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Entrevista com Fredy (aprendam a conhecer os nossos miúdos)



Nota Prévia:
O associado M. Ramalho, sócio nº 914 escreveu ontem aqui isto:

Estive em Rio Maior e digo-lhe que estou altamente impressionado com a extraordinária qualidade dos nossos jovens recem promovidos.
Há muito tempo que não via uma nossa equipa jogar de forma tão empenhada e de entrega total com responsabilidade e vontade infinita.
Jogadas de grande recorte e de grande beleza que terminaram com o golo da vitoria executado de forma "violenta"
Na parte final o Nacional entrou em desnorte e começou a ceifar os nossos jovens.
Volto a dizer-lhe há muito tempo que não jogava com a nossa equipa, senti-me epolgado com o que vi.
Simplesmente fantástico.
Fragilidade apena no eixo da defesa, precisamos de 2 centrais.
E atrevo-me a dizer "deixem jogar os miúdos"


Foi sem tabus que Fredy falou para a Academia de Talentos e abordou temas pertinentes, tais como a época surpreendente do Belenenses na 1ª Fase do Campeonato Nacional de Juniores, o súbito interesse do Benfica e o pré-acordo assinado, a chamada aos seniores e a estreia na I Liga e o jogo decisivo que irá ditar a continuidade ou não do Belenenses no escalão principal do futebol português.

Como é que começaste a jogar à bola?

Comecei a jogar no Grupo Desportivo dos Pescadores da Costa da Caparica, foi o pai de um colega meu, o Fábio Santos, que jogou no Benfica, que me viu a jogar na rua e me perguntou se eu não queria ir lá treinar. Fui lá e acabei por ficar.

Curiosamente a tua primeira posição foi a de guarda-redes. Conta-nos como é que isso aconteceu?

O meu irmão mais velho via muitos filmes do René Higuita e eu também estava sempre a vê-los, depois ia para a baliza na rua e começava a querer fintar todos e acabei por ir para guarda-redes nos Pescadores. Depois como estava sempre a fintar nos treinos surgiu a hipótese de eu ir jogar para a frente.

Como é que foi essa tua primeira experiência como jogador?

Foi muito boa, era mais para estar ali com os meus colegas e para jogar.

Quando começaste a jogar em escolas o treinador decidiu colocar-te a avançado. Recordas-te dessa mudança de posição?

Havia um colega meu que depois também chegou a ir para o Benfica, o Paulo, que nos treinos gostava de ir para a baliza e jogava à frente, e eu como tinha a mania de levar sempre a bola para a frente, o mister da equipa A, porque eu era um ano mais novo, viu-me e perguntou se eu gostava de ir jogar para a frente e eu disse que sim, e assim foi.


Como correu esses primeiros tempos a jogar a avançado? Marcaste muitos golos?

Recordo-me que joguei apenas meia época e fiz vinte e poucos golos, ainda era naquelas balizas de futebol cinco.

Depois dos Pescadores surgiu na tua carreira a hipótese Belenenses. Conta-nos como se iniciou essa ligação que ainda hoje perdura?

Foi por causa da minha mãe, eu morava na Costa da Caparica e entretanto mudei para a Torre da Marinha, e a minha mãe já trabalhava aqui no Belenenses há muitos anos e viu que eu estava triste porque não tinha muitos clubes ali ao pé de casa, apenas tinha o Arrentela, que não era assim uma coisa que me fascinava, e a minha mãe perguntou-me se eu não gostava de ir treinar ao Belenenses. Como eu já vinha cá muitas vezes ver os treinos e assistir aos jogos surgiu a oportunidade de vir para cá.

Apresentaste-te como avançado?

Sim apresentei-me.

Como é que foi a primeira abordagem em relação ao clube?

Eu cheguei ao treino e apenas conhecia um rapaz que morava ao pé de mim, mas o pessoal todo estava sempre a apoiar-me e a deixarem-me à vontade, e o mister estava sempre a dar-me dicas.

Estiveste muito tempo à experiencia?

Na altura estive eu e mais um rapaz à experiência durante uma semana, e só no final dessa semana é que nos disseram que íamos ficar. Mas por acaso na altura pensei que era como nos Pescadores, que chegava, treinava e ficava logo.

Como é que te correu a primeira época pelo Belenenses?

A primeira época não correu assim muito bem, porque eu morava longe e tinha a escola e então faltava muitas vezes aos treinos e acabei por fazer poucos jogos, porque por exemplo, eu vinha uma semana treinar e depois faltava duas.

Qual foi a reacção do clube a todas essas faltas?

Depois na época a seguir o mister Carlos Ribeiro veio falar comigo e disse-me que esta época não poderia ser igual à anterior e que eu não poderia continuar a faltar, e eu expliquei a minha situação ao mister, que tinha mudado de casa e que estava a estudar e a minha mãe não me deixava faltar às aulas. Mas depois acabei por levar uma carta aqui do Belenenses e entreguei na escola para poder sair mais cedo.

