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Temos viabilidade?



Notas Prévias:

Tinha feito um outro post para sair no dia do jogo ccom o FC Porto para a Taça de Portugal, hoje, portanto.

Acabo por desistir de dar aqui algum alento ás tropas entrincheradas para darem um salto ao Restelo e apoarem a equipa.

Nâo vale a pena enquanto o status quo do Belenenses estiver no que está.


Resolvi ir ao armazém de posts que tenho aqui e não me maçar em exagero com o Belenenses, enquanto de duas uma ou mudarem os dirigentes ou estes serm mudados.

Encontrei este artigo de opinião de um blogue azul que não conhecia e fiquei a conhecer.

E com a devida vénia do Belenenses Casual entendo ser útil a re-publicação deste post nas páginas do meu blogue, podendo ser aqui consultado.


Estamos no país que estamos, sempre de grandes maiorias. O bloco central costuma ter cerca de 80% dos votos. Não estou nem deixo de estar contra o centrão, mas constato que o voto segue no sentido Maria vai com as outras. Somos um país em que quase toda a gente diz ser ou se julga ser católica, embora não saibam o que isso signifique e implicou (se soubessem, talvez estarrecessem), e o seu entendimento em religiões leve a julgar, como um consócio nosso, que "o deus dos indianos é uma vaca"!!!!!!! Em Portugal a CS é servil ao máximo a tudo o que é poder, e os seus profissionais são notavelmente ignorantes.

O tempo e a decadência do Belenenses fez-nos ficar em Lisboa como 3º clube, já distante do 2º e do 1º. Existimos em todo o país, mas em quase todo o país somos poucos, isolados, perdidos, sem nenhum esforço de agregação (teria que partir do próprio clube). Até as nossas filiais deixámos, na maioria dos casos, colonizar. Casas, núcleos e tertúlias foram encerrando. Mesmo nas zonas onde ainda conservamos grande implantação, como Ajuda-Belém-Caramão-Rio Seco, Algés-Dafundo-Linda-a-Velha-Paço d'Arcos, Almada-Caparica-Trafaria... o imobilismo instalou-se.

Temos que resistir financeira e desportivamente, mas estes aspectos capitularão se se perder a esperança de sermos uma força humana viva. Tratar das pernas é importante, mas só se o coração resistir, se me faço entender com esta imagem.

Essa esperança é mínima. A nossa massa adepta restante é inculta (falo em particular de cultura de clube, entenda-se), não tem nenhum sentido de estratégia, só se preocupa com minudências e quase sempre faz o que não deve e não faz o que deve.

Já não sei o que é pior, se as ausências se as más presenças.

Aprecio uma postura combativa mas não vale a pena a arruaça estéril.

Temos que passar mensagens claras e certeiras para o exterior. Não as passamos. O clube não tem nenhuma, mas mesmo nenhuma, política de comunicação ou de imagem. Ou se tem, é tão má, porque mais valia não ter. Prefiro pensar que não tem. Os sócios resistentes não estão para aí voltados. A claque, Fúria Azul, sejamos justos, é o único reduto nesse campo, e acaba por ser a nossa única bandeira em muitos casos, mas também está despovoada, e muitas vezes as frases são sobre assuntos entre claques e não sobre o orgulho do Belenenses.

Esse orgulho teria que ser:

1) Por cima. A conversa do pequenino, do somos poucos mas bons (bons?!), é de riscar, só nos faz mal.
2) Com alvos bem escolhidos. Nada de Mateus, de guerrinhas com o Gil Vicente, ou mesmo com o Boavista, ou com o Desportivo não sei de quê. Isso só nos diminui.
3) Inteligente, ou seja: os nossos adversários são o Benfica e o Sporting, que são basicamente amiguinhos, aliados e a mesma coisa, porque precisam um do outro (isso é bem visível nas conversas de almoço dos grupos mistos Benfca-Sporting: como se entendem!). Nós resistimos a essa unidade bipolar mas estamos independentes do Porto, a questão nem se deve colocar. Entre o benfica-sportinguismo e o clube mais representativo do Porto, nós somos uma 3ª via nacional, porque o resto são clubes de região, cidade ou vila.

Só assim voltaríamos a ser diferentes. Hoje por hoje, não temos nenhum carácter distintivo, e o passado glorioso cada vez rende menos juros.

Temos pouco tempo para inverter o rumo, e inverter o rumo não se faz com slogans de modernidade que não têm qualquer substância.

Não tenho a ilusão de ser entendido. As excepções serão poucas.

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