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Cabral Ferreira e eu, o "corrosivo"



Já longe vão os tempos em que eu e muitos outros tínhamos uma relação previligiada em sede de Mailing List, onde a Vida do Clube e os problemas do seu quotidiano eram lá debatidos com alguma elevação e de prestígio para a Imagem do Clube.

Foi via ML que passei a conhecer alguns dos seus elementos e foi via ML que nasceram algumas amizades.

Mentiria se não dissesse que foi por causa da ML que passei a ser Amigo do Cabral Ferreira e esta conversa vem a propósito do que outro dia nesta semana escrevi e que um consócio estranhou eu defender uma tese para o Clube diferente da praticada pelo Cabral Ferreira e ainda assim eu continuar a defender o Cabral Ferreira.

Pois bem, aqui há que dizer que em sede de Mailing List e para que todos que lá andavam naquele tempo, toda a gente sabia a opinião sobre o Belenenses, quer da minha parte, quer do de qualquer outro membro, em especial, depois, daqueles que vieram a tornar-se dirigentes do Clube.

E aqui falo do Cabral Ferreira, do Salema Garção, pessoas ás quais a minha insuspeita lagarta que é a minha mulher, me fez transmitir mais que uma vez que eram do melhor que o Belenenses lá tinha, qualificando-os de gentlemen, por efeitos de 2 almoços que organizei na minha anterior zona de residência (Sines) e de um outro almoço em que participámos na Trafaria organizado pelo Vítor Ferreira e pelo Luís Silva.

Cabral Ferreira, em Sines, puxou-me de lado e quis falar sobre questões da área patrimonial comigo e fiquei a saber que ele tinha dados sobre mim nessa área específica.

Nessa conversa ocorrida ao lado de uma outra conversa entre o Ormonde e Salema Garção sobre o chumbo da lista de Mendes Pinto, fiquei a saber que tinha na minha frente um homem determinado e sem medos interiores de espécie alguma, isto porque o "provoquei" ao perguntar-lhe, no fim, se não se sentia algo instável pelo facto de estar no meio de muitos sócios aderentes ao projecto de Mendes Pinto, ao que ele me disse mais ou menos isto: "Estarei em qualquer lugar, seja com quem for, para defender as minhas idéias".

Aí ficámos entendidos e passei a perceber o sentido de muitas das coisas que ele nos escrevia na Mailing List.

Ele podia ter idéias diferentes das minhas sobre o Belenenses, as quais passavam por um ecletismo algo exarcebado para o meu gosto, daí por vezes, lá na ML, quando exprimi algunas opinões com as quais ele não concordava de todo, me chamava de corrosivo, justamente porque tenho o defeito de passar para o papel o que penso, quando a muitos se ficam pelo politicamente correcto.

Tal disparidade de opiniões não nos impediu de entre nós ter havido uma sã Amizade e ele que me desculpe alguns excessos que algumas tive com ele sobre coisas que me danavam sobremaneira.

Mas lá está, se algo eu podia escrever sobre ele, não era nada que ele antes não o soubesse e daí o seu adjectivo para comigo: corrosivo.

Caramba, ponho-me a lembrar das conversas que com com ele tive e a saudade que aquela voz algo tranquilizadora dava sobre cada questão que lhe colocava que impressionava.

Era essa determinação e alguma serenidade, pacatez até em excesso, que o fez grande enter nós.

E se ele defendia as amadoras, não deixa de ser caricato que tenha abalado para a outra banda na pele de um homem do futebol.

A Vida tem destas coisas...

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