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Juniores: Belenenses 0–0 Sporting



Fonte: Academia de Talentos

Data: 21/08/2009.
Hora: 17:00.
Local: Campo nº2 do Estádio do Restelo, Belém.

CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES": 1 – Adolfo Leite, 2 – Gonçalo, 3 – Filipe Paiva (Capitão), 4 – Vítor, 5 – Luís, 6 – Pelé, 7 – Rui Monteiro, 8 – Mauro Antunes (17 – Viegas, 80'), 9 – Fábio (18 – Miguel, 70'), 10 – Alex (16 – Freitas, 58') e 11 – Artur Lourenço.
Suplentes não-utilizados: 12 – João, 13 – Bizarro, 14 – Diogo e 15 – Rito.
Treinador: Romeu Almeida.

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL: 1 – Rúben Luís, 2 – Cédric Soares, 3 – Matheus Silva, 4 – Nuno Reis (Capitão), 5 – Greg Garza, 6 – José Lopes "Zézinho" (15 – William Carvalho, 62'), 7 – Renato Santos (17 – Matheus Coelho, 80'), 8 – Luís Almeida "Kikas", 9 – Amido Baldé, 10 – Renato Neto e 11 – Alexander Zahavi (16 – Danilo Serrano, 68').
Suplentes não-utilizados: 12 – João Figueiredo, 13 – Miguel Serôdio, 14 – Afonso Taira e 18 – Henrique Gomes.
Treinador: José Lima.
Director: Mário Lino.

Equipa de Arbitragem: Hélder Malheiro (Árbitro Principal), Paulo Moreira e Daniel Soares (Áribitros Assistentes), AF Lisboa.

Disciplina: Cartão Amarelo para Danilo Serrano (87')

Melhores em campo: Artur Lourenço (CF Belenenses) e Cédric Soares (Sporting CP).

CRÓNICA:

Na abertura do Campeonato Nacional de Juniores, Belenenses e Sporting empataram no Restelo, num jogo com algumas boas ocasiões de golo, mas com o marcador a não mexer durante os 90 minutos. Ambas as equipas apresentam ainda alguns problemas de conexão, próprios de início de temporada, assim como a condição física dos atletas que não é a melhor.

4x3x3 dos dois lados

O tradicional 4x3x3 foi o sistema utilizado pelos dois treinadores. Do lado do Belenenses, a equipa foi orientada por Romeu, adjunto de Rui Jorge, e apresentou em campo o guardião Adolfo Leite e um quarteto defensivo composto por Gonçalo, Filipe Paiva, Vítor e Luís. No meio-campo, Pelé foi o jogador mais recuado, com o apoio mais próximo de Mauro Antunes. Alex foi o elo de ligação entre o meio-campo e o ataque, onde alinharam Rui Monteiro, na direita, Artur Lourenço, na esquerda e Fábio no centro.

Já José Lima apresentou no onze inicial o guardião Ruben Luis, com Cédric Soares, Matheus Silva, Nuno Reis e Greg Garza na defensiva. Zézinho foi o médio mais de contenção, sem deixar de olhar para a frente, onde fez boa parceira com Renato Neto e Luis Almeida. No ataque, Renato Santos começou na direita, com Zahavi na esquerda e Baldé como o jogador mais adiantado no terreno.

Entra melhor o Belenenses

Os primeiros dez minutos serviram para as equipas se conhecerem melhor e tentarem encontrar espaços nos esquemas tácticos montados pelos treinadores. O Belenenses entrou melhor no encontro, mais solto, com mais iniciativa e melhores trocas de bolas, mas sem conseguir chegar com sucesso à baliza de Ruben Luis. O Sporting sentia então algumas dificuldades em chegar à área contrária, e tinha mesmo alguns problemas em passar do meio-campo adversário, onde Mauro Antunes e Pelé começavam desde cedo a destacar-se.

A partir dos 10 minutos de jogo, as coisas começaram a mudar, e o Sporting começou a ter algumas boas ocasiões no ataque. Na primeira, depois de um bom trabalho com a bola de Amido Baldé, Cédric Soares aparece solto à entrada da área e remata forte, mas a bola sai muito torta e desviada da baliza.

