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O Belenenses em decínio Parte IV - Sócios, Património e Resultados



No meu modo de ver e enquadrar um Clube Desportivo com futuro assenta em 3 vértices principais a saber:
1. Resultados positivos na área desportiva, em especial, no futebol;
2. uma consistente e numerosa massa associativa, e
3. um patrimóno devidamente rendibilizado

Como bem sabemos, o Belenenses, ano após ano, tem vindo a perder numerosos sócios, sendo certo que não tem havido uma política conistente de atracção de novos associados, quer pela fidelização de novos sócios tout court, quer pela recuperação de antigos associados.

Já aqui escrevi vezes sem conta a forma pragmática de recuperar novos sócios, e tenho a impressão que todos sabemos a quais as medidas pragmáticas de reabilitar sócios antigos.

Daqui resulta bem claro que a proliferação de modalidades amadoras, agora profissionalizadas e numa até a SAD paga alguns tostões a pelo menos um atleta, não trouxe aumento de sócios. Pelo contrário, andando por lá e nada ganhando é um acumular de erros e prejuízos.

Fico, no entanto triste pelo carácter eletista de muitos dos actuais associados que não gostarão de ver outros a passaram-lhe à frente no seu número de antiguidade, o que demonstra o carácter não só elitista, mas fossilizado de pensamento das coisas reais, de que a recente revisão estatutária foi um claro exemplo.

Mas ainda asim, por muitas medidas que uma Direcção tome para reabilitar associados antigos a receita passa por:
1. atribuir, tanto quanto possível, o número antigo que antes tinham ou aproximado;
2. conceder um a dois anos de gratuitidade de quotização, e
3. oferecer um kit de produtos do Belenenses para a família toda.

Em sede de resultados desportivos, há que apostar de uma forma decisiva numa SAD com activos de valor, por forma a dar garantias de um valor acrescentado anual sempre a ser capitalizado e não aquilo que temmos vindo a assistir, ano após ano, com a exigida pelos associados que raramente são accionistas da SAD, mas que resolvem exigir não o aumento do Activo da SAD, mas a venda de activos para não sei bem o quê, apenas porque seria bom negócio, já que quando sobre isso falam, limitam-se a olhar para a árvore esquecendo o bosque onde a mesma está metida.

Na actualidade, a nossa SAD está descapitalizada de activos, tendo-se dado ao início do processo de descapitalização com a gestão de Fernando Sequeira e continuando com a gestão da defunta Comissão de Gestão, a qual na condição de Lista B ao acto eleitoral previa uma SAD valorizada em apenas 4,5 milhões de euros que mal dão para fazer cantar o cego, quanto mais lutar por lugares condignos com o historial do Clube.

Aliás, este valor de 4,5 milões de euros bate em tudo certo com o valor fixado para o residual de 9% de acções prometiudas vender ao Kabuscorp ao general dessa coisa, pelo valor de € 450.000. Ou seja, fazendo-se a média aritmética aplicável ao restante capital social, dará uma SAD valorizada em 5 milhões de euros, mais coisa, menos coisa.

Ora, com este valor não iremos a lugar algum, já que desse dinheiro cerca de 15% vão para comissões, se não for mais e o resto mal dará para termos jogadores acima da média.

Ou seja, teremos uma equipa "jeitosinha" e continuaremo a ser o "clube simpático" muito ao gosto do nosso povo.

Por sua vez, não damos uso ao património não exploado, caindo no deleixe e no luxo de lá termos terrenos inaproveitados.

Há que lutar pela devolução da Salésias, ponto fulcral da restauração da mística do Clube e que não se oiça falar das ditas em vésperas eleitorais para ir enganando os parolos, como recentemente acontecu.

O Belenenses não é um vendedor de gasolinas! É Um Clube de Futebol e é uma afronta tentar viabilizar um Clube pelas gasolinas.

Mudem o disco e reaproveitem os espaços mortos do Restelo num plano de reconversão do PDM do Belenenses, estudando um conjunto de superfícies comerciais que se arrticulem umas nas outras para chamar egnte ao Restelo.

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