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Belenenses em plano inclinado



Depois de termos ganho a Taça de Portugal na época de 1988/89, era crível que o Belenenses tivesse aproveitado o acontecimento para dar o salto em termos de índices competitivos e assumir-se, de facto, como um dos quatro grandes de Portugal.

Tudo isso depois de termos descido de divisão também nessa década, pela primeira na história do Clube de Futebol "Os Belenenses".

O que veio ocorrer depois de tal feito - conquista da Taça de Portugal, fica a sensação que aquela década foi marcante para o futuro de curto, médio e longo prazos, ou seja, em vez de apoveitarmos o élan da conquista da Taça fomos, isso sim, contangiados pela primeira descida de divisão, poucos anos antes.

Por sua vez, também não soubemos aproveitar todo aquele mar de gente pintada de azul e ao invés de mantermos mecanismos pré-históricos quer na filiação de associados, quer na sua fidelização e quer, ainda, em angariar novos associados, praticando, justamente o seu oposto, política esta de perfeito abandono à razão de ser de uma qualquer associação, isto é, os seus associados.

A razão de ser de tamanha capitulação reside no factor "Bingo", motor pelo qual e após a sua introdução, quase desobrigou os dirigentes de trabalharem em prol do Clube, mantendo-o em elevados índices competitivos, tal e qual o fizeram, no bom sentido, todos, ou quase todos, de todas as décadas após a nossa fundação.

De facto, tal Bingo teve bastos anos de produção de dinheiro fácil, porvezes somas consideráveis,, como é uso e costume dos jogos de azar, saíndo, no entanto, a perder os jogadores e havendo uma entidade passiva que se limitva a recolher o dinheiro deixado em cada dia de actividade, sendo certo que tal dinheiro nos permitia construir equipas de futebol, isto apesar do Regulamento da Inspecção-Geral de Jogos a isso proibir.

Proibia, mas fechava os olhos e não há bingo algum de um clube que deixa de esturrar o dinheiro no futebol.

Até parece que ainda estou a ouvir o meu Amigo Salema Garção a esse respeito: "Se os outros o fazem, quem somos nós pao maisra fazer o inverso".

Vistas as coisas, o que mais dói foi termo-nos subjugado à Câmara Municipal de Lisboa, fazendo de nós um pedinte em permanente estado de fome, isto porque as receitas do bingo deixaram de ter os lucros que antes tinha.

Nesta conformidade, foi descoberta uma nova fonte de rendimentos, a qual, como o Bingo, não dá trabalho algum, excepto obter o alvará enegociar com as petrolíferas o melhor benefício para os nossos cofres.

E se bem repararmos, a política de fazer entrar dinheiro nos cofres passa pelo mínimo trabalho para aobtenção do quanto baste para o nosso futebol e outras actividades.

Ou seja, tudo quanto passe pela política de angariação de novos sócios, pela sua manutenção e pelapolítica de voltar a encher o Estádio do Restelo é uma tremenda chatice, justamente porque dá trabalho.

Acresce ao plano inclinadoemque transformaram o Belenenses, o facto de termos deixado deter dirigentes capazes, com vistaslargas, poder de influência e ausência de criação de uma sã política de parcerias com outros clubes da I Liga.

Ao invés, aceitámos ser o satélite do Porto na querra queentão houve na arbitragem da Liga, em que nós fornecíamos o candidadyo do Porto, mas sóciodo Belenenses, Jorge Coroado, contra o stablishment existente na LPFP.

E à pála disso, passámos a ser a equipaem que todos os trios dearbitragem mais "erravam" contra nós gerando classificações não coincidentes com oquepoderia ser o resultado final de cada jogo.

Com isto, houve apenas um vencedor: o Porto e julgo ser sabido que aquilo que o Pinto da Costa faz nunca é aquilo que ele mandou fazer. E, no caso, nós, os mandatários, fomos perseguidos pela arbitragem até dizer "chega!".

No sentretantos, apesar de considerar que o FC Porto um clube de dimensão regional, deixámos e nunca nos oposemos à adjecivação de "azuis", a qual, paulatinamente, começou a ser atribuído ao clube do norte em nosso desfavor. Em compensação, alimentámos uma estupida guerra com o Boavista por forma tentar ganhar o estatuto do 4º Grande, quando o mais sensato teria sido deixá-los a falar sózinhos.

Relembrando agora e aqui o que há uns meses o que Carlos do Carmo afirmou à comunicação Social, declarações essas pela qual o dito músico entende que o Belenenses se deve confinar á Zona da Grande Lisboa, verifico pelo andar da carruagem que já estivemos mais longe de tal desiderato.

Costumo ver um programa da RTPN denominado a Liga dos Últimos desde há bastante tempos e aquilo é ddivertido, nomeadamente pelos nomes dos clubes, pelas entrevistas efectuadas aos assistentes e pelos comentários. Ora, antes não sentia calafrios de frio, mas agora quando vejo o meu clube a preocupar-se mais pelas amadoras e pelo que há o deixa haver em cofre e comparado com a nossa realidade, aí digo-vos que já estivemos mais longe desse patamar.

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