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Que Belenenses?



Na troca de impressões subsequentes á Aassembleia Geral da SAD, antes da actual composição, mas na entrega e aprovação de contas do último exercício económoico apresentado pelos fugitivos, Ricardo Schedel, ex-administrador da SAD no tempo de Cabral Ferreira e vários anos a ocupar cargos dirigentes no Belenenses teve a oportunidade de opinar sobre as alternativas colocadas ao Belenenses e que sinteticamente ele assim resumiu:

E, apesar disso, conseguiu-se melhorar e fortalecer muito a SAD. Agora há duas opções para continuar:

1) Definir uma verba a dar pelo Clube, maior até do que a suposta actual, garantir que ela é religiosamente paga e o Clube fica com o resto (e ainda é muito). Se der para ter 500 modalidades, que tenha 500 modalidades; se der para ter só uma que tenha só uma; se não der para ter nenhuma, que não tenha nenhuma. E, se as modalidades rebentarem com os seus orçamentos, como sempre acontece, ou o Bingo deixe de dar tanto, o Clube que se amanhe e não esteja à espera que seja a SAD a resolver os seus problemas.

ou

2)Separa-se totalmente o Clube da SAD. Esta recebe a sua quotização, a sua publicidade, a sua quota parte das receitas do Bingo e joga onde for mais barato: se for no Restelo, tudo bem, se tiver de ser no Estádio Nacional, por exemplo, tudo bem também.

Ou então, que é pelos vistos o que querem, acaba-se de uma vez por todas com essa chatisse do futebol, que só causa problemas, que ainda por cima não ajuda o Clube, coitadinho que é pobrezinho, e que assim poderá criar mais umas tantas modalidades e ir para o Guiness como o clube mais eclético do mundo (com o berlinde, o lançamento do pião, ou, para ser mais sofisticado e pioneiro em Portugal, com aquela modalidade em que há uns tipos a atirarem uma espécie de rodelas numa pista de gelo e uns outros a varrerem à frente).

Saio sabendo que criei muitos anti-corpos e inimizades. Sei que fui até acusado de me ter aproveitado do Clube; logo eu que, apesar de ter entrada gratuita como dirigente, para além da quota azul ainda pagava as quotas suplementares para ajudar o Clube e que ainda sou um dos últimos “malucos” do Grupo dos Mil. Mas estou-me nas tintas. Sei que estou a sofrer por nunca ter abandonado o CF e por sempre ter dado a cara por ele. Tenho, por isso, a consciência tranquila. Eu que tinha saído com um grande prestígio há 15 anos, sei que dei muito mais agora do que naquela altura.

Deixo para vosso julgamento, este testamento do qual peço desde já desculpa, e os números que o acompanham. É o vosso julgamento, dos verdadeiros sócios do Clube, que me interessa.

Agora vou voltar ao que realmente gosto. Ver na bancado os jogos do meu Clube. Daqui a uns anos ainda lá estarei, velho caturra, a ver o Belenenses-Odivelas ou o Belenenses-Bucelenses e a comentar com os 5 ou 6 que ainda restam: “Lembram-se de quando este Clube era grande? Lembram-se do Matateu, do Vicente, do Yauca?”, ou “Lembram-se do Gonzalez e do Godinho? Que ala esquerda, hein?”, ou mesmo “Lembram-se do Meyong e do Dady? Não eram como os outros, mas ainda assim...”. Não me vou lembrar com certeza é do Alício Julião ou do Júnior Negão, que a memória (ou a falta dela) felizmente é caridosa.

Ou talvez nem isso possa fazer, porque o futebol já acabou finalmente no Clube e este pode ter o supremo orgulho de se chamar então Clube Eclético “Os Belenenses”."

Supunha o singatário que nesta matéria era uma voz quase isolada na matéria, mas pelos vistos, perdidos que foram alguns que a suportavam, eis que surge uma voz autorizada a dizer aquilo que a maioria que se revêem no Belenenses em razão do Futebol.

O Belenenses, a meu ver, não deve continuar a caucionar este modelo de Clube, não só porque financeiramente é um desastre, como desportivamente não tem ganhos qualificativos e quantificativos para o Clube e, finalmente, porque não as ditas modalidades, em extinção nos nossos pares, em nada vêm acrescentar em massa associativa ao Clube.

E há uma outra razão a acrescer. Se é um facto que passamos a vida a queixar-mo-nos da concorrência desleal que a maioria dos outros clubes nos move, pelo facto de terem suporte numa autarquia ou num governo regional, se não criarmos mecanismos internos de defesa para compensar este tipo de concorrência, muito mais depressa continuamos em plano inclinado que o inverso.

Aliás, aquilo que vamos assistindo na maioria dos clubes é uma de duas:
1. ou livram-se progressivamente e de forma paulatina das modalidades que dão prejuízo, nem sequer permitindo que as eventuais quintas por lá instaladas tenham protagonismos público ou
2. a autarquia ou o governo regional lá do sítio do Clube deles cria a par da SAD do Futebol deles a SAD do andebol e aqui temos dois casos flagrantes:
Marítimo e Madeira SAD partilham os mesmos associados
Sp. Braga e ABC partilham os mesmo associados.

E se analisarmos bem as coisas, veremos que o accionista mauioritário destas SAD's são as autarquias e o governo regional.

E por falar em governo regional, o da Madeira concedeu a módica quantia de cerca de 7,5 milhões de euros a dividir cpelo Marítimo e pelo Nacional com o acréscimo de um bónus de 1 milhão se apurados para as provas europeias.

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