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As descidas de divisão



A equipa deste ano em relação à de 1998 apenas difere no que respeita à relação dos jogos com empate (em maior número) ou com derrota (número aceitável, digamos de forma elegante).

O autor da proeza de 1998 foi Ramos Lopes e não me ocorre os nomes dos treinadores que por lá passaram, apesar de me recordar bastante bem que muito estranhamente ninguém osou questionar a programada descida de divisão. Rewlembro, no entanto, que os fundamentos para esta descida de divisão foi a penúria financeira do Clube, onde as dívidas apareciam todos os dias, havendo os caricatos episódios do corte do fax ou da luz.


Também a equipa deste ano foi programada em face do dinheiro que havia e no passivo de 4,7 M que a anterior administração deixou a SAD. Sendo aceitável, não é desculpa para não se formar uma equipa competitiva e atentemos que nem sequer temos os espaços das camisolas ou do Estádio devidamente explorados em ordem a se obterem receitas extraordnárias.

Desde o nosso regresso no ano de 1999 à I Divisão, o Belenenses passou a viver de forma algo instável.

Por um lado, os sucessivos presidentes colocaram o ecletismo acima do futebol de tal sorte que é agora o ecletismo que questiona a existência do futebol no Belenenses.

Por outro lado, a fatia financeira direccionada para o ecletismo atirou as sucessivas equipas de futebol para baixos indíces de competitividade.

As coisas não acontecem por acaso e eu sou um dos que relaciono a queda do futebol com o florescimento do ecletismo ao nível daquilo que ora se observa em comparação com o que se observava antes de dos anos 90.

De tal sorte que os presidentes, se querem ser eleitos, têm de ir em primeira mão ás secções prometer mundos e fundos, por forma a garantir determinado plafond de votos, sendo certo que a questão da SAD se resolve com a assinatura do cheque anual da comparticipação do Clube para a sobrevivência financeira da SAD.

Portando, as equipas que o Belenenses tem apresentado no Século XXI, são equipas basicamente formadas com alguma dose de sorte, de tal maneira que apenas não descemos porque temos tido muita sorte em, pelo menos, três ocasiões.

Ou seja, aquilo que este ano se está a observar é uma vez mais a cativação de uma verba para a SAD sem cuidar da sistemática análise do que lá se passa, dada a confusão entre dirigentes do Clube e da SAD ao mesmo tempo, sendo que cuidar ou perceber de futebol é algo que esta Direcção afinal não sabe.

Sabe, isso sim, de amadoras e soube introduzir o Paintball, como se o Belenenses fosse uma caixa registadora de modalidades amadoras onde todas terão de co-existir, porque afinal é desporto.

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