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Liga mais pobre



Notas Prévias.

O arranque da Liga Sagres e, também, da Liga Vitalis, veio demonstrar que a generalidade dos clubes portugueses está de tanga.

A falência aqui por mim denunciada vai já fazer muito tempo da tentativa de se profissionalizar o futebol nacional e fazê-lo competir com os congéneres de outros países está a conduzir à morte de alguns clubes, á agonia de outros e ao estado de pré-agonia de uns quantos.

Este ano foi um ver se te avias em verificar clubes em desistirem pura e simplesmente das competições.

No nosso caso, entendo que estamos já no patamar de pré-agonia embora não tenha sido agravada pela estupidez interna em se recusar em recorrer aos empréstimos de uma forma mais clara.

Estupidez essa agravada pelo recurso ao ecletismo para demonstrar que ainda somos gente.

Uma vez aqui defendi que o Clube devia ter uam política de aliançãs, não só de alianças com os nossos pares da I Liga, mas sobretudo de alianças ou mediante protocolos de permuta de jogadres com clubes abaixo do nosso patamar. Não há, de facto, outra forma a dar corpo ao nosso plantel que não seja o recurso a juniores, jogadores emprestados via I Liga ou jogadores comprados a outros emblemas com os quais devíamos ter relações previligiadas, nomeadamente clubes nossos vizinhos.

Sejamos honestos, a política de empréstimos não devia ter cor. Mas, no nosso caso, e pelo que vou lendo a nossa política de empréstimos é boa se vier do Norte e péssima se vier da 2ª Circular.

Outro dia respondi aqui a um consócio daqueles os que assim pensam mais não passam de marialvas que pendurados de cabeça para baixo só deitam cotão.

Neste momento, o Belenenses apenas deita cotão.

É que associado à política de empréstimos devia estar a tal política de alianças e aí ficamos sempre tramnados ao dar sempre a cara quando so outros a escondem, ao darmos o Coroado em oposição ao Pereira e depois lixamo-nos no jogo de cada dia.

E ainda somos gozados e omitidos nas constantes crónicas dos principais jornalistas desportivos, os quais por não alinharem no nosso diapasão, mais que gsto e estafado e sem pretensões a coisa alguma, entendem, ainda assim, alguns de nós que devíamos ter para eles a importância que os factos não condizem com o objectoi da notícia: é que nós não somos notícia de coisa alguma.

Ora, vejamos:


Este é um tempo de esperanças, promessas e fé. Com maior ou menor legitimidade, todos têm sonhos cor-de-rosa, o futuro como que surge embrulhado em luzidia felicidade perante a convicção de que o amanhã será risonho.

Recusar o pessimismo é mais do que uma obrigação, desviando-o dos caminhos - de todos os caminhos! - que importa percorrer.

Na pré-época só há vencedores. Para muitos, é uma pena que o clima que antecede cada temporada sofra transformações à medida que a temporada adquire cadência. Na incerteza, é melhor aproveitar esta folga, enquanto os tribunais (de dirigentes e adeptos) estão encerrados ou nada exigentes.

Como sempre, é a força mobilizadora dos três «grandes» que absorve maiores expectativas e alimenta a especulação, com o F.C. Porto a cumprir a sina de «campeão do mercado», igualando o volume da facturação (42 milhões de euros ou... mais, só com as saídas de Lucho e Lisandro, para lá de outros trocos) à capacidade ganhadora que lhe corre nas veias. E Bruno Alves à espera...

Pese o contingente das aquisições já consumadas, importa, ponderar dois aspectos:

- a consciente dúvida quanto à imediata imposição de jogadores com lastro indiscutível - Belluschi, Falcão, Álvaro Pereira (F.C.Porto), Matias Fernandez (Sporting), Saviola, Ramires, Shaffer, Patric (Benfica);

- a seriedade para lamentar as deserções de unidades de exuberante qualidade competitiva - Lucho, Lisandro (F.C. Porto), Derlei (Sporting), Katsouranis, Reyes (?) Suazo (Benfica).

Qualquer que seja a argumentação no sentido de desdramatizar as perdas - a excelência de ontem não pode transformar-se hoje em vulgaridade... - julgo que, no plano de rendimento objectivo, nenhum dos «grandes» tem razões para festejar. Sem me envolver em qualquer exercício especulativo tendente a apurar lucros e perdas possíveis ou previsíveis, já me parece razoável considerar o seguinte:

- F.C. Porto é a equipa mais lapidada face à natureza das perdas - o «comandante» (Lucho) e o goleador (Lisandro);

- Sporting perdeu o mais encartado desestabilizador dos adversários em função da mossa competitiva que imprimia à própria equipa (Derlei);

- Benfica viu partir o equilibrador estrutural (Katsouranis), para lá de ter de abdicar do talento genético de Reyes e da velocidade desenquadrada de Suazo.

Neste tempo de esperança - ou mesmo de euforia para alguns, sem importar se construída de forma mais artificial do que objectiva! -, percebe-se que todos preferem inventariar os lucros orçamentados com os que chegaram de novo.

Por mim limito-me a confessar que Lucho, Lisandro, Derlei, Katsouranis, Reyes e Suazo nos fazem falta. É-me indiferente se os clubes não o assumem. Para estrangeiros como esses haveria sempre espaço no futebol português, qualquer que seja a natureza das carradas que têm chegado. E falta saber se as (grandes) saídas já fecharam...

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