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A dança das cadeiras



Notas Prévias:

O post que a seguir vão ler foi escrito por altura das eleições onde Cabral Ferreira disputou o lugar cointra Mendes Palitos.

Ao avançarmos todos estes na História do Clube, suponho que basta mudar os nomes dos antigos para os actuais concorrentes e, coma diferença da indiferença da comunicação social que antes não se observava num acto eleitoral nosso, quase tudo é igual ao que era.

Nada no Belenenses mudou e nada mudará, enquanto as mentalidades não mudarem, enquanto o Clube continuar a balilar com a mais feia e não com a que melhor sabe dançar, só porque a mais feia é aquela que se predispôs a ir para a pista de dança, ao contrário da outra que preferiu ficar em acsa.

Afinal, tal como jogos televisionados, também nas eleições existem eleitores de sofá e de pantufas.


Portanto, ao reler o que antes escrevi, quase me dá um baque ao verificar a fossilização do Clube.

Arrepia, mas é a verdade.

Este ano é marcado no Clube por ser mais um ano eleitoral e para que o Clube se possa melhor afirmar no espectro desportivo, seria saudável e muito conveniente que pudessem haver mais que uma lista com chances semelhantes em competição para os Corpos Sociais.
De facto, o que se tem passado nos 2 últimos actos eleitorais quase faz desencorajar o mais arrojado em apresentar-se ao acto eleitoral.
Há 5 anos, houve o celebérrimo caso da exclusão admistrativa da lista do então candidato Mendes Pinto.
Neste caso, o celebérrimo Regueira não só excluíu um candidato que me parecia reunir boas condições para um sério debate sobre o Clube, como excluíu os sócios subscritores de tal lista, que no entender dessa figura parda, não reuníam as condições para apoiar tal candidatura e só no minha casa excluíu 4 sócios (eu, a minha mulher, a minha filha e o sócio nº 222, o meu pai), os quais por viverem fora de Lisboa cometeram o "pecado original" de serem apenas sócios-correspondentes, situação esta que foi finalmente revista numa alteração estatutária dando mais direitos a esta categoria de sócios (Nota: sei que sou considerado em alguns meios algo corrosivo, mas se não lutasse pelas boas cuasas não estaria cá a fazer nada).
Tal facto, em minha opinião, condicionou de forma decisiva o aparecimento de outra candidatura no acto eleitoral seguinte.

A situação vigente é pouco saudável, porque na prática fica-se reduzido sempre ás mesmas pessoas que hoje são uma coisa e amanhã outra no Clube, mais parecendo um sucessão dinástica determinada por um órgão que todos sabemos ser o "conselho não-sei-das-quantas" assim o determinar e que de eleições tem nada a ver.

Dede 1981 que temos tido sempre mais do mesmo

Ou seja, estamos confinados a uma dança de cadeiras entre as mesmas pessoas desde algumas décadas atrás sob a égide desse órgão nefasto para revitalização do Clube que é o Conselho Geral.
Pode-se marcar um calendário eleitoral, mas a partir do momento em que se condicionam o aparecimento de outros candidatos que não sejam do regíme instalado, não há debate de idéias, não haverá a discussão do modelo de gestão desportiva, enfim, é um deserto de idéias que convidará, tarde ou cedo, o mais inexperiente a ser Presidente dum Clube como o nosso.
E foi há cerca de 5 anos que se viu a RTP1 em preocupar-se a apresentar o debate dialético entre as duas candidaturas que então se apresentaram ás urnas: Sequeira Nunes e José Farinha.
Convenhamos que 5 anos é muito tempo.
E na altura, a sobranceria de Sequeira Nunes foi tal que no debate televisivo, face à questão formulada sobre exclusão de uma lista por parte do Alberto Regueira, ele declarou muito simpaticamente: "Se fossemos três em competição, ganharia mais facilmente". Esta frase, aliás, é típica neste senhor na sua forma de estar no Belenenses ou a forma como ele interpreta o clube em relação a si próprio, porquanto numa AG não muito distante disse quase taxativamente que "Estarei no Belenenses enquanto me apetecer".

Mendes Palitos: o candidato do faz-de-conta

Teria sido bom que aparecesse um outro candidato mais forte e menos comprometido que Mendes Palitos. Assim, quem votar no Cabral Ferreira vai, também, votar no SN, no JB e cias.
E digo isto porque entendo que o candidato Mendes Palitos, por ter já ocupado cadeiras nos jogos de poder do Belenenses em nada pode rivalizar com o candidato Cabral Ferreira, que ora ocupa uma vice-presidência. Nem muito menos pode tecer comentários menos abonatórios a SN, dado que fez parte da sua lista de há 5 anos.

Cabral Ferreira: a evolução na continuidade
e o óbvio vencedor numa campanha descolorida

Sem o contraponto de oposição de listas reais, com iguais chances de competição, que não é o actual quadro destas eleições, não há possibilidades reais de discutir o Clube e um modelo alternativo para o Clube que seja presente aos sócios.
E na minha opinião, as duas listas em confronto estão desde há muito comprometidas

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