Três minutos depois, os leões quase inauguravam o marcador. Depois de um canto curto batido da esquerda, Zahavi flecte bem para o meio e faz um cruzamento tenso e rasteiro para o coração da área, onde estava Nuno Reis, mas ao tentar o toque de calcanhar a bola passa no meio das pernas e perde-se pela linha de fundo.

Depois de mais um remate de fora da área a acabar por cima da baliza, da autoria de Renato Neto, os jovens de Alcochete criam a melhor oportunidade do encontro até então. Num livre directo batido já dentro da meia-lua da área do Belenenses, o central Matheus Silva dispara um remate muito violento e seco, mas a bola ganha altura na parte final da trajectória e sai ligeiramente por cima da barra.

Belenenses respira, mas Sporting acaba a pressionar

A equipa da casa conseguiu depois criar bons lances ofensivos, e esteve mesmo perto de marcar à passagem do minuto 25. O médio Pelé aparece no flanco esquerdo e tira o cruzamento para a área. O central Matheus Silva falha o corte e a bola chega à cabeça de Artur Lourenço, que não estava à espera da falha do adversário e vê a bola sair por cima da baliza, quando estava em posição de fazer muito melhor.

Alex ainda teve nova tentativa no minuto seguinte, depois de uma excelente jogada de Mauro Antunes, mas foi o Sporting a pegar novamente no encontro. Aos 36 minutos, Zézinho teve uma incursão pelo meio-campo contrário e rematou cruzado à entrada da área, com a bola a passar perto do poste.

Até ao intervalo os visitantes ainda tentaram o golo por mais três ocasiões. Primeiro, a quatro minutos do intervalo, depois de uma boa jogada de envolvimento na direita, a bola chega à área, onde Renato Santos tenta o remate acrobático, mas a bola sai à figura de Adolfo Leite. Em cima do minuto 45, o Sporting chega mesmo a marcar. Cédric remata à entrada da área, Adolfo não agarra e Baldé encosta para o fundo da baliza, mas o árbitro assistente já tinha levantado a bandeirola, e o golo não contou.

Zézinho ainda rematou muito forte, à malha lateral dando ilusão de golo, já em período de descontos, mas a primeira parte estava mesmo a terminar, e pouco depois o árbitro apitava para o descanso.

Segunda parte em tons verde-e-brancos

A segunda parte trouxe um Sporting mais aguerrido e com vontade de marcar, o que ficou provado logo aos 51 minutos. Numa boa iniciativa de Zézinho, o médio leonino flecte da direita para o meio e remata forte de pé esquerdo, com a bola a embater na barra da baliza de Adolfo Leite.

O Belenenses teve depois um ligeiro ascendente, mas que durou poucos minutos, com o cansaço a ser muito evidente em algumas das unidades dos azuis do Restelo. A equipa da casa trocava bem a bola, conseguia chegar à frente, mas na altura de rematar parecia sempre faltar qualquer coisa.

Aos 60 minutos, foi Renato Santos quem voltou a ameaçar, ao seguir da direita para o meio do terreno e a rematar forte de pé esquerdo, mas com a bola a passar por cima da baliza.

O Belenenses ainda ameaçou aos 65 minutos, com um livre directo bem batido por Rui Monteiro, mas a ver Ruben Luis a responder bem, com uma defesa vistosa, a mais complicada que teve nos 90 minutos do encontro. Mas era o Sporting quem comandava a partida, e quatro minutos depois, Cédric Soares tira um cruzamento da direita para a cabeça de Danilo Serrano, mas o recém-entrado jogador cabeceia ao lado, quando tinha espaço para fazer bem melhor.

O melhor que o Belenenses conseguiu nestes últimos minutos foi através de um remate de longe de Mauro Antunes, com a bola a sair muito enrolada e desviada da baliza, já depois de mais uma tentativa de longe de Cédric Soares, que saiu também ela muito torta.

