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Também temos o central Filipe Paiva



Notas Prévias:

Hoje, entendo por apresentar o defesa-central Filipe Paiva, o qual tem andado meio escondido, mas não deixa de ser certo que faz parte do plantel azul.

E faço-o, porque o Belenenses anda decididamente em maé de azr em relação a lesões.

Estes jogos com o Estoril-Praia já cheiram mal, sendo certo que me parece que eles fazem destes jogos finais para se mostratrem ao patronato, sendo certo que sempre foram a nossa besta negra.

Agora, aleijaram de novo o Rodrigo Arroz, o qual é melhor central que um Diakité, sendo certo que no caso em apreço, não é questão de ser melhor que ele, mas também o visível facto de ser em jogos de preparação que estas coisas acontecem.

Ao que parece o avançado Romário fracturou uma mão no passado Sábado.

Quer um, quer outro sairam de recentes lesões e são duas peças a menos para o resto do campeonato (Rodrigo Arroz) e paragem forçada temporária (Romário).

De todo o modo, são menos duas peças e bom será que a SAD não pense em ceder unidades do sector recuado, porque nunca se saba quantas mais lesões vêm por aí, agora que a leva das lesões parecia ter terminado.

E por falar em movimentos do plantel, é bom que a SAD se desenrasque depressa quanto aos reforços da equipa, porque isto está a ficar pior que mau.

O tempo de prolongamento que se deu a JCP foi exagerado e já ando com a mostarda no nariz com o prolongamento dado no mercado de Inverno a esta inépcia dos reforços para nos salvarem da descida de divisão.

Filipe Paiva fala numa voz calma e de sorriso afável. Custa a acreditar que, dentro de campo, este central "deixa a pele" e não se coíbe de jogar duro se for necessário. Para além disso, é o patrão do jogo aéreo nos juniores do Belenenses, onde actualmente milita, e é dado como um jogador com enorme futuro, sobretudo numa equipa com o perfil da que actualmente representa.

No entanto, o Sporting parecia não pensar da mesma maneira. O clube leonino dispensou o jovem central no final da época passada, após cinco anos em que representara todas as camadas a partir de Infantis B. Filipe ingressava então no Belenenses, para aquela que era a sua primeira aventura fora da Margem Sul e da localidade onde habita, Alcochete.

De facto, desde o início da sua carreira que o central estivera relativamente próximo da casa onde mora com os pais. Os seus primeiros toques foram dados no clube local, o Alcochetense, e ao transitar para o Sporting passou a efectuar os treinos e jogos na Academia, também situada nas imediações da sua terra-natal. Segundo conta, os responsáveis leoninos viram-no a jogar pelo seu primeiro clube e chamaram-no para fazer "três treinos de captação no Sporting". "Passados esses três treinos, fiquei", relembra.

Tinha 12 anos quando os leões o foram recrutar às escolas do Alcochetense, 17 quando saiu para rumar a Belém e trocar o equipamento listrado de verde e branco por outro em tons de azul. No entanto, Filipe Paiva não guarda quaisquer ressentimentos para com o clube leonino. O central tem até uma explicação bem racional para a sua dispensa. "A época passada não correu como eu queria, e como o Sporting agora tem mais opções para a defesa, achei melhor sair esta época, para poder voltar a jogar e a ser o jogador que era". Arrogância? Nada disso. Apenas consciência do seu valor, e certeza quanto àquilo que pretende do seu futuro.

Novos desafios

Aos 17 anos, Filipe Paiva abraçava assim, de braços abertos, uma nova fase da sua carreira como futebolista. Uma que não é necessariamente fácil - a distância obriga a alguns sacrifícios - mas que tem valido a pena. "A época está a correr muito bem", considera o jovem defensor. "Tenho estado sempre a jogar, já fiz um golo, já joguei pelos seniores, pela equipa dos não-convocados, e tenho sido sempre titular. Espero que continue!", remata o central, em balanço do seu ainda curto período no Estádio do Restelo.