E nessa segunda época continuaste a jogar sempre a avançado?

Mais ou menos, era o 2º ano de infantil e no princípio jogava a avançado mas depois a meio da época o mister mudou a táctica para 4-3-3 e comecei a jogar a extremo.

O que te recordas dessa época?

Não me recordo de muita coisa, mas lembro-me que correu bem, que ficámos em 5º lugar e que consegui marcar vinte e tal golos.

Como é que foi a tua adaptação a mais uma nova posição?

Eu tinha um rapaz na minha rua que jogava com os dois pés e eu sempre meti na cabeça que também tinha de saber jogar com os dois pés, e na altura o mister quando mudou para o 4-3-3, na altura jogava outro rapaz a extremo mas ele acabava sempre por jogar mais recuado, e o mister decidiu colocar-me sobre a esquerda e eu também não me importava de lá jogar e acabei por adaptar-me bem.

Qual foi o teu primeiro jogo com a camisola do Belenenses?

Foi contra o Bombarralense.

Como é que te correu?

Correu bem, inclusive marquei um golo nesse jogo e ganhámos.

O bichinho de jogar à bola como surgiu na tua vida? Foi de estar sempre na rua com os amigos a jogar ou já vinha de família foste influenciado a dar uns toques na bola?

Ao princípio como eu morava num Bairro Social e o pessoal tem a tendência para andar sempre a jogar à bola, o meu irmão dizia-me sempre para irmos jogar e eu ia com ele, depois quando surgiu a hipótese de ir jogar para os Pescadores comecei a aplicar-me mais.

Houve dificuldades na tua transferência para o Belenenses ou correu tudo bem?

No princípio os Pescadores não me queriam deixar ir embora e chegaram mesmo a pedir alguns equipamentos ao Belenenses, mas depois eu e o meu irmão fomos lá falar com eles, e já não estava lá o pai do meu colega, era outro senhor que me deu a carta e não houve problemas.

Chegar a um clube como o Belenenses e ver muitos jogadores novos acaba por ser uma nova etapa. O que sentiste na altura?

Quando cá cheguei senti-me um pouco estranho, era um clube muito maior que os Pescadores e era diferente jogar no Belenenses, mas depois cheguei e a equipa era muito boa, por acaso tinha muitos bons jogadores, o mister e os meus colegas sempre me apoiaram e acabou por correr tudo bem.

Qual foi o teu primeiro treinador nos Pescadores?

Foi o mister Carlos.

Sentes que ele foi importante e influente naquilo que te tornaste hoje?

Foi, foi porque eu fui para os Pescadores muito novo, ainda não tinha feito 6 anos, e ele esteve comigo três anos, foi sempre o meu treinador e apoiava-me muito. Ele era agente da Policia Judiciária e qualquer problema que eu tinha, ele vinha falar comigo e ia falar com os meus pais. Ajudou-me muito.

Quantos anos estiveste nos Pescadores?

Estive quase quatro anos.

O que sentiste quando o Belenenses te disse que ias ficar no clube?

Fiquei muito contente, saí do treino e fui ter com a minha mãe que estava nas piscinas à espera para ir para casa e eu ia todo alegre a dizer que tinha ficado no Belenenses. Para além de concretizar o sonho de jogar futebol, era um clube que me dizia muito porque vinha muitas vezes ver os jogos por causa dos meus pais, e o meu pai antes de falecer gostava muito do Belenenses.

Tendo em conta que moras do outro lado do rio e um pouco longe do estádio, como é que foi lidar com essa distância e ultrapassar o cansaço de vir todos os dias para Lisboa?

Foi difícil, custou-me muito principalmente na época de Juvenis em que os treinos eram às oito e meia e eu saía sempre daqui às dez e só chegava a casa perto das onze e meia e depois às seis da manhã tinha de me levantar para ir para a escola e era muito complicado.

Onde é que foste buscar forças para ultrapassar isso?

Primeiro era a paixão por jogar futebol, sempre tive uma grande paixão e tentei sempre conciliar o futebol com a escola, porque a minha mãe não me deixava abdicar dos estudos, e uma vez que não podia abdicar tinha que ter a maior força possível para poder continuar a fazer as duas coisas.

Alguma vez ponderaste deixar de jogar à bola e em dedicar-te a outro desporto?

Deixar de jogar à bola não, mas quando era mais novo, o meu pai foi praticante de boxe e eu gostava muito de kickboxe e ainda fui praticante durante dois anos.

A partir de que altura começaste a acreditar que podias chegar aos seniores do Belenenses?

Foi nos Iniciados B, porque fui campeão pelos Iniciados B e estive muito tempo a jogar pelos Iniciados A, e o mister Manecas, que era o mister na altura dizia-me sempre para eu ter força e continuar a trabalhar porque eu tinha qualidade para chegar longe. Depois no ano seguinte fui ao torneio Lopes da Silva e de seguida fui chamado à selecção nacional e a partir comecei a acreditar.

