Convem não perder

Ainda bem que o futebol está de regresso para que de uma assentada a gente páre um pouco de pensar na desgraça que andam a fazer ao Belenenses, desgraça essa com contornos absolutamente internos, na sequência do saque continuado a que o Clube tem vindo a ser submetido por um conjunto bem identificado de associados que resolveram de há 3 anos a esta parte colocarem o Clube como refém das suas tresloucadas atitudes.

Associados esses e outros nem tanto, meros frequentadores diários do Restelo que nem sequer com um tostão contribuiem para o Clube, mas que, também estes, fazendo-se passar por sócios vão influenciando o quotidiano do Clube.

Como se o Clube fosse uma coutada deles. E não são sócios e outros nem reunem todos os quesitos da plenitude de direitos por continuadamente não pagarem quotas.

Mas, como ía dizendo, falemos um pouco de futebol, já que a agonia da presente época vai chegando ao fim e sinceramente, no meio de tanta incompetência, com a certeza de que temos matéria-prima para estarmos a jogar bom futebol e fazermos outros resultados, lá está a falta cuidado que têm tido para com o desgraçado Clube de Futebol "Os Belenenses".

E essa falta de cuidado dá até para que os respectivos dirigentes e, até, alguns associados, razão pela qual deixei de frequentar a Miling List do Clube, criticarem não os que lá estão, mas só os que lá estiveram e um deles já faleceu. Além do que o meu quadro mental, possivelmente débil, não se coaduna com o que lá se vai passando, sendo certo que o sem número de disparates que lá leio vão-me causando séria revolta interior. Aquilo não era assim...

Enfim, masoquismos a roçar o kafkiano ou o maquiavélico, para não falar em desonstidade intelectual.

Na Madeira e contra o Marítimo e falando de treinadores que se vão encontrar nos Barreiros ás 16H00, o Pacheco leva vantagem sobre o Carvalhal.

Também não será tão difícil