Saudavelmente excitado, analisemos os factos

Tendo seriamente reflectido no teor da mensagem dum site de candidatura ás eleições do meu Clube, entendi por bem falar com o meu médico pessoal, o qual me fez diversos testes, tendo passado o respectivo atestado de sanidade mental.

Contudo, não deixo de transcrever uma parte das conclusões medicinais feitas ao signatário:

Colocada a questão nos seus exactos termos, com os despiste com recurso a técnicas medicinais, sinto-me mais aliviado e consciente para poder emitir as minhas opiniões sobre os dislates, actos de pura insasatez, descortesia, deselegânca e de atentado ao bom nome do Clube com claro prejuízo para este emitidos pela candidatura da Lista A, nomeadamente pelo candidato a presidente da Direcção.

Vamos, então aos factos.

1. Sobre o Projecto Imobiliário

Dizia Ramos Lopes aquando da sua apresentação aos sócios em Assembleia Geral para o efeito convocada que o Estádio do Restelo não tinha qualquer viabilidade, que não suportava quaisquer obras.
Em entrevista a um jornal desportivo até disse, para tentar justificar a demolição do Restelo, o seguinte e isto é frase em rigor: "Se alguém mexer naquilo dá de si".
Pois esse alguém foi o Belenenses e dentro do Clube foi o Cabral Ferreira que mexeu nele e "aquilo" lá está de pedra e cal, poupando-se ao erário público muitos milhões de euros, porque em meu entender no caderno de encargos da UEFA, não obrigava à construção de novos estádios, mas sim de estádios com os requisistos pelo organismo definidos.
E nós fizemos tal trabalho num Restelo "a dar de si".
Sobre esta matéria que tanto animou os associados quer na Mailing List, quer na AG, interrogo-me onde andava o Palitos quando se queria afectar os terrenos do Estádio do Restelo à edificação de blocos habitacionais e não habitacionais?
Lembremo-nos que nesse projecto a nossa área exclusiva era desde a projectada "Rua Pepe" a abrir onde é hoje o acesso à bancada dos sócios para a esquerda terminando nas piscinas.
Esta Direcção, na área do património, ainda conseguiu adicionar mais umas parcelas de terrenos adjacentes afectas, essas sim, ao projecto imobiliário, uma bomba da Repsol e uma concessão gasolineira em Benfica.
O estilo do candidato da Lista A ao colocar em dúvida o bom ou o mau negócio sobre o projecto imobiliário é dos piores serviços que se pode dar ao Belenenses e não exactamente ao Cabral Ferreira.Porque num tema onde se exige contenção na palavra e a reserva, depois de termos sido acusados por escrito de nos estarmos a tornar não num Clube Desportivo mas em empreendedor imobiliário, pode determinar a acção, pela negativa, a acção dos futuros investidores no Clube, principalmente quando exitem contratos assinados.
No meu curriculum de obras públicas, tomara a mim que a Somague tivesse ganho os concursos a que concorreu, porque era certo e sabido que não teria os problemas que tive com alguns empreiteiros em ter de protelar a libertação das garantias bancárias, por incumprimento de contratos, por erros ou omissões em obra, por erros a posteriori detectados, por não correspondência dos materais aplicados com os contratualmente celebrados, etc.
Se não param este fulano de afirmar dislates que coloquem em causa o nosso Futuro desportivo, alguém tem de o fazer parar.

2. Sobre os ataques aos bloguistas

2.1.Questões prévias

O candidato da Lista A acordou tarde e a más horas para uma realidade pujante no Clube: a sua propagação e grau de intervenção sobre os Corpos Sociais pela internet. Tentou colar-se ou adquirir apoios nos meios netianos, os quais, sem qualquer interesse pessoal conhecido, mas apenas pelo gosto ao Clube e à melhoria da sua Imagem lá vão fazendo o que podem. E o que escreveu convém aqui lembrar:
"Apoios e incentivos à Blogosfera Azul e ao seu maior envolvimento na vida do Clube, como importantes líderes de opinião e de mobilização do Povo do Belém"(sic). Ora bem, não sei se o candidato tem a exacta noção do que se passa nos fóruns de discussão da Vida do Clube, via internet, mas parece que não, já que cada interveniente, detentor de blogue e os seus participantes, para além de qualquer membro inscrito na Mailing List, no site oficial ou até no Record são livres de pensar e traduzir os seus pensamentos a escrito e raramente se deu conta do uso da censura.
A não ser que ele nos quisesse oferecer um novo equipamento informático. Eu até aceitava, mas sem contrapartida do voto nele.

E colou-se mal à "malta da net".

O desatre foi tal que julgo que ainda não ter recuperado para a realidade de ter a quase toda a net azul contra si. E como é que o candidato conseguiu tal desastre junto de nós?

Através do seu site com o qual tentou aproximar-se aos blogues, cometendo dois crimes de lesa pátria, a saber:

1. Tentou dividir os belenenses e

2. Disse um pouco de mal de tudo quanto há de bom, menos bom e assim-assim no Clube, enfatizando ou classificando tudo de mau, defraudadno a Imagem do Clube na praça pública.

Palitos nem se deu conta de uma realidade do perfeito conhecimento dos actuais dirigentes: nós somos muito pouco influneciáveis por uma Direcção que não corresponda aos parâmetros mínimos dos nossos anseios e eles bem que têm lido e ouvido de tudo um pouco.

Um seu apoiante escreveu um blogue um comentário do género: "nós só validamos o Cabral Ferreira pela amizade que temos por ele".

