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Belenenses como nós (parte 2)



Na semana passada escrevi um artigo com este título (que passará agora a ser a parte 1) onde, a propósito do período eleitoral que ora se vive no nosso Clube, e à laia de justificação, como se tivesse que justificar alguma coisa, tentava comparar as duas listas candidatas e fundamentar a opção que vou fazer e que de todos já é conhecida.

A razão da minha escolha era (e é) essencialmente uma questão de “postura” e de atitude dos próprios candidatos. Se no meu espírito restassem ainda dúvidas a esse respeito, essas dúvidas ter-se-iam desvanecido completamente no último domingo no Restelo. Quando cheguei ao estádio, para assistir àquilo que seria uma vitória sofrida do nosso Belém sobre o Beira-Mar (o costume, também se não tivéssemos capacidade para sofrer não éramos belenenses), deparei com a esperada parafrenália de propaganda que é habitual em período de campanha eleitoral. A candidatura de Mendes Palitos tinha meninas “fardadas” a distribuir folhetos, de boa qualidade gráfica, com fotografias cuidadas dos principais candidatos e com as propostas sobre o que pertendem levar a cabo. A candidatura de Cabral Ferreira também tinha gente a distribuir panfletos, embora sem “farda”, entre os quais o nosso prezado consócio e colega bloguista Luciano Rodrigues, a quem aproveito para enviar daqui um forte abraço azul. Também se notou um esforço pela qualidade gráfica nesta candidatura (ficaste muito bem na foto, Armando, até pareces mais gordo) e também fizeram por passar a sua mensagem. Até aqui tudo bem. Ambas as candidaturas fazem a sua propaganda, com toda a legitimidade e de um modo correcto, democrático e com elevado sentido cívico, que me apraz saudar, e que ilustra bem a grandeza do Belenenses. Pelo menos assim foi, até ao passado domingo...

Contudo, apesar destas semelhanças mais ou menos óbvias e esperadas há uma diferença fundamental. Não vi Mendes Palitos nem qualquer membro da sua lista! Até podem ter ido ao jogo mas, pelo menos que eu desse conta, não se notou qualquer convívio com os sócios. Para mim, e quiçá para muitos outros belenenses, são fotografias em papel de alguém que circula por “corredores secretos” e não se mistura com o comum dos mortais (entenda-se por comum dos mortais qualquer sócio do Belenenses). Pelo contrário, Armando Cabral Ferreira, Vítor Ferreira, Miguel Barreiros e quase todos os restantes membros da Lista B estvam no Restelo em “carne e osso”! Falaram com os sócios, foram para os seus lugares na bancada, circularam pelo espaço onde todos circulamos (não foi, Henrique?), trocaram cumprimentos e fizeram com que alguns de nós, que nos conhecíamos apenas virtualmente, passássemos a conhecer-nos na realidade (vai daqui um abraço para o Pedro Patrão), contribuindo para alargar este nosso mundo azul, estreitando as relações entre os seus membros. São belenenses como nós.

Mendes Palitos, que agora ensaia uma aproximação aos “meios virtuais”, fazendo apelo aos bloguistas, numa tentativa de apanhar um combóio que outros, há muito, puseram em movimento, ficou-se pelas fotografias. Para mim, é pouco. Representação gráfica de “directores espirituais” era na escola primária, no tempo do Salazar, ou nas igrejas, para quem se rege pela fé. No intervalo do jogo, alguém chegou ao pé de mim para me entregar um folheto com a fotografia do Armando. Quando reparou que eu estava a falar com ele, sorriu e desistiu de mo dar. Rapaz inteligente! Percebeu facilmente, mais facilmente que muitos “notáveis”, que por muito boa que seja a qualidade de uma foto, nunca terá o mesmo efeito que o original em carne e osso...

Saudações azuis.



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