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Uma entrevista de Yontcha



Notas Prévias:

Esta entrevista foi retirada do jornal "A Bola", na qual o entrevistador fez o favor de na sua introdução tentar falar pelo jogador ao lá escrever que já há interesse do Benfica, Sporting e Porto no nosso jogador.

Suponho que este tipo de introdução já deve fazer parte dos manuais deles, por forma a suscitar serem lidos por mais gente que não os destinatários naturais que são os belenenses.

E certamente que os jornalistas a esta hora já estarão a fazer o formulário das perguntas a fazer ao Lima e ao Adu e quase aposto que uma das perguntas ao Adu é: "Se jogar contra o Benfica e marcar algum golo, tenciona festejar?".

Outra coisa, vi para aí muita gente aos berros a reclamar o Antchouet. Será que não há um pingo de vergonha em se aceitar um jogador que mais não fez que a sua birrinha e andar tempos a fio a gozar connosco, como na célebre última entrevista em que se espreguiçava na bancada central dos sócios?


"Deu nas vistas frente à Naval, ao marcar o primeiro golo do Belenenses esta época, mas a avaliar pelas palavras do camaronês, que pretende relançar a carreira em Portugal e, quem sabe, interessar a Sporting, Benfica e FC Porto, ainda é pouco. Diz ser forte no jogo áereo, segurar bem a bola e ter facilidade em rematar com os dois pés.

Após uma época pouco produtiva na Roménia, fruto de uma lesão que o manteve afastado dos relvados durante algum tempo, como surgiu a oportunidade de jogar no Belenenses?
— Há dois anos, o meu empresário falou-me em vir jogar para Portugal mas, financeiramente, o contrato que eu tinha no Qatar era mais vantajoso e preferi manter-me por lá durante mais algum tempo. Na época passada tive o azar de me lesionar e as coisas não me correram tão bem. Entretanto, o meu representante voltarou a falar-me em vir jogar para Portugal, na condição de me colocar num bom clube e cá estou, na esperança de que as coisas me corram bem.

— Nesta segunda experiência na Europa quais são os seus objectivos?
— Quero relançar a minha carreira. Já estive muitos anos na sombra, agora chegou a minha hora, pretendo jogar ao mais alto nível na Europa para poder ser chamado à selecção dos Camarões. Quero fazer um bom campeonato ao serviço do Belenenses e, quem sabe, no final da época despertar o interesse de um clube grande.

— E em relação às suas características. Como se define em campo?
— Tenho facilidade no jogo aéreo, tenho força, muita facilidade em jogar na área, sou rápido e tenho a vantagem de rematar com os dois pés.

— Mas, curiosamente, o seu primeiro golo na Liga foi marcado com o peito.
— E já não é a primeira vez [risos]. Quando estive no Qatar fiz um hat trick e o primeiro golo também marquei com o peito. Fiquei muito feliz por ter conseguido marcar um golo que ajudou a construir a primeira vitória do Belenenses. Além de que me senti bastante aliviado por ver o contentamento dos meus companheiros de equipa, dirigentes e adeptos. Todos ansiavam um golo. Fui muito acarinhado e estou agradecido a todos pelo apoio que me deram.

— Há duas épocas marcou uma dúzia de golos. Este ano tem alguma meta que queira atingir?
— Quero marcar pelo menos 10 golos só no campeonato. Se não tiver nenhuma lesão até penso que posso marcar muitos mais.

— Está bastante confiante, é sinal de que a sua integração no grupo foi fácil?
— Tive a sorte de encontrar pessoas muito gentis e acolhedoras. Por isso, a integração foi muito fácil e rápida, embora ainda sinta algumas dificuldades com a língua portuguesa, mas já comecei a decorar algumas palavras. Bom dia, obrigado e outras, que só se utiliza quando estamos no campo [risos].

Melhor jogador do CAN Esperanças

— Pode-nos falar mais um pouco de si. Pessoal e profissionalmente?
— Sou casado, tenho dois filhos, o Ivan, de cinco anos, que joga ténis em vez de futebol, e a Melissa Stecy, de ano e meio. A minha família está nos Camarões, espero poder trazê-los para junto de mim o mais depressa possível. A nível profissional fui internacional nas selecções de juniores e esperanças e nesta categoria fui considerado melhor jogador da Taça das Nações africanas.

— Conhece o avançado camaronês do Sp. Braga, Meyong?
— Somos grandes amigos. Cheguei a fazer treinos na selecção principal dos Camarões e o Meyong ajudou-me imenso na integração, é um jogador experiente. Telefonamo-nos regularmente.

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