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O que acontece ás empresas falidas deste país?



Eu não me queria enfronhar muito nesta coisa de ficar ou deixar de ficar na I/II Ligas, porque nada fizemos para merecer a I Liga.

Todavia, o fulano de Barcelos, sem mais nem ontem, deu-me razões acrescidas para eu rever parcialmente a minha posição.O fulano está a abusar da minha paciência.

Isto associado ao facto de verificar que há por aí malta do Belenenses cheiinha de pena do Amadora, dá-me que pensar o que a juntar a um inusitado interesse pela Qimonda do futebol profissional ainda mais me assusta.

Por sua vez, também o Partido Socialista tem vindo a demonstrar alguns achaques de consciência perdida por inusitados espíritos ilumistas que assaltaram aquele partido e me fizeram de lá sair porque lá apenas se passou a trabalhar para uma só pessoa...

Sejamos sérios.

As empresas quendo entram em processo de dívidas ao fiscou e/ou SS, bem como à generalidade dos seus credores, sejam eles funcionários e/ou fornecedores de serviços, neste país, apenas têm tido um caminho: o fecho de portas. Não que me agrade esta situação, porque a situação óptima é manter as empresas em laboração, mantendo-se, assim, os postos de trabalho. Aliás, diga-se, para quem não sabe, esta era a filosofia do tempo da "outra senhora", onde só não trabalhava quem não queria.

Mas há muitos clubes de futebol, e não só futebol, qua andam a abusar da paciência do contribuinte singular.

O caso gerado pelo Fernando Sequeira no Belenenses configura uma destas situações e a forma como a Comissão de Gestão geriu os pagamentos, esquecendo-se de alguns dos fundamentais, é no mínimo atentatório ao bom nome e prestígio da Imagem do Clube e obrigou a esta corrida contra o tempo da actual Direcção.

Se assim falo do que se passa no meu Clube, por maioria de razão aplico aos restantes, os quais não me aquecem nem arrefecem e se devem o que devem, então arrumem a viola no saco e vão pregar para outra freguesia.

O que esteve em causa na última jornada do último campeonato não foi exactamente quem descia ou deixava de descer, porque isso, face aos calendários parcelares dos clubes e à azelhice do Belenenses por tardiamente se ter visto livre do incapaz Pacheco, sabia-se que seria o Beleneneses e o Trofense a descerem de divisão.

Não tinha nada que saber.

O que faltava saber era quem ficava em penúltimo lugar, o qual daria quase na certa o direito em permancer na I Liga por troca com o Amadora.

E sejamos ainda mais sérios, embora tenha por aí um comentário a chamar-me corrupto, nem eu sabendo quem corrompi ou tenha sido corrompido - pena ser anónimo, senão ía de caminho para o tribunal. Já agora, junto este coemntário a um outro que me atribui ter eu arrecadado cerca de € 2.000 em Sines. Há pessoas, pelso vistos, que se vendem barato, só que se enganaram na porta.

Como é possível que um clube no estado do Amadora possa existir no estado em que está? Vejamos, pelo que li em 28 de Maio deste ano no jornal Record e sublinho, pelo que li, devem 6 milhões ao fisco, devem 2 à SS e devem 1,5 milhões aos jogadores profissionais. Rstará saber se tais dívidas são as faciais e se não lhe faltam parcelas importantes dos resepctivos encargos da dívida.

Junte-se estas dívidas à dívida gerada no não pagamento de salários ao conjunto de treinadores, roupeiros, fisioterapeutas, enfermeiros demais funcionários afectos aos tais 400 miúdos que frequentam o Clube e pergunto eu: a quem não devem?

Como é possível que as Comissao de Finanças e Economia, liderada por Jorge Neto, do PSD e a Comisão de Educação e Ciência liderada por António José Seguro, do PS, recebam o representante de uma empresa falida, quando tal gesto ofende um sem número de empresas falidas e respectivos desempregados que derivaram de semelhante processo de extinção de postos de trabalho? Convirá, a partir de agora, que António José Seguro e Jorge Neto façam abrir delegações das Comissões por este país fora, não só para atender os "coitados" dos empresários falidos, alguns de má fé, bem como os milhares de desempregados daí resultantes.

Como é possível que a DGCI admita rever a situação do Amadora, face à inetrvenção do poder político, via PS e via presidente da Câmara da Amadora, o que dá no mesmo, pelo que nos é dado a conhecer via Sapo, o que contradiz o próprio presidente do Estrela, sendo certo que as garantias prestadas pelo Amadora se ficam por bens já sujeitos a compromissos de outra índole, não podendo garantir o pontual pagamento das prestações. E para que haja o dito é necessário que apareça alguém a dar de garantia os milhões em falta.

