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Dívidas: a vez do Vitória de Setúbal



Dezenas de ex-dirigentes do Vitória de Setúbal foram constituídos arguidos nos últimos meses por não terem liquidado mais de 435 mil euros de impostos relativos às quotas suplementares e contrato de cessão da exploração do bingo ao Grupo Amorim.

Segundo revelaram hoje à Lusa fontes conhecedoras do processo, muitos dos elementos que integraram as anteriores direcções do Vitória de Setúbal presididas por Jorge Góis, Chumbita Nunes e Jorge Santana foram constituídos arguidos ao longo dos últimos meses.

Contactado pela Lusa, um dos arguidos no processo adiantou que o processo resultou do não pagamento do IVA relativo às quotas suplementares, desde o tempo das direcções presididas por Jorge Góis, e do contrato assinado pela direcção de Chumbita Nunes, de cessão de exploração do bingo à empresa Bingoplus, do Grupo Amorim.

De acordo com a mesma fonte, os dirigentes do Vitória de Setúbal acreditavam que não teriam de pagar o IVA relativo às quotas suplementares (títulos que os sócios tinham de adquirir para assistirem aos jogos e que antes eram designadas como bilhetes suplementares), mas as Finanças terão considerado que se tratava apenas de um expediente para contornar a legislação em vigor, e exigiram o pagamento do respectivo imposto.

As dívidas relacionadas com as quotas suplementares, comuns às três direcções lideradas por Jorge Góis, Chumbita Nunes e Jorge Santana, representam apenas uma pequena parcela do montante em divida às Finanças.

O problema maior para o clube do Bonfim poderá estar no não pagamento do IVA relativo à cessão da exploração do bingo ao Grupo Amorim, no valor de 435.000 euros.

O contrato de cessão da exploração do bingo assinado em finais de 2003, entre a direcção de Chumbita Nunes e o Grupo Amorim, previa o pagamento de uma renda anual de cerca de 700 mil euros (valores líquidos) ao clube do Bonfim por um período de 10 anos -, mas, na altura, a empresa e o clube entenderam que não havia lugar à cobrança daquele imposto.

As Finanças tiveram um entendimento diferente e exigiram ao Vitória de Setúbal que procedesse ao pagamento do IVA que, segundo uma fonte da antiga direcção de Chumbita Nunes, não chegou a ser liquidado pela empresa Bingoplus.



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