Quem foi o teu primeiro treinador no Belenenses?

Foi o Mister Vasco Noronha.

Como correu essa tua primeira experiência com um mister do Belenenses?

Foi como já disse anteriormente, eu faltava muito aos treinos e ele acabou por não me acompanhar muito nessa época e de não estarmos assim muito ligados, mas ele apoiou-me sempre e sempre que havia algum problema ele vinha falar comigo. Depois voltei a encontrá-lo nos Juvenis B e tivemos uma ligação muito forte.

Qual foi para ti o escalão mais complicado até à data?

Foi o de juniores de primeiro ano.

Porquê?

Como é que eu hei-de explicar, quando subimos de iniciados para juvenis de primeiro ano a equipa é quase sempre a mesma, com o mesmo grupo, mas quando subimos de juvenis para juniores é sempre mais complicado, porque há sempre os mais velhos e eles já se conhecem e já têm mais alguma experiência, e depois para jogar é sempre mais complicado.

Por norma os juniores de primeiro ano na primeira época acabam sempre por jogar pouco. Como é que correu a tua primeira época de juniores?

Quando começámos a treinar apanhámos o mister Rui Jorge e ele andava sempre em cima de nós, e ele dava-me sempre muitos conselhos, e por acaso cheguei lá e pensava que iria muitas vezes para o banco, mas depois com o decorrer da época fui jogando algumas vezes a titular e ia outras vezes para o banco, mas acabei por jogar ainda muitas vezes e correu tudo muito bem.

Há pouco referiste que marcaste sempre uma média de vinte golos por época nos escalões mais novos. À medida que foste crescendo continuaste a marcar muitos golos?

Em Iniciados B, em que estive muito tempo com os Iniciados A marquei 12 a 13 golos, depois em Iniciados A marquei 16 a 17 golos, em juvenis foi a mesma situação, quando estava nos B passei quase a época toda com a equipa A e apenas marquei 10 ou 11 golos, e ano passado foi a época em que apontei menos golos.

Sempre assumiste que jogar a extremo é a posição onde te sentes melhor. Porquê?

Porque uma das minhas maiores armas é a velocidade e a jogar a extremo é mais fácil de utilizar essa minha arma.

Qual foi o treinador que mais te marcou até à data?

O mister Rui Jorge.

Porque motivo?

Porque quem trabalha com ele sabe como é que ele é. Ele ajuda muito, ele tem a experiência de jogar futebol e dá-nos muitos conselhos, ele tal como o mister Romeu que também nos ajuda muito.

Disseste há pouco que voltaste a reencontrar o mister Vasco Noronha em juvenis depois daquela primeira época menos positiva. Como correu esse reencontro?

A época de Juniores e o ficar tão perto do sonho da passagem à fase final

Falando um pouco desta época de juniores que já terminou para o Belenenses, vocês estiveram em primeiro lugar e muito perto de conseguir a passagem à fase final. Como é que analisas a temporada? Fazia parte dos vossos objectivos passar à fase final?

Não, os nossos objectivos sempre foram conseguir bater os recordes anteriores dos campeonatos de juniores do clube, porque o ano passado batemos um recorde e este ano queríamos bater de novo esse recorde. Se conseguíssemos bater o recorde e passar à fase final ainda melhor, mas o nosso principal objectivo passava por bater o recorde.

Que recorde era esse?

Era os pontos, os golos marcados, os golos sofridos e as vitórias.

À medida que o campeonato foi avançando vocês começaram a ser falados pelos melhores motivos uma vez que estavam em primeiro. Como é que geriram tudo isso?

Quando fomos para o primeiro lugar estávamos todos muito felizes e nos treinos já falávamos que seria possível passar à fase final. Depois apareceu a comunicação social e nós sentimo-nos bem, foi uma sensação boa mas infelizmente não conseguimos o apuramento.

Como é que foi lidar com tudo isso?

Nós lidamos bem com a pressão da comunicação social. Até porque o mister Rui Jorge quando se apercebeu disso alertou-nos logo para isso, porque também ele já tinha passado por isso enquanto jogador, disse-nos para termos cuidado com isso e para não darmos muita importância, e acabámos por ficar tranquilos.

O que é que achas que faltou ao Belém para chegar à fase final?

Um bocadinho de felicidade, depois também fomos afectados por muitas lesões e muitos jogadores andaram muito tempo a treinar com os seniores, como foi o meu caso, o do André e do Pelé.

A questão de jogarem em casa emprestada nos jogos ditos em casa também foi prejudicial para o vosso rendimento?

Foi mesmo, porque nós a jogarmos aqui em casa no nosso campo é outra coisa, agora jogar no Monte da Caparica, na Trafaria, etc, é muito difícil.