Também Fernando Seara, em artigo de opinião no jornal A Bola de ontem, condena a atitude da Comissão de Finanças colocando os diversos outros clubes em situação concorrencial de forma desleal.

O presidente local é deveras a pessoa mais engraçado do planeta: diz ele que prestou garantias no valor de quase 20 milhões. Que garantias? De património, patrocínios e receitas já penhoradas ou hipotecadas?

Arrisco dois nomes que poderão ter interesse em safar o Amadora: Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa a viabilizarem o PEC do Amadora. Estou claramente mais inclinado para Pinto da Costa, face ás ajudas conferidas no ano transacto, sendo certo que os lampiões se têm vindo a desligar do Amadora.

Mas pode haver, ainda, PEC porque vejo muito interesse em resolver o problema do Amadora, nem que o Estado ou o contribuinte cumpridor fique a perder.

Não se pense contudo, que o PEC seja um documento que nasça do dia para a noite. Não, tem os seus trâmites, os quais mesmo que acelerados duvido muito que vão a horas de poder ser ractificado. Ao menos, a fazerem as coisas que as façam bem e não procurem, depois os políticos tentarem responsabilizar o mexilhão (o funcionário público do meu caro amigo JSM) se as coisas correrem mal, apenas para satisfazer apetites eleitorais.

Há outra solução: alguém que pague em dinheiro vivo o diferencial entre a dívida fiscal e as garantias prestadas. Mas, atenção, o pedido de inscrição na Liga acaba hoje e a ausência de documentação esencial é motivo de exclusão e aí é preciso estar atento ás decisões da Comissão da Liga que vai apreciar as candidaturas, inclusivé, a nossa.

Já agora, convem pagarmos urgentemente a esses pernas de pau que o Sequeira e o Barbosa trouxeram para Belém, porque, de facto e de jure, o Belenenses tem todas as chances de permanecer na I Liga, caso se actue rápido e com sabedoria.

Não convirá, na actualidade, fazer grande alarde público de estarmos desejosos que aconteça o mal aos outros, porque aí cai-nos o Carmo e a Trindade.

Assinalo neste artigo do Jornal de Notícias o facto de aqui se transcrever os regulamentos e isolo já aparte que a isso diz respeito, ou seja:
Segundo os regulamentos da Liga, "se um clube ou mais clubes da Liga Sagres não reunirem os requisitos legais (...) serão relegados para a competição inferior ou delas excluídos (...), sendo as vagas preenchidas pelos clubes da Liga Sagres melhor classificados na época anterior (…) ou, na sua ausência, pelos clubes da Liga Vitalis melhor classificados".

O Estrela da Amadora vai procurar novas soluções para salvar o clube do encerramento. O PEC (Plano Extra-judicial de Conciliação) era a esperança do presidente António Oliveira, mas o DN soube que o pedido foi indeferido pela Direcção-Geral de Impostos. Confrontado com a informação, o dirigente disse que não tinha "conhecimento oficial", mostrando-se mesmo surpreendido com a notícia.

"Está em causa uma instituição. Esta era a única solução [pedido de adesão ao PEC] que tínhamos e não pensámos que ia ser inviável", confessou António Oliveira ao DN. O presidente do Estrela acrescentou que não iria "atirar a toalha ao chão" e que a partir de hoje ia procurar outras possibilidades pa- ra evitar o fechar de portas do clube. "Está tudo em causa, o futebol profissional e os escalões de formação. Como podemos manter as camadas jovens se não temos dinheiro para pagar aos treinadores?", realçou.

À espera do que possa acontecer ao Estrela está o Belenenses (relegado para a Liga de Honra ao ficar no penúltimo lugar) que pode beneficiar se o clube da Amadora sair da Liga. Segundo os regulamentos da Liga, "se um clube ou mais clubes da Liga Sagres não reunirem os requisitos legais (...) serão relegados para a competição inferior ou delas excluídos (...), sendo as vagas preenchidas pelos clubes da Liga Sagres melhor classificados na época anterior (…) ou, na sua ausência, pelos clubes da Liga Vitalis melhor classificados".

Porém, o Belenenses também terá de preencher os requisitos exigidos, ou seja, terá de saldar os salários que tem em atraso.

As inscrições têm de ser feitas até 1 de Junho, sendo que a 30 será conhecido o parecer definitivo da Comissão Técnica de Estudos e Auditoria sobre a viabilidade da candidatura dos clubes, no qual se vai basear a decisão da Liga.

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