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Não se imporá uma AGE?



O Belenenses, pelo conjunto de notícias e, essencialmente, por falta delas, para além das mais que confirmadas suspeitas de estarmos no fio da navalha em termos financeiros não permitindo grandes margens de manobra na contratação de jogadores, algo impensável até ao ano transacto, embora em termos erlativos, anda a deixar muita gente a pensar no que de facto por lá se anda a passar. É o meu caso.

De facto, no Domingo passado, o treinador contratado, João Carlos Pereira, em declarações ao jornal A Bola terá afirmado entre outras coisa isto:

Este terá de ser um ano de reequação e as pessoas têm de tomar consciência disso. Recordo que o ano passado foram utilizados 43 jogadores. E foram celebrados contratos com jogadores que nada acrescentaram ao Belenenses. Vivemos uma fase de indefinição, há muitas situações pendentes, estamos a planificar as coisas. Uma certeza: o clube atravessa uma fase difícil em termos financeiros e não tem capacidade para fazer grandes contratações.

Ora, isto já não constitui novidade para ninguém.

Por sua vez, tal facto, aliado à inevitabilidade de termos de nos socorrer essencialmente de jogadores emprestados do Porto, Sporting e Benfica, de dois deles, diga-se, mais não se faz que fazer actuar um mecanismo previsto aquando das saídas do Rolando e do Ruben Amorin, que nos permitirão reforçar o plantel com, pelo menos, 4 jogadores (2 do Porto e 2 do Benfica). Esta situação, aliada à notícia de anteontem do jornal O Jogo e que reza o seguinte, sob o título Dragão pode ajudar:
O Belenenses pretende que o FC Porto contribua para o plantel da próxima época e, nesse sentido, já houve contactos com os dragões. As conversas, preliminares ainda, vão intensificar-se, em particular quando ficar definitivamente esclarecido se o Belenenses permanece na Liga Sagres ou não. Certo é que o FC Porto continua a ter dois jogadores para colocar no Restelo, situação protocolada aquando da aquisição do central Rolando. Em tempos de crise, o Belenenses também não exclui possíveis empréstimos de Benfica e Sporting.

Com Barge e Ivan assegurados - embora falte colocar os acordos no papel -, a SAD tenta reduzir despesas. E é certo que, enquanto não saírem alguns atletas - por venda ou rescisão -, a margem de manobra é curta. Assim, Schmidt, Arroz, Carciano, Zarabi, Tininho e João Paulo são alguns dos atletas no mercado e que não contam para a nova época.

Não seria crível que se tivessemos de jogar na II Liga que tal mecanimso actuasse com a eficácia desejada e,talvez seja um desperdício fazê-lo actuar já, mas se não houver dinheiro para nada, como parece que não há...

Outra coisa que me deixa intrigado, atentas estas razões, todas somadas, que me faz pensar que os nossos dirigentes de cada vez que estão na mesa de trabalho sempre que levantam um papel dos que lá foram deixados, muito provavelmente estão a encontrar muitas más surpresas que os seus antecessores lhe deixaram.

E nada me admiraria se o Belenenses não está, de facto, a atravessar um período em que anda pura e simplesmente a inventar dinheiro, sabe-se lá até de onde vem, estando eventualmente caucionadas no imediato algumas das promessa eleitorais.

E a avaliar pelo que se vai sabendo, alguém andou a assinar papéis à balda, sem nada perguntar aos sócios, se estava para tal autorizado ou não, se compromete ou não o futuro imediato do Clube e da SAD.

Todo este cenário que me parece preocupante, vai assumindo publicamente contornos de alguma veracidade.

Assim sendo, e porque os sócios têm direito a saber se os nossos dirigentes foram condicionados na sua actuação e, já agora, porquê, por quem e de que forma, conviria colocar tais questões à consideração da assembleia de sócios, para que estes soubessem o que é que os seus antecessores por lá andaram a fazer, na realidade, acabando-se de uma vez por todas, com o diz-se diz-se, porque, pelo que conheço do Clube, cheira-me esturro do gordo e as responsabilidades são bem mais contemporâneas que muito boa gente possa imaginar e não pode ser "só" o Fernando Sequeira a apanhar por tabela.

Não proponho que seja convocada uma AGE para decidir seja o que for, mas uma AGE para dar a conhecer o momento financeiro do Clube e da SAD e de que forma a aparente acção da Direcção ou da SAD está a ser condicionada por eventuais compromissos extraordinários e quem os assumiu de forma quase irreversível.

Conviria que tal acontecesse para que Viana de Carvalho e Miguel Ferreira num momento já inadequado venham, depois, coprporizar como erros seus aquilo que foram erros de terceiros. Isso aconteceu, uma vez, com Cabral Ferreira em assumir como erros só dele em AG e, afinal, pelo que eu sempre soube, não eram só dele com os resultados que são de todos nós conhecidos.

Se é que me faço entender...

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