Luís Baptista e aos costumes disse, nada.
A minha capacidade de surpresa nestas coisas não é grande e ver Ramos Lopes como o novo presidente do CG já nem faz rir, afinal são eles que gozam com eles próprios e não têm vergonha mesmo.
Dos membros que manobraram ou deixaram manobrar o clube e condicionaram os estatutos, curiosamente é vê-los lá todos.

Fora do molho e porque a regra tem sempre uma excepção, Gouveia da Veiga. Não o considero conivente com o que se produziu, antes pelo contrário porque conheço bem as suas posições e sei que foi condicionado por todos os lados, mesmo assim cumpriu a parte que lhe coube. Para além de o considerar uma pessoa íntegra, pese o facto de discordar-mos em grandes temas e pontualmente intervir desnecessariamente na vida do clube, não me parece que seja digno de reparo, tanto mais que se sabe do esforço desenvolvido com adversidade.
Coroado paga por tentar estar bem com Deus e com o diabo. Não fugiu e aí esteve bem (ainda lhe veio à ideia mas pronto), enfrentou mas decidiu mal de amíude na mesa da AG.



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