Os jovens leoninos apertaram no ataque nos últimos minutos e podiam ter chegado ao golo. Primeiro, aos 85 minutos, um cruzamento da esquerda, muito chegado à baliza, faz um enorme balão. Adolfo Leite parecia controlar o lance, mas vê a bola bater na barra da baliza e sobrar para o coração da área, onde Baldé, também apanhado de surpresa, não consegue fazer o desvio.

Já em período de descontos, Adolfo Leite falha uma saída dos postes, e a bola sobra para a cabeça de Greg Garza, que surpreendido pela falha do guardião da casa, cabeceia ao lado da baliza, quando tinha a baliza escancarada para fazer o golo.

Não havia tempo para mais, e Belenenses e Sporting começam o campeonato com um empate sem golos, num jogo com algumas partes emotivas, mas onde se viram claramente duas equipas ainda em construção e a precisar de criarem melhores mecanismos de jogo. Ambos ficam agora à espera para ver o que fazem amanhã os seus adversários, com destaque para a deslocação do Benfica ao terreno do Oeiras. O Sporting parte este fim-de-semana para um torneio em Turim, Itália, tendo ainda outros jogadores a juntarem-se aos trabalhos da selecção de Sub-19.

ANÁLISE INDIVIDUAL (Clube de Futebol "Os Belenenses"):

1 – Adolfo Leite: Apesar do elevado índice ofensivo do Sporting não teve muito trabalho. Voz de comando da sua defesa, viu a bola bater na barra por duas vezes, e numa delas podia ter feito melhor. Também numa saída dos postes, perto do final, podia ter comprometido o resultado.

2 – Gonçalo: Tentou subir no terreno por várias vezes, mas Zahavi e Greg Garza deram-lhe muito trabalho a defender. Nem sempre levou a melhor, mas realizou uma exibição positiva.

3 – Filipe Paiva: O capitão do Belenenses foi o principal pilar da defesa. Bem a controlar os movimentos de Baldé, foi muito por sua culpa que o avançado leonino apareceu pouco no jogo. Boa exibição.

4 – Vítor: Menos em jogo que o seu parceiro do centro da defesa, foi uma ajuda preciosa a controlar os avançados leoninos.

5 – Luís: Mais ofensivo que Gonçalo, lidou bem com a presença de Renato Santos na sua área de acção, não lhe dando muitos espaços.

6 – Pelé: Depois das passagens pela equipa sénior, voltou aos juniores e em boa hora. Foi um verdadeiro tampão no meio-campo azul, travando várias iniciativas dos médios leoninos e a recuperar inúmeras bolas. Também conseguiu mais que uma vez sair com a bola controlada, onde revelou muito à vontade.

7 – Rui Monteiro: Foi uma boa ajuda no sector mais recuado, mas a atacar esteve muito pouco em jogo, fruto de uma marcação muito apertada de Greg Garza.

8 – Mauro Antunes: A defrontar alguns dos seus colegas do ano passado, o médio azul começou com muita vontade de mostrar serviço. Boas iniciativas no meio-campo, onde tentou comandar a equipa para a frente. Com o passar dos minutos, acusou muito o cansaço.

9 – Fábio: Perdido no meio dos centrais leoninos, teve muito pouco espaço e raramente a bola lhe chegou em condições para mudar o rumo do jogo.

10 – Alex: Primeiro sacrificado da sua equipa, saiu cedo do jogo, onde foi a unidade menos do meio-campo. Não conseguiu pegar no jogo e construir jogo para a sua equipa, mas quando a bola lhe chegou aos pés revelou boa técnica.

11 – Artur Lourenço: Bem aberto no flanco esquerdo, recebeu muitos passes longos na primeira parte, onde foi uma das unidades mais perigosas da sua equipa. Muito veloz e tecnicista, foi descendo de produção com o passar dos minutos.

16 – Freitas: Entrou para o meio-campo, mas acrescentou pouco à equipa na construção de jogo. Mais importante a defender, principalmente nos minutos finais.

17 – Viegas: Apenas dez minutos em campo, numa altura em que era o Sporting quem estava por cima.

18 – Miguel: Entrou para o lugar de Fábio, mas sofreu do mesmo problema que o colega. Pouco espaço, muito vigiado, raramente teve a bola nos pés.

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