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A "atletização" do Belenenses



Um Clube como o Belenenses que vive na franja da cidade de Lisboa devia perceber que, por tal facto, tem sobre si o handicap de não ser tão apelativo quanto aqueles que estão melhor localizados.
Ainda por cima numa zona, que apesar de ser rica, é de baixa densidade populacional, daqui derivando menores possibilidades de captação de massa adepta e menos, ainda, de associados.
Se quisessemos aprender com um exemplo vizinho, então não cometiriamos os erros que o Atlético cometeu, quando é certo que este estando confinado a uma área mais restrita, sem possiblidades de expansão para coisa nenhuma, deu-se ao luxo de começar a inventar actividades acessórias a apar do futebol.
Era o andebol, o basquetebol (até teve boas equipas), agora o futsal e sei lá quantas terá por lá.
O certo é que os sócios do velho Atlético, nascido da fusão do Carcavelhinhos com o União de Lsboa, acabaram por irem desistindo de ir à Tapadinha, acabano o velho o clube por sucumbir exactamente no Futebol, estando hoje a militar na Série D da III Divisão, que não deixa de ser a IV por efeitos da existência da IIB.
Um fenómeno em tudo semelhante está a suceder, desde há alguns anos, no Belenenses, sendo certo que se observa ao nível dos associados dois tipos de atitudes:
1. deixam de ir ao estádio por estarem descrentes na equipa, arrastando, com tal postura, a queda do Clube
2. assumem-se como sócios por efeitos da modalidade amadora A ou B, tendo eu já constado que alguns deles estão-se meio nas tintas para o futebol
3. não faz sentido algum ter-se criado uma SAD para o Futebol Profissional e não se investir a sério na SAD, nem em profissionais que dirijam a dita, nem em jogadores acima da média
Ou seja, tendo nós, ali bem perto, um bom exemplo de como não se deve gerir um clube da franja da cidade de Lisboa, ainda assim persistimos em erros sistemáticos em:
1. não dotarmos o Clube de uma equipa de futebol que digne o seu passado histórico e
2. continuarmos entretidos na gestão do ecletismo à espera sei lá do quê.
Há que ponderar na aposta em fomento de abertura de autênticas casas do Belenenses, porque a mentalidade reinante no Clube é que até temos filiais que são verdadeiros Clubes.
Pois são, e se possível até poderão ser nossos concorrentes, e que ninguém duvide que na condição de concorrentes, as pessoas da terra apostam no clube da terra e não no Clube-mãe.
Nestes termos, eu que vou conhecendo mais ou menos de perro, num caso por efeitos profissionais, direi que as chamadas tabernas ou cafés que Sequeira Nunes desdenhou em relação a algumas casas do Benfica são pólos aglutinadores de pessoas, de venda de produto da Loja do Benfica, de promoção de excursões e a coisa até podia ser fácil, senão vejamos:
a) a Casa deles na minha terra foi aberta com aval e constituição de fiador do próprio clube-mãe
b) Aqui, existe uma percentagem do lucro da Casa deles que suporta parte das despesas.
A única coisa que eu vejo é isto: nós estamos dessiminados pelo território nacional e não teríamos dificuldades em abrir casas, mas era fundamental o apoio do Clube-mãe, tal como na minha terra em que a intervenção junto do CTT para a cedência de parte do espaço partiu da sugestão local, saíndo a carta pelo punho do LFV.
Digam o que disserem dele, mas ele deve abrir à razão de 2 a 3 casas ao mês, no território nacional e no estrangeiro.
E nós? Porque razão continuamos lá no nosso canto à espera que o Bingo nos ajude a equilibrar as contas?
Um dia, quando ou se inevitalvemente o Belenenses for outro Atlético, não digam que não houve quem não tivesse avisado.



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