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A asfixia do Belenenses



I - Introdução

Atentos os condicionalismos da minha forçada reclusão doméstica por motivos do súbito agravamento do meu estado de saúde que já me levou a questionar-me sobre a continuidade deste blogue, um dos meus entreténs nestes últimos dias tem sido o de melhor analisar o comportamento da comunicação social, escrita, vista ou falada.

Nunca aqui disfarcei o meu pendor de ser um homem de esquerda, embora rejeite discutir a dicotomia entre esquerda e direita, para não cair nos erros e nas falsas premissas de pensadores como André Malraux ou Albert Camus.

Na anállise que fiz,e basta os meus leitores irem aos sites do respectivos jornais, existe claramente uma asfixia de notícias relativas ao partido político que está no poder, sendo o caso mais flagrante o do Correio da Manhã, que apenas considera no banner das lesgislativas2009 a existência de 4 partidos polítcos, omitindo deliberadamente o PS, para não falar já nos fretes do Público em nítido conluio com com o líder da Oposição, Cavaco Silva.

Que me perdoem os que de mim discordam ou de até pensarem que isto não tem cabimento num blogue dedicado ao Belenenses, mas a coisas são como estão à vista e não como as querem pintar. E, de facto, ainda hoje pedi à minha mulher que quando saíu a ir buscar uma das minhas netas que me trouxesse detreminados jornais e revistas com excepção dos afectos à Cofidis.
E esta introdução, que podia ser notas prévias, serve para expxolicar o que a seguir vou escrever sobre o que aqui nos interessa: o nosso Belenenses. e o ostracismo a que está votado na Comunicação Social, seja ela qual for.

II - A asfixia ao Belenenses

Passando ao que me interessa neste blogue, direi que a Introdução serviu para justificar a pobre, direi mesmo paupérrima, tendenciosa com laivos de fanatismo da Comuniicação Social que temos.

O Belenenses fez ontem 90 anos.

Julgava eu que o tratamento jornalístico à questão fosse outro que não nos confinasse ao tal quadradinho do costume.

Julgava eu que que, ao menos, o jornal A Bola, desse algum destaque ao evento, uma vez que 90 anos não é para todos, sejam pessoas unipessoais, colectividades, empresas ou outra coisa qualquer.

Qual quê!

Ainda não fez muito tempo, talvez tenha sido o ano transacto, não quero ser rigoroso, o Belenenses também fez anos e tivemos direito a duas páginas do jornal A Bola, com fotos de tempos idos, tempos modernos e do Estádio do Restelo.

Não estando na minha casa, facilmente puxava de algumas publicações antigas que por lá há e melhor fundamentaria este post.

No entanto, tenho diveresos alertas actividados do Google que e dirigem para notícias que directa ou indirectamente me fornecem notícias do Belenenses e só do Belenenses. Como é sabido, o Google faz o varrimento de todo o noticiário e dá por volta das 18H00 todo o tipo de notícias que contenha as chaves de pesquisa que solicitei ser informado.

Do aniversário do Belenenses, nem uma única notícia relevante, para além do que foi publicado no pasqueim-mor online numa nano-mini-pequena-média entrevista com Viana de Carvalho e de uma pequena, mas imprecisa e não condizente com a nossa História nota do Alexandre Pais e que reza assim:

Rapazes da praia

Faz hoje 90 anos, um grupo de benfiquistas descontentes, que viriam a ser conhecidos por "rapazes da praia", resolveram fundar o Clube de Futebol "Os Belenenses". E durante 15 anos, esse seria, curiosamente, o grémio português com mais títulos conquistados e mais jogadores cedidos à Selecção Nacional, passando depois a ser o segundo e mais tarde o "quarto grande", designação que manteria por largos e saudosos anos.

Uma série de más apostas de dirigentes menos qualificados reduziu a seguir os azuis ao estatuto de "fidalgo arruinado" dos nossos dias.

Neste momento de festa, quero aproveitar a tribuna de Record para saudar três presidentes: o actual, Viana de Carvalho, que evitou a falência do clube; Mário Rosa
Freire, talvez o melhor de todos os líderes que o Belenenses já teve; e o major Baptista da Silva, outro grande presidente, que tudo fiz - como director do jornal
do clube - para que perdesse as eleições de 1990. Uma estúpida opção que foi uma tragédia para o Belenenses e uma penitência que não me largará até ao fim dos meus
dias.

De A Bola sinceramente esperava mais que a mera referência ao jogo com o Rio Ave para auela coida daTaça da Liga, aproveitando o ensejo para lembrar que fazemos (fizemos) 90 anos.

Portanto, não vale mesmo a pena exigir mais desta estúpida, tendenciosa e fanática Comunicação Social, seja ela generalista, desportista ou cor-de-rosa.
Estou aliás, cpnvicto que todas as redações são compostas de "yes men", de meninos do copinho de leite e de lambe botas, sacudindo carrdas de gel ou laca por todo o lado.

Não sabem e não querem saber mais e de uma coisa estou certo: os meus calhamaços de História de Portugal dos meus tempos de LIceu, qualquer deles com mais de 500/600 páginas ainda as tenho, mais ou menos, na cabeça, ao passo que os jornalistas portugueses apenas querem saber qual o telemóvel, computador, a bôite da moda.

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