A opção de vir para o Belenenses também não foi infundada nem feita levianamente. Como jovem decidido que é, Filipe escolheu um clube onde tivesse oportunidade de, no futuro, chegar à equipa principal. "Agora, no Sporting, a base já é muito jovem, e cada vez vai ser mais difícil subir aos seniores", equaciona o central. "No Belém, as condições são mais favoráveis para se chegar aos seniores", completa.

É óbvio que, para um natural de Alcochete, a mudança para um clube de Lisboa acarreta algumas dificuldades. Na escola por exemplo. "Agora devo ir estudar para o Restelo, e por isso devo passar a apanhar o barco das 06h45 para chegar à escola", sorri Filipe Paiva. "Não sei como vai ser, mas que vai ser difícil vai", completa, com uma gargalhada. Mesmo assim, o jovem pretende ser bem sucedido no 11º ano do curso que frequenta, o de Ciências Sócio-Económicas.

O afastamento da casa familiar também causa alguma estranheza a este jovem de 17 anos. No entanto, e como refere, "os meus pais apoiam-me sempre, querem é que eu seja feliz, e se eu quiser vir para o Belenenses ou ir para outro lado, eles vão-me apoiar sempre. Isso é ideal para mim", completa.

Aprender dos mais velhos

Na sua carreira futebolística, Filipe Paiva teve a particularidade de já ter trabalhado com diversos ex-futebolistas. No Sporting, nunca esteve sob as ordens de Paulo Bento. Mas na Selecção sub-17 foi treinado por Paulo Sousa e, actualmente, faz parte do plantel de juniores belenense, a cargo de outro ex-internacional, Rui Jorge.

O jovem considera benéfica a oportunidade de trabalhar sob a alçada destes ex-profissionais do desporto-rei. "Penso que os métodos de trabalho dos ex-jogadores são muito bons", opina. "Eles tentam-nos transmitir ao máximo as suas ideias, e penso que isso é favorável para nós". O facto de o seu actual treinador ter feito carreira na defesa também vem jogar a favor do jovem central, que tem sido um dos "aprendizes" mais directos de Rui Jorge. "Ensina-nos a fazer as coberturas, as posições, as segundas linhas...", conta Filipe Paiva, que sente já ter aprendido muito em Belém.
No entanto, um regresso ao Sporting não fica descartado. "Quem sabe, um dia...", diz simplesmente. Para já, Filipe quer é jogar o máximo possível, seja no Belenenses ou emprestado. "O que interessa é jogar", afirma. "Na minha primeira época de júnior, quero é jogar. Depois, o futuro, logo se vê", acrescenta. Com os pés bem assentes na Terra.

Características

Filipe Paiva é um central de estatura considerável, ainda que não especialmente robusto (1,83 e 70kg). O seu ponto forte é o jogo aéreo, que o próprio considera ser uma das suas melhores qualidades. O poder de impulsão que detém, aliado à altura, faz dele um perigo pelo ar, seja a cortar bolas ou a cabeceá-las para a baliza.

Para além do jogo aéreo, o central refere ainda como pontos fortes "a marcação e as coberturas". Em termos de aspectos a trabalhar, refere "a velocidade a reagir às bolas", embora o seu timing de corte e de passe já seja bastante apurado e instintivo. Diz ainda ter que "melhorar o físico", pois como já se disse, é um jogador algo franzino para a posição que ocupa. Nada que, até agora, o tenha impedido de se afirmar em todas as equipas por onde passou. Mas um pouco mais de massa corporal é sempre importante para um central, visto que os jogadores desta posição são muitas vezes chamados a um confronto físico de onde importa sair a ganhar, sob risco de deixar passar o perigo.

No entanto, o jovem impressiona já pela sua maturidade dentro e fora de campo. Com ideias e objectivos bem vincados, e sabendo como os perseguir, Filipe Paiva possui já um dos atributos mais importantes de qualquer jovem jogador. O resto, vem com o tempo.

Dados:
Nome: Filipe Manuel Carvalho Paiva.
Data de Nascimento: 10/05/1991 (17 anos).
Nacionalidade: Portuguesa.
Altura: 1,83m.
Peso: 70kg.
Posição: Defesa-central.
Clube: Futebol Clube Os Belenenses.

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