Como é que lidaram com essa situação?

Nós não podemos ligar a esse tipo de coisas, claro que era complicado não jogarmos na nossa casa, mas tínhamos de jogar e queríamos era ganhar, pensávamos em chegar ali e fazer o nosso jogo para ganhar.

Quais eram os principais conselhos que o Mister Rui Jorge foi dando ao longo da época?

Ele dizia sempre para nós jogarmos o mais simples possível, por vezes pensamos que o futebol é só fintas e não passar a bola a ninguém, mas uma coisa que o mister tem razão é que nós devemos tentar jogar sempre o mais simples possível, porque se nós jogarmos simples torna-se mais fácil chegarmos lá acima.

Qual é o esquema táctico em que te sentes melhor?

É o 4-4-2 e o 4-3-3. O 4-3-3 porque gosto de jogar a extremo e tenho mais hipótese de ir no um para um, e o 4-4-2 porque quando jogamos em 4-4-2, eu normalmente jogo a médio direito e tenho algum espaço para levar a bola para a frente. Gosto das duas.

O contrato profissional, a pré-época com os seniores e a estreia na Liga pelo Belenenses

Tu já tens contrato profissional com o Belenenses e desde o inicio de época que sabias que ias integrar os seniores, correcto?

Sim, eu, o André Almeida e o Tiago Almeida fizemos a pré-época com os seniores.

Esta época foi a primeira vez que foste aos seniores. Como é que encaraste a pré-época?

Estava ansioso, mas depois cheguei lá e os jogadores mais velhos sempre nos apoiaram em tudo e o mister sempre nos disse para estarmos tranquilos e descansados e para fazermos o nosso trabalho.

Quais foram o seniores com quem mais lidaste no plantel?

Com quem eu mais lidei foi com o Mano, porque ele é muito meu amigo, inclusive ele é quem me dá boleia para casa e aproveitamos sempre para falar muito. Mas também o Mendonça me dava muitos conselhos porque ele é Angolano e eu sou descendente de Angola, e também o China que agora esta na Ucrânia e que também falava muito comigo. Todos falavam bem connosco mas há sempre um ou outro com quem nos damos melhor.

Ser chamado aos seniores é sempre benéfico para os jogadores, mas achas que de alguma forma a chamada constante de vários jogadores ao plantel principal prejudicou e condicionou a época da equipa júnior, quer pelo ritmo de trabalho quer pelo cansaço?

Não, porque nós nos juniores tínhamos sempre um ritmo bastante elevado, por exemplo, quando eu fui jogar contra a Académica eu também pensava que com a passagem de juniores para seniores iríamos sentir uma grande diferença, mas acabámos por não sentir porque o mister Rui Jorge alertava-nos sempre para essa situação, que tínhamos de estar a treinar sempre a 100%, para que quando fizéssemos a transição não ficássemos assim muito surpreendidos.

Nesta tua fase de adaptação tiveste oportunidade de jogar na Liga Intercalar. Foi importante esta nova competição para ajudar a integração dos mais novos no plantel principal?

Sim, foi, foi bastante importante e muito benéfico para nós, principalmente para nós juniores, mas também para os seniores menos utilizados.

A chamada de vários juniores ao plantel principal ao longo da época ajudou de alguma forma ao vosso rendimento e boa prestação ao longo da época, até pela maturidade e experiência que foram adquirindo?

Sim, ajudou bastante, até porque ganhamos maior maturidade e experiência pelas coisas que víamos que os seniores faziam, e depois havia coisas que não sabíamos e víamos eles a fazer e tentávamos fazer igual.

Com quem é que foi a tua estreia no Campeonato?

Contra a Académica de Coimbra.

Como recebeste a notícia da convocatória?

Nós estávamos a treinar com a equipa a semana toda e na quarta-feira o mister Jaime Pacheco meteu-me a jogar na equipa titular, e eles começaram todos a dizer que o Fredy ia jogar no próximo jogo. Depois na quinta-feira o mister voltou a meter-me na equipa titular e na sexta-feira também. Já estava convencido que ia ser convocado, mas sabia quer ia ser complicado jogar, não cheguei a entrar de inicio mas já esperava entrar na convocatória pelo que o mister fez e disse ao longo da semana.

Qual foi a tua reacção?

Senti-me muito feliz, era a coisa que eu mais queria era ser convocado pelos seniores este ano.

Como é que te sentiste nesse teu primeiro jogo pela equipa principal?

Estava muito nervoso quando ia a entrar, lembro-me que entrei para o lugar do Vinícius, e ele quando saiu e cumprimentou-me estava muito nervoso, mas depois o Silas veio falar comigo e disse-me para eu estar tranquilo.

E como é que correu a partida?

Para a equipa correu mal porque perdemos, mas para mim penso que fiz um bom jogo e consegui fazer o que o mister me pediu.

