Tribunal ou justiça desportiva
O nosso presidente entrou pelo caminho fácil do discurso da necessidade de um tribunal do desporto.Relembro que o Belenenses tem sido uma vítima e um alvo previligiado para sobre ele se3 cometerem ao longo dos anos as mais diversas experiências laboratoriais de aplicação da medida grande por parte de todo e qualquer ógão de aplicação de justiça desportiva em Portugal.
Efectivamente, se recuarmos no tempo, veremos que ainda hoje nos podemos lamentar que só não vencemos o campeonato que o Martins nos tirou a 2 minutos do fim, porque não nos quiseram contabilizar o 3º golo da autoria do Matateu, que dava o 3-1, muito longe do 2-2 final e que ditou o campeonato para a lampionagem.
Era o tempo de Calabotes e quejandos.
Mais recentemente, quando a luta pelo poder no futebol ganhou dimensões inusitadas com o início na década de 80, quando se estabeleciam correlações de forças e apareciam novos ricos no futebol luso, fomos espoliados de 3 pontos no Caso Mapuata, perante a impotência de um presidente bastante dinâmico, mas que na circunstância foi venciido pela correlação de forças suportada pelo FC Porto, apoiado pela AF da Madeira e Funchal as quais se juntaram à AF do Porto e de AF Braga, nas pessoas de Adriano Pinto e Hugo Velosa, representante do Marítimo na FPF que cuidou do seu Marítimo contra nós e o silêncio dos nortenhos, com excepção de prevenir a não descida do Salgueiros, através de um alargamento para 20 clubes.
Depois, veio o Caso Mateus, com todo o peso do Norte Desportivo a cair sobre nós, com mais diversas mutações de humores dos bolorentos dirigentes do futebol luso.
Aqui houve uma figura que conseguiu opôr-se com sucesso ao poder do Norte Desportivo que foi o Cabral Ferreira enfrentando o "inimigo" no seu território e acedendo degladiar-se com ele na sede da Liga, se é que estamos disso lembrados.
Coube ao Belenenses indicar um opositor na arbitragem a novo cmplot ao poder instalado. O pobre do Sequeira Nunes indicou o Jorge Coroado na estratégia pessoal de Pinto da Costa.
O Resultado foi a animosidade geral do poder instalado, ou, aliás, das diversas facetas do mesmo poder.
Pois bem, levámos com o Caso Meyong em cima, para não nos atrevermos a novas aventuras na esfera do poder do futebol.
Dito isto, e escaldado que estou de tanta e tamanha injustiça, aqule tipo de discurso eu nunca teria, antes teria um discurso de responsabilização directa de quem é efectivamente responsável pelo estado actual do desporto em Portugal.
Hierarquicamente, o caminho está encontrado com pessoas inaptas para os respectivos lugares. Não digo que as pessoas não prestam, simplesmente não estão adequadas aos lugares cujas funções exercem por inerência dos jogos de poder que se degaldiaram para lá os colocar obrigando-os a compromissos perante os seus eleitores tout court.
Os vocábulos e os conceitos de imparcialidade, isenção ou justiça não constam do dicionário desta malta.
Falo do Secretário de Estado do Desporto, bom passeante com direito a bilhetes grátis onde haja uma selecção nacional, mas que ao Desporto aplica Justiça da sua terra natal - a justiça de Fafe. Infelizmente, conheço a peça.
O presidente da FPF não é mais que um fulano a quem a Selecção Nacional é a razão de ser dele na FPF, porque o mais o resto, para ele, fica a leste do paraíso, pelo que aqui fica prejudicada a sua acção a nível do Futebol nacional.
E que faz ele? Vai delegando noutros as competências que lhe competiam exercer.
Delega no CJ, delega na CD, delega nos vice-presidentes, delega no gabinete jurídico e assim por aí fora. E é, por norma, o último a saber as novidades que a imprensa deita cá para fora, reagindo a destempo em relação à desgraça que é futebol português, onde até nem em seelcção conseguimos fazer melhor que os espanhóis, os quais levam o futebol bem mais a sério.
Se tudo correr bem e a Selecção ganhar, para além de férias pagas, ficam os cofres da FPF a abarrotar.
Se tudo correr mal, dorme sobre a almofada enquanto se vai aconselhando com os seus directos amigos, servindo de testemunha ao Valentim Loureiro no tribunal de Gondomar num processo que o devia afastar daquele edifício porque faz corar de vergonha o Desporto Nacional.
A Justiça Desportiva devia ser atraente e eficaz e daí a imagem de cima.
Mas a Justiça que actualmente existe é putativa e encontra-se representada na imagem de baixo.
Mas as amizades exigem contrapratidas e o Valentim tem cobrado caro à FPF que o respectivo presidente-amigo não se afaste em demasia dos compromissos assumidos na sua eleição. Vidé o processo instaurado na CD da Liga que o afastaria do cargo de Presidente da AG da Liga e que foi aloirado para menos de 120 dias de suspensão para lá poder continuar. E quem julgou? Castanheira Pereira, autarca de Gondomar.
Esta questão da criação de mais um ógão julgador de processos desportivos, mais não seria que outra câmara corportaiva de interesses instalados.
Porque o Desporto é corporativo e constitucionalmente as corporações deviam ter desaparecido no 25 de Abril de 1974.Logo, o Desporto tal e qual existe em Portugal é uma actividade anti-cosntitucional, quer na forma, quer nos procedimentos.
Só há uma maneira de fazer afastar o Desporto, e citanddo o caso do Futebol, do regíme corporativo e que consiste que se atribuam aos árbitros o único poder do exercício da actividade reguladora do futebol na estrita aplicação das 17 leis do futebol. Afinal, são só 17 leis e muito simples.
Se isso acontecer, não é nececssário nenhum tribunal do desporto, nenhum CJ, nenhuma CD de coisissima nenhuma, porque afinal estes ógãos têm vindo a actuar de forma administrativa na aplicação de penas derivadas de direitos difusos e no caso do direito do futebol português, direi que a julgar pelo que tive de saber no Caso Mateus aliado ao que se observa no caso do Apito, a aplicação de penas pode muito simplesmente ser efectuado por funcionáriso administrativos especialmente qualificados para a função, cujos erros na aplicação das penas se traduziriam na aplicação dos respectivos processos disciplinares tentendentes ao despedimento com justa causa.
Da maneira como as coisas estão, meterem lá outros figurantes com a defesa de intersses confessos, vai dar na treta que bem conhecemos.
Ou alguém duvida que as diversas forças do futebol não imporiam a sua lógica na composição de tal Tribunal do Desporto?
Etiquetas: Clube, Corrupção, SAD


12:00 a.m.


































