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SAD: combate à falência



Notas Prévias:

No dia 10 de Dezembro pf vai haver a Assembleia-Geral de accionistas da SAD do Belenenses.

Também, como nota prévia, convem explicar o que é a falência técnica numa empresa, a qual se pode sintetizar no seguinte: observa-se a existência da falêcia técnica quando o valor do pasivo é superior a metade do capital social.

Do que nos é permitido conhecer, sabemos que há um resultado deficitário do exercício de 2008 na ordem dos 4,7 milhões de euros, sendo certo que só para treinadores tal décicit contem a asimpática verba de 1 milhão de euros (Casemiro Mior e Jaime Pacheco).

Não há volta a dar senão pagar o que devemos, nomeadamente, e para já, as tranches em dívida aos jogadores tipo pernas de pau que quer sejam do Sequeira, quer sejam do Barbosa, dado que não convem em nada que deixemos arrastar estas situações para anos vincendos, podendo originar o risco de não inscrição nos campeonatos profissionais, cheirando-me que para o ano os pressupostos financeiros terão um crivo mais apertado.

Quanto ao valor do déficit convem que haja um plano de pagamentos e que tal plano seja exequível, dado que a Liga faz periodicamente um diagnóstico do cumprimentos dos pressupostos financeiros entregues no início de cada ano.

O valor é de fazer arrebitar os cabelos ao mais santo que possa haver ao cimo da Terra. É inexplicável, irreal, mas foi criado e já outro dia aqui demonstrei que a SAD já acorreu a pagamentos de despesas correntes em modalidades.

De todo o modo, ou o Belenenenes, como sócio maioritário, apresenta um plano exequível para o pagamento desta verba ou estamos mal.

Ainda assim, entendo que o Belenenses SAD tem capacidade de satisfazer e honrar este compromisso e caberá aos accionistas aprovar o plano de pagamentos que for apresentado na AG.

Globalmente, a minha preocupação é relativa, dado que já aqui demonstrei que há apenas uma SAD no meio de todas as existentes dirigidas ao futebol profissional, que não se encontre em falência técnica.

Admirei-me, de resto, de o FCP não ter ido ás compras do modo como iria noutros anos vencidos, tendo permitido a saída dos seus melhores activos (Lisandro e Lucho) e o certo é que eles assim evitaram a falência técnica, ao passo que todas as outras SAD's estão piores e bem piores que a nosa, sendo os casos do Benfica e Sporting as situações mais flagrantes com dívidas que atinegem mais de 100 milhões de euros, sendo o caso da lampionagem o buraco mais engraçado: passivo de 180 milhões.

A situação de falência técnica da nossa SAD é mais grave que as citadas, já que nós não temos a cobertura de uma holding como já está implementado nps referidos clubes, a qual pode ocorrer a este tipo de situação pontual, pelo qe temos de recorrer à Belém Invest.

Assembleia geral da SAD está marcada para dia 10 de Dezembro. De acordo com a lei, administração tem, obrigatoriamente, de apresentar proposta de recuperação

A débil situação financeira do Belenenses é do domínio público. Aliás, foi da voz do presidente Viana de Carvalho que se soube do passivo da SAD referente à época passada, de 4. 7 milhões de euros.

Exercício que será discutido na assembleia geral da SAD, marcada para dia 10 de Dezembro, às 18 horas, na sala de Imprensa do Restelo, e em relação ao qual a actual administração pouca responsabilidade tem.

«Estes órgãos sociais entraram em Maio. A época fechou em Junho mas há que apresentar o relatório. O clube está em falência técnica, tal como, inclusive,os grandes clubes do nosso futebol, uma vez que o capital social foi comido pelos maus resultados», atesta Carlos Pereira Martins, presidente da assembleia geral da SAD: «Espero que consigamos reunir o maior número de accionistas. É uma reunião importante dada a actual conjuntura de crise económica e financeira. Por exemplo, o FC Porto contornou a situação porque vendeu activos que renderam capital à SAD, o que não acontece nos outros clubes. A publicidade diminuiu, o interesse em injectar capital também e a situação é delicada para todos.»

A lei obriga, porém, à apresentação de um plano de recuperação por parte da adminstração. «Está na lei das sociedades anónimas. Aliás, se os órgãos sociais não apresentarem uma proposta de recuperação, eu como presidente da assembleia, tenho de perguntar se algum grupo de accionistas o deseja fazer. Em última instância seria o revisor oficial de contas a ter de fazê-lo. O ideal seria que a SAD tivesse medidas boas e cirúrgicas para sanar a situação. Acredito que o fará», declara Carlos Pereira Martins.
in jornal A Bola em 15-11-2009

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