Que conselhos é que o mister te deu?

Quando eu ia a entrar ele veio falar comigo e disse-me para estar tranquilo, para fazer as coisas normais que eu sei e que não precisava de estar nervoso.

Quantos jogos já fizeste pela equipa principal no Campeonato?

Fiz três, Académica, Vitória de Setúbal e Rio Ave.

Destes três qual foi aquele que te correu melhor?

Para mim, o que correu melhor foi este agora contra o Rio Ave, acho que entrei bem e estive bem, estava motivado para entrar. Depois, o jogo em que senti maiores dificuldades foi contra o Setúbal, porque estávamos a ganhar e eles começaram a carregar. Até estava mais nervoso aqui frente ao Setúbal do que contra a Académica, porque estávamos a jogar aqui em casa perante o nosso público.

E na Ligar Intercalar?

O primeiro jogo foi contra o Torreense, onde entrei ao intervalo, entrei bem e até provoquei a expulsão de um jogador.

Como foi poder treinar, jogar e trabalhar com jogadores como o Silas, Ávalos, Zé Pedro, que já têm muita experiência a nível nacional?

Foi muito positivo, eram jogadores que nós víamos na televisão quando éramos mais novos, e foi muito bom trabalhar com eles, partilhar experiencias porque são jogadores que falam muito connosco e nos dão muitos concelhos.

Qual foi a tua principal referência do mundo do futebol como jogador?

Sempre gostei muito do Ronaldo, o Fenómeno, e do Thierry Henry, e tentei sempre seguir um pouco aquilo que eles faziam, é por isso é que depois passei de guarda-redes para avançado, até na altura tinham saído as chuteiras R9 e eu comprei essas chuteiras porque queria ser mesmo como o Ronaldo, mas depois com o passar do tempo ele foi desaparecendo. Gosto dele, gosto de o ver a jogar e ao Henry também, mas já não é aquela coisa como quando era criança.

E a nível do plantel principal qual é a tua principal referência?

O Silas pelo currículo que ele tem e porque é um jogador com muita experiência.

Que tipos de conselhos esses jogadores mais velhos te dão?

Por exemplo às vezes estamos a ser pressionados e temos aquela coisa de querer passar pelo jogador e de o fintar, e eles dizem-nos que às vezes o mais seguro é jogarmos para trás, porque é mais fácil.

Tiveste a oportunidade de trabalhar com um treinador campeão nacional e que muitos associam a uma pessoa dura e agressiva, até pelo futebol que o caracterizou no Boavista. Como é que foi trabalhar com o mister Jaime Pacheco?

É um treinador que fala muito com os jogadores, por acaso tinha outra ideia dele, pensava que ele fosse muito mais rígido mas não era assim tanto, era rígido mas dizia sempre para estarmos à vontade e para fazermos o nosso trabalho como sabíamos.

Quando é que assinaste contrato profissional com o Belenenses?

Foi no inicio desta época.

O Belenenses está agora numa situação complicada em que não pode perder pontos pois está muito próximo da descida. A semana passada tiveste oportunidade de jogar frente ao Rio Ave num jogo decisivo onde era proibido perder pontos, como foi lidar com essa pressão?

É sempre complicado, porque na situação em que nos encontramos é sempre complicado jogar, mas foi bom, o mister também nos ajudou e transmitiu-nos tranquilidade.

Como é que tens sentido a equipa neste momento?

A equipa está confiante e estamos motivados para chegar lá e atingirmos o nosso objectivo que é a manutenção.

A passagem de júnior para seniores e depois o regresso aos juniores deixa sempre algumas mazelas no jogador. Como é que te sentiste?

Na passagem dos juniores para os seniores senti-me bem, mas quando regressei aos juniores senti-me sempre um pouco mais cansado.

Em alguns jogos que assistimos deu para ver que o vosso grupo era muito unido ou pelo menos era essa a imagem que passavam. Concordas?

Sim, realmente o nosso grupo era mesmo muito unido e muito amigo, e uma das principais causas dessa união foi a mensagem que o mister sempre nos passou que primeiro estava sempre grupo, que tínhamos de nos mentalizar que primeiro vinha o grupo e só depois vinham as individualidades.

Vocês estiveram na luta pelo apuramento quase até à última jornada mas não o conseguiram. Qual achas que foi a grande diferença entre o vosso plantel e o do Benfica e o do Sporting?

Para mim o principal motivo desta diferença foram as condições que eles têm, por exemplo eles têm 5 ou 6 campos relvados para treinar enquanto nós apenas temos um campo sintético que é muito mais pequeno, depois eles têm sempre um campo para jogar, enquanto nós não porque temos de jogar aqui e ali, não temos um campo em casa.

Quem é o teu grande amigo do futebol aqui no Belenenses?

É o Tiago Almeida. Antes de ele vir para o Belenenses já falávamos por estudávamos os dois aqui na Casa Pia. E o Zazá também sempre se deu muito bem comigo desde que chegou a Portugal.