Nada mais falso, porque lá está esta gente nem ler sabe, porque este blogue, à excepção dum elemento que foi taxativo dede o início no apoio ao Cabral Ferreira e na recusa do Palitos, todos os outros vieram progressivamente a apoiar o Cabral Ferreira à condição, ou seja, é necessário que o candidato da Lista B cumpra determinados itens, nomeadamente na área do Futebol, no modelo de gestão e no projecto imobiliário. Apenas o mais cego não leu ou assim o não entendeu.

Pior ainda, quanto mais o Palitos e apoiantes escreviam no site deles mais cavam a sua sepultura eleitoral.

E a alegada rúbrica de "humor"(?) é grotesca.

O incrível neste domínio ocorreu no passado dia 05.03.29, quando o seu site de candidatura me apelida de um vasto leque de adjectivos, entre os quais de demente, excitado, necessitado de tratamento do foro psiquiátrico, actividade inquisitorarial, intimidade ambígua e sei lá que mais.

Já andava mais ou menos refeito da condição de cágado e eis um camião de ofensas.
Obviamente, que tendo estudado agora, como nunca antes o fiz, com recurso ao Direito Administrativo, os Estatutos que regem o Clube, o associado Palitos vai ter de prestar contas na sede própria e tempo oportuno, ganhe quem ganhar as eleições.

Escreverei sobre a matéria ainda antes das eleições para que eventualmente sirva a mais associados.

3. Voltemos ás procurações

Ele foi eleito desta forma e não as contestou. Ponto final.
A minha procuração já foi enviada para o meu amigo e companheiro deste blogue Abel Vieira para que eu possa exercer o meu DIREITO de voto.

4. O anti-projecto para o Futebol

Quanto ao projecto dele para o Clube, embora afirme com alguma firmeza ir lutar pelos lugares cimeiros, não entendo muito bem como é que ele concilia um modelo de gestão que, a meu ver, está em vias de esgotamento: ou seja sustentar as superamadoras, como ele lhe chama, com as amadoras e ainda haver dinheiro para o futebol.
Este candidato deixa-nos, não de sorriso fechado, mas principalmente tristes e a pensar como fomos capazes de eleger um homem destes para Vice em 2000. talvez um poeta popular cá destas bandas soubesse traduzir a verdade sobre ele com os tradicionais versos que nos fazem sorrir a sério.
E aqui está outra matéria que os Estatutos devem rever com carácter de urgência: a não obrigatoriedade da eleição da toda a lista, conferindo a possibilidade aos sócios da exclusão, dentro da lista, através da construção do boletim de voto por forma a que os sócios possam deliberar não só sobre a lista, mas sobre cada nome colocado a sufrágio, sem prejuízo da eleição dos Presidentes da Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal.
Depois, equipara-nos a um Beira-Mar ou a uma União de Leiria, quando quer fazer que com ele cada ponto seria melhor rendibilizado.
Ou seja, equipara-nos a um clube que irá descer de divisão e a outro cuja situação muito pode dever a apitos dourados.
Tomara a mim que cada ponto nosso fosse no valor dos pontos arrecadados pelos da 2ª Circular. Seria sinónimo que talvez estivessémos a lutar pelo título ou, in limine, pela UEFA.

5. O Centro de Estágios

Depois, lá vem ele com o tal Centro de Estágios em Oeiras, o qual é inviável financeiramente, por envolver premissas de difícil solução: os terrenos existentes são exíguos, sendo certo que o concelho de Oeiras é caracterizado nesses terrenos por quotas de terreno muito acentudas em altos e baixos, obrigando a um largo dispêndio de verbas só para movimento de terras, para não falar já na edificação, arrelvamentos e colocação de infraestruturas básicas de água, luz, esgostos, gás natural e redes viárias e rodoviárias(tenho este tipo de informação através de um ex-assessor de Isaltino de Morais).

6. E as Salésias?

Curiosamente, nada lá vejo sobre a recuperação das Salésias.

Aqui não lhe vou ensinar nada, atento o meu estado de excitação ou de demência. Ele que aprenda, se ainda tiver capacidade para aprender.

7. As Piscinas

Agora, vem a questão das piscinas e o facto de a CML estar a edificar outras a "escassas centenas de metros", preparando-se " para alocar os recursos de que dispõe às suas próprias piscinas e o Belenenses perderá uma potencial e importante fonte de receita".

Até pode ser que possamos ter alguma quebra de receitas, o que a ser verdade logo se verá, porque é de todos sabido que o Estado tem feito uma concorrência desleal com as piscinas do Jamor e não tem pejo algum de utilizar as piscinas do Clube pelo simples facto das do Jamor estarem numa situação deplorável.

Este tipo de preocupação é em tudo similar à preocupação emitida bastas vezes pelo falecido Acácio Rosa sobre a bingodependência e o bingo lá está pujante como sempre o foi. Só acho estranho que ao mesmo tempo não se refira a preocupação acrescida da eventual construção dum casino no Parque das Nações.

Aqui, sim. Dá para preocupar.

Se eu não preocupo com as piscinas? Ai preocupo sim, tanto mais que a obra foi inovadora no modelo de piscinas em tina, ao invés de incrustada em profundidade, pelo facto de estarmos em presença duma pedreira que o Estado nos deu a troco das Salésias, dando azo a que possam haver maiores custos de manutenção no sentido de obviar infiltrações para os balneários. Mas o candidato não se preocupa com isto, por uma simples razão: desconhece a realidade física da contrução e da manutenção de umas piscinas construídas em tina, esquecendo que toda a cobstrução sofre de movimentos de rotação imperceptíveis e que causam fendas, as quais precisam de serem periodicamente reparadas, num espaço temporal máximo de 7 em 7 anos.

Saudações Azuis.