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Somos uns queridos



Questões prévias:
1. temos ordenados em atraso;
2. ainda temos futebol profissional;
3. temos mais 3,5 modalidades profissionalizadas;
4. temos, ainda, mais 22 modalidades/actividades que não sabemos exactamente para quê;
5. aprovámos mum orçamento com 2 votos contra, o qual apontaria para um eqílíbrio financeiro. Mas, ainda assim...
No mundo da bola, não há quem não goste de nós.
Reparem que se dizemos que somos do Belenenses, ninguém se incomoda e até acham giro a opção, por transcendente e fora dos parâmetros normais para o mais crédulo.
O certo é que ser-se do Belenenses é cada vez mais um belenense ser uma ilha no meio de muitos lampiões, lagartos e tripeiros.
Eu que o diga quer em casa, quer no meio laboral.
A minha filha que o diga, também em casa e no meio laboral dela.
Mas, ainda assim, toda a gente simpatiza connoco, porque de facto somos pioneiros em tudo.
Se dizemos que vamos à frente em andebol, não querem saber, se ganhamos ao Sassoeiros em futsal logo perguntam que é isso do Sassoeiros, se ganhamos ao Porto em basquetebol até acham que foi uma piada nossa.
Depois, até nos dizem, a mim dizem, que somos uns queridos, porque afinal damos o exemplo de como praticar desporto em Portugal sem ser só através aquela coisa degradante e decrépita que é o Futebol.
Sim, essa modalidade que até tem um caso na Justiça, que veio nos jornais com a malta do Norte metida ao barulho apanhada com a mão na massa, salvo seja, mas enfim peixe graúdo nas malhas da Justiça por obra e graça do Futebol. Bom, um deles até já meteu acção de perda e danos por tempo perdido no Tribunal de Gondomar...nada mais que € 50.000 para o Pinto da Costa a pagar pelso contribuintes.
E então, não há entidade oficial que não goste de nós pelos meritórios serviços que vamos prestando, em nome do Estado, à Sociedade Civil.
Somos, pois, o único exemplo desportivo de um Clube de sucesso que tem muitas modalidades, que as pessoas acompanham vorazmente e que não temos, até ver, um único caso de elemento belenense apanhado nas malhas da Justiça com excepção do pobre do Matias e do caso do AG com actas meios esquisitas que o Pedro Guedes e o Pedro Patrão melhor conhecem que eu.
Melhor que nós não há, como vêem.
O pior vem depois, porque entre ontem e hoje, quer a minha patroa, que até é sócia cá da gente, quer o meu advogado do meu serviço, viram-se para mim quase em uníssono e em tempos e modos diferentes: "Mas como querem sobreviver com assistêncais daquelas?".
Ao último lá disse que o jornalista da SportTv não foi ao pavilhão...
À minha patroa nem digo já nada, porque ela anda embuchada com o termo das modalidades amadoras lá no reino da lagartagem, venda de património, extinção do bingo, um treinador que não pesca nada daquilo e que é raro o jogo em que não se vê ele largar da boca para fora umas cenas de cuspo ou uma palavara pela qual muitos jogadores vão para a rua: F***-**.



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