SAD's nas modalidades

Vai-se vendo por aí a implementação de SAD's nas modalidades ditas amadoras, as quais por efeitos da sua progressiva profissionalização, geram nos dias de hoje importantes movimentos de fluxos financeiros quer na sua origem, quer na sua aplicação.

Assim sendo, vai-se assistindo a que clubes de outras cidades se libertem dos custos financeiros concentrando todas as receitas no futebol.
O caso mais evidente foi a criação do ABC SAD, sendo certo que o Sp Braga se libertou da despesa no andebol, criando-se um clube autónomo para a modalidade, embora quer o futebol, quer o andebol continuem com importantes apoios da parte do município local, tendo-se separado as águas.

Ou seja, ao futebol o que é do futebol e ao andebol o que é do andebol.

Também na Madeira se fez um processo algo semelhante com a criação do Madeira SAD, verificando que algo surpreendemente o Marítimo tenha retomado a vertente profissional ao listar a sua participação no Campeonato Nacional, o qual já não sendo liga, até pode nem ser profissional. De todo o modo, retomou a actividade.

Vendo estes exemplos, entendo que a melhor solução a dar ás modalidades profissionalizadas existentes no Belenenses é a sua integração numa SAD, onde cada uma seria gerida pelos respectivos Corpos Sociais.

Suponho que o Rugby não terá a mínima dificuldade de avançar para uma solução desta natureza, já que o Manuel da Fonseca há uns 2 anos a esta parte, se a memória não me falha,em entrevista a um jprnal desportivo, queria avançar para uma espécie de Clube de Rugby "Os Belenenses".

Penso que o Futsal também não terá dificuldades em gerir os fluxos financeiros gerados pela modalidade a somar à parcela que a Direcção lhe colocar à disposição, tal como o faz para o futebol.

O mesmo poderia ser aplicado a qualquer outra modalidade que passe à condição de alguma profissionalização.

O que não pode continuar a acontecer em sede de modalidades profissionalizadas é que, sob a égide do ecletismo, se gaste cerca de 1,5 milhões de euros em cada ano.