Quais é que achas que foram os pontos fortes da equipa de juniores ao longo do campeonato?

Foi a união que tivemos e a forma de trabalhar sempre no máximo para atingirmos os nossos objectivos.

Esperavas esta ascensão a nível do futebol sénior?

Não esperava, mas trabalhava sempre no máximo para que isso acontecesse.

E a tua família sempre te apoiou no teu objectivo de ser jogador?

A minha família sempre me apoiou, eu perdi o meu pai quando ainda era muito novo, os meus irmãos sempre me apoiaram bastante, a minha mãe é como se fosse pai e mãe ao mesmo tempo e sempre me deu muito apoio.

Achas isso fundamental na carreira de um jogador?

Sim é muito, muito importante, até por aqueles momentos em que estamos em baixo e que a família nos ajuda a ultrapassar.

Houve alguma pessoa dentro do Belém que de alguma forma te tenha marcado?

O Sr. Castanheira que é o nosso director desportivo e que o apanhei pela primeira vez quando era muito novo, sempre fomos muito amigos e sempre nos demos muito bem.

Tu fizeste a tua carreira quase toda no Belenenses. Nunca surgiu outra proposta para saíres para outro clube?

Surgiu, tive essa oportunidade, até assinei pelo Benfica (risos). Foi quando eu fui à selecção nacional de sub-16, depois o Sr. Bruno Maruta telefonou-me e eu fui ter com ele ao estádio da luz, onde estivemos a falar e ele disse-me que estava interessado em mim, que queria os melhores jogadores pois queria fazer uma grande equipa para o Benfica, para sermos campeões, e eu... Benfica, era um clube maior, e fui falar com a minha mãe e com o meu irmão, depois fomos lá e assinei um pré-acordo. Mas depois cheguei a casa e comecei a pensar que o Belenenses é aquele clube que sempre me apoiou e a minha mãe também gosta muito do Belenenses, e depois a minha mãe disse-me que as escolhas eram minhas e que me apoiava no que decidisse, e eu também estava na dúvida.

E o Belenenses estava a par da situação?

Penso que não, até porque na altura apenas contei a um amigo meu que estava a falar com o Benfica, e por isso acho que daqui ninguém sabia.

E depois no final chegaste a dizer-lhes?

Penso que não, nunca comentei isso com ninguém do clube.

E hoje olhando para trás e olhando para o presente achas que esta foi a melhor decisão?

Acho, uma das coisas que eu pensei foi que agora podia ir para o Benfica e depois jogava pouco, tal como aconteceu com o Rui que saiu para o Benfica e agora está no Estrela da Amadora, e depois o Belenenses poderia ficar magoado comigo e já não me aceitaria de volta se as coisas não corressem bem. Pensei nisso e mais valeu ficar aqui.
A convocatória para a selecção nacional e o jogo frente ao Benfica

Como recebeste a tua primeira convocatória para a selecção nacional?

Foi depois do jogo contra o Sporting em juvenis B em que ganhámos 4-2 em casa deles e onde marquei um golo, e depois na semana a seguir o Mister Vasco Noronha veio ter comigo e disse-me que eu estava convocado. Os meus colegas apoiaram-me muito e deram-me todos os parabéns.

Com quem é que te estreaste recordas-te?

Foi contra a Itália, lembro-me que o segundo jogo foi contra a Itália também em Alcobaça, jogo onde marquei um golo, mas o primeiro não me recordo o local.

Como correu esse jogo?

Correu bem, acho que ganhámos esse jogo e senti-me um pouco nervoso quando íamos cantar o hino.

O que sentiste nesse momento?

Estava muito emocionado mesmo quase com as lágrimas nos olhos, porque quando estava em casa ficava sempre a olhar para eles a cantar o hino e a pensar para mim que deveria ser uma grande sensação e depois tive essa mesma oportunidade.

Na selecção também jogaste a extremo?

Sim jogámos também em 4-3-3 e sempre joguei a extremo.

Que escalões é que já representaste na selecção?

De sub-16 a sub-19.

Qual foi o melhor ano para ti a nível da selecção?

Foi este, e o ano passado, pois foi quando eu me afirmei mais na selecção.

Como é para um jogador estar num clube e ir de vez em quando para a selecção e depois regressar novamente?

Ao princípio era estranho porque estamos só habituados ao clube e depois vamos para o estágio da selecção, onde temos de estar sempre muito concentrados e dar o nosso melhor, mas agora sentimos sempre aquela coisa de ir à selecção mas já não é a mesma coisa.

Quantos golos já apontaste com a camisola das quinas?

Apenas um.

E quantas internalizações tens?

Penso que 18.

Desde o inicio que tens dito que a tua mãe nunca te deixou abandonar os estudos. Neste momento como é que está essa situação?

