Os números certos ou errados

Notas Prévias:

Esta sucessão de notícias nos jornais, em especial o destaque dado aos números alegadamenre certos por parte de contribuintes devedores ao fisco e à segurança social é algo de extraordinário.

E como anda na moda falar mal dos funcionários públicos, quem ousa colocar em causa a palavra indirecta dum ROC ou dum TOC? Sempre a mesma treta para, no fim, ser o liquidador tributário a fazer a triste figura que lhe mandam fazer: tratar uns contribuintes de uma maneira e outros de outra maneira.

Se o Teixeira dos Santos deixar, porque se há membros no governo em que ainda acredito eles são o Teixeira dos Santos e o Vieira da Silva.

E é também extrordinário que haja um membro do governo e outro deputado, o Jorge Neto, a patrocinarem a causa dum contribuinte em falta em toda a linha.

Acabado de observar a lista dos maiores devedores ao fisco no site das declarações electrónicas associado ao Portal das Finanças, o Amadora viu a sua posição melhorada, isto é, subiu do 3º ao 2º lugar da lista dos maiores devedores, conforme quadro anexo, tendo havido movimento nessa lista, já mais pequena, mas sem um único gesto do Amadora para pagar seja o que for.

Este gesto do Fisco dá claramente a entender que eles sabem o que estão a fazer ao actualizarem alista colocando o Boavista em 1º devedor e o Amadora em 2º grande devdor. Portanto, se devem terão de arranjar meios para pagar ou demonstrarem possuirem meios para o fazer. De outra forma não irão a lado algum.

É a tal história das garantias. Que podem não haver e o argumento do fisco é justamente a ausência de garantias para tão enorme dívida.

Agora, baralharem os números, como se isto fosse um número de ilusionismo, isso não obterão de certeza de algum funcionário do fisco. Ao menos daquilo que conheço. E se fosse só o fisco o problema do Amadora...

Aliás, o que Amadora pretende é libertar penhoras para que com esses bens faça aparecer créditos para garantir um eventual PEC à pressão.

Pois bem, surge aqui um problema. É que o Amadora não se dispõe a pagar nada do que eventualmente o Estado oferecer dar a pagar em prestações.

E porquê? Porque não tem um único cêntimo para pagar qualquer prestação dum eventual PEC.

Isto é vergonhoso para um qualquer cidadão cumpridor e é uam lição de como funcionam os partidos polítiocos e o mais nefasto serviço público prestado por deputados e governantes.

Estou curioso para ver como é que o Carlos Lobo vai dsecalçar mais esta bota que este governo e o bloco central andaram a fazer ao Estado, que deviam defender.

O presidente do Estrela da Amadora, António Oliveira, disse segunda-feira que já "começam a aparecer os números certos", referindo-se à diferença entre aquilo que defende o clube e o que a Administração Fiscal diz ser a dívida.

Em declarações à Agência Lusa, António Oliveira diz que tem estado todo o dia em reuniões com os revisores oficiais de contas e que "já começam a aparecer os números" que o clube considera correctos.

"Vou tentar ser recebido amanhã (terça-feira) pela Administração Fiscal, no máximo na quarta-feira", referiu o líder tricolor.

Na sexta-feira, António Oliveira, que se tinha reunido com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, disse que "a dívida apresentada na reunião não condiz com os valores do clube".

Em declarações à Agência Lusa, António Oliveira garantiu que há uma "diferença substancial" entre os valores apresentados e o que o clube realmente deve. "O técnico oficial de contas, bem como o revisor, estão a recolher toda a documentação necessária para demonstrar que o valor apresentado pela Administração fiscal não é real, isto já incluindo os juros. Estamos a falar de uma diferença substancial, que implicava que o clube tivesse um valor de receitas que não tem", disse o dirigente.

O presidente do Estrela da Amadora frisou, assim, que se deparou com um valor que não é o que está na certidão da Administração Fiscal no dia da reunião, no início da semana, com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo.

O Estrela da Amadora, que foi 11.º classificado da Liga na época 2008/2009, poderá não conseguir inscrever-se para as competições profissionais da próxima temporada, dada a grave crise financeira que atravessa.

Sem um único salário pago aos jogadores na época transacta, o clube viu as suas receitas serem penhoradas em Agosto de 2008, depois do início da época, por dívidas antigas ao Fisco e Segurança Social. Antes disso, em Maio de 2008, o clube entrou com um Pedido Extra-judicial de Conciliação (PEC), do qual só obteve resposta, negativa, 1 ano depois, inviabilizando o levantamento das penhoras e consequentemente o acesso às verbas de que o Estrela da Amadora necessitava para pagar as suas dividas.