Neste momento não estou a estudar porque eu esta época comecei a fazer a pré-época com os seniores, e eles treinavam de manhã e de tarde e era mesmo muito complicado continuar a estudar. Fui lá à escola e estive a falar com a minha professora e com o director, e eles disseram que ia ser muito difícil porque a minha escola é um curso aqui em Pina Manique, e os horários são todos muito preenchidos de manhã e à tarde e assim era muito complicado conciliar a escola com os treinos. Falei então com a minha mãe e disse-lhe que este ano não ia dar e que para o ano ia voltar a estudar, nem que fosse para outra escola.

E o que é que ela te disse?

Disse-me que não queria que eu largasse a escola porque a escola é muito importante, e eu disse-lhe que também não queria largar e que queria tirar o 12º ano, e depois ela disse-me que se fosse só este ano não havia problema mas para o ano já não me deixava.

Paraste em que ano?

Tenho o 9º completo.

Neste momento estás no inicio da tua carreira e tudo está a correr bem, no entanto algo pode correr mal e podes ter de optar por outra área. Já ponderaste sobre isso?

Já pensei, porque podem acontecer muitas coisas. Sempre gostei muito de algo ligado ao desporto, professor de educação física ou então seguir a profissão de serralheiro que era o curso que eu estava a tirar.

Tivemos oportunidade de saber agora que estás convocado para o jogo contra o Benfica, naquele que é o jogo mais importante da época para o Belenenses. Como é que te sentes?

Sinto-me um pouco ansioso para o jogo.

Como é que é lidar com essa pressão?

É complicado, ainda por cima no Estádio da Luz, e se o estádio estiver cheio, são 60 mil pessoas ali dentro a gritar contra nós e é muito complicado.

Ainda por cima vocês não dependem só de vocês...

Sim, é verdade, temos de estar à espera dos resultados do Rio Ave e do Setúbal.

Como é que uma equipa encara um jogo onde não basta só ganhar para atingir o objectivo?

Nós pensamos da seguinte forma, primeiro temos de ganhar o nosso jogo e depois ficar à espera do resultado dos outros jogos.

Como é que está o grupo neste momento?

O grupo está confiante mas sabemos que é muito complicado.

Apesar de ainda ser possível a manutenção, certamente que também já pensaram no pior cenário e na descida à II Liga. O que é que a direcção do clube vos tem dito?

A direcção e toda a equipa técnica tem-nos apoiado sempre e têm estado sempre connosco.

A motivação no caso de descida achas que vai ser a mesma na próxima época?

Tem de ser a mesma, se calhar para nós juniores que vamos subir agora para seniores, se calhar até pode ser benéfico para podermos jogar mais e para nos dar motivação para subir de novo à I Liga.

Quais são as tuas principais ambições?

Eu penso primeiro em conseguir assumir o meu lugar aqui no Belenenses e tentar jogar o máximo possível.

Sentes-te praticamente 100% adaptado ao futebol profissional com esta última época em que treinaste e jogaste algumas vezes com a equipa principal?

Acho que sim, creio que já estou bem integrado.

Que pontos sentes que deves melhorar a nível individual?

A qualidade do passe, a concentração dentro do campo porque nos juniores temos mais espaço para pensar e aqui temos de pensar antes de termos a bola nos pés, e tenho que analisar melhor o jogo.

Por norma o Jaime Pacheco gosta de jogadores mais possantes e fortes fisicamente, no entanto tu és mais pequeno e mais franzino. Como é que foi lidar com isso?

Foi bom, porque eu sou rápido e baixinho, mas gosto muito de estar constantemente a pressionar o adversário e ele sempre me disse para eu pressionar o lateral e para não o deixar virar.

Qual é o modelo de jogo preferido na vossa equipa júnior? Em muitos jogos que assisti vocês optavam sempre pelo passe curto e transições rápidas.

Sim, sempre jogámos bem apoiados e a defender bem, depois tínhamos jogadores rápidos no meio campo que transportavam com velocidade a bola para o ataque.

A chamada de vários jogadores à selecção acabou por ser benéfico para a equipa?

Sim, porque para já os jogadores ficam motivados e depois queremos sempre mais.

Já esperavam todo este sucesso no inicio da época?

Nós já esperávamos deixar aqui uma marca do nosso valor, no princípio não nos conhecíamos bem e não sei se repararam mas no princípio de época tivemos ali uma fase em que perdemos dois jogos seguidos com o Benfica e com o Setúbal, e ficámos um pouco naquela... mas depois com o mister a dizer para não desistirmos começámos a acreditar cada vez mais em nós.

Que outro clube gostavas de representar a nível internacional?

Sem ser assim grandes clubes, gosto muito do Tottenham, gosto muito de os ver jogar, agora falando de equipas grandes gosto muito do Arsenal e do Barcelona.

A nível de selecção nacional qual é a tua grande referência?

Na selecção nacional o jogador que eu mais gosto de ver jogar é o Deco, porque sabe usar as suas armas dentro do campo.

A nível de selecção quais são os teus grandes objectivos?

O meu principal objectivo é continuar a ir sempre à selecção e jogar o mais possível.

Qual é o treinador com quem mais gostarias de trabalhar?

O Wenger e o Guardiola, porque são treinadores inteligentes que sabem lidar com os jogadores, principalmente o Guardiola que tal como o Mister Rui Jorge também ele já passou por esta fase e ajuda muito os jogadores.


Qual é a grande diferença entre os treinadores que já foram jogadores e os que nunca foram?

Por exemplo, eu tive um Mister, o Sr Carlos Ribeiro que também foi jogador, tal como o Mister Rui Jorge, e ele dava-nos muitos exemplos de coisas que aconteciam e que nós ainda não conhecíamos porque ainda não tínhamos lá chegado, ele dizia-nos e falava-nos de situações que nos poderiam acontecer e explicava-nos o que teríamos de fazer na altura, ajudava-nos muito e falava muito connosco.

Num âmbito geral como é que avalias a tua carreira até ao momento?

Penso que tenho tido uma carreira muito boa e tenho ajudado o meu clube o que é essencial.

Como é lidar com a comunicação social no que respeita ao futebol sénior?

É complicado! Lembro-me que no jogo contra a Académica fui nomeado para ir à conferência de imprensa e ia tranquilo até chegar à porta e olhar lá para dentro e ver um monte de jornalistas à minha espera. Na altura fiquei um pouco nervoso mas depois passou-me, porque quando estava em casa e via os outros a falar pensava que era mais fácil (risos), agora quando cheguei lá fiquei a pensar no que iria dizer, mas correu tudo bem e o Tuck também foi comigo e disse-me para estar tranquilo.

O Tuck também é uma referência para vocês enquanto jogadores?

Sim, é, ele foi capitão do Belenenses e será sempre uma referência para nós.

Tu nasceste em Angola e vieste para Portugal com 3 meses. Alguma vez pensaste que no caso de não seres chamado à selecção nacional portuguesa, pudesses vestir a camisola da selecção de Angola?

Pensei nisso quando fui à selecção de Lisboa, pensei que se não fosse chamado à selecção de Portugal poderia sempre ter uma hipótese de ir à selecção de Angola, mas depois quando fui chamado à selecção portuguesa nunca mais pensei nisso.

Como é que correu o torneio com a selecção de Lisboa?

Correu bem até porque ganhámos na final à selecção do Algarve.

E a nível individual?

Não correu muito bem até porque acabei por não jogar muito nesse torneio.

Nestas idades um jogador quer sempre jogar e dar o seu contributo para a equipa. Como é ficar de fora durante várias partidas?

É complicado, muito complicado mesmo, nós estamos ali no banco e a pensar que se estivéssemos a jogar podíamos fazer isso e aquilo.

Quem é que achas que é o principal candidato a vencer o campeonato nacional de juniores desta época?

Eu tive oportunidade de ir ver o Benfica Vs Guimarães e do pouco que vi acho que têm uma boa equipa mas que não vai conseguir superar os seus adversários. O Porto não conheço, apenas conheço alguns jogadores de irem comigo à selecção como é o caso do Diogo Viana e do Josué. Eu gosto muito da equipa do Sporting a jogar, gosto muito pela qualidade do futebol que eles apresentam e pelo ataque deles. Penso que o Sporting é mais colectivo, enquanto o Benfica é muito mais individualismos, mas não consigo apontar um candidato exacto.

Qual foi o jogador que mais apreciaste esta época no campeonato de juniores?

Gosto muito de ver o Leandro Pimenta do Benfica e do Wilson Eduardo do Sporting. Gosto da maneira de jogar do Leo porque é um jogador simples e inteligente na forma como joga, e o Wilson porque é um jogador muito rápido, inteligente e que marca muitos golos.

Com que jogadores é que te dás melhor dentro do campo e com quem te entendes melhor?

Eu dou-me bem com todos os meus colegas mas talvez o André Almeida e o Tiago Almeida sejam aqueles com quem me entendo melhor, se calhar o Tiago porque já jogamos juntos há muito tempo e o André por estarmos sempre juntos nos seniores e na selecção.

No caso de o mister Rui Jorge assumir a equipa principal na próxima época, achas que seria um ponto a teu favor?

Penso que sim, não seria só a meu favor mas para a equipa toda, mas como ele já me conhece e sabe as minhas capacidades era sempre bom e daria continuidade ao trabalho.

Quem é o teu empresário?

Carlos Gonçalves.


Eu via-o muitas vezes aqui no Restelo e falávamos sempre um bocado quando estávamos juntos, depois no inicio de época ele chegou ao pé de mim e disse-me que ia ser o meu treinador e acabou por correr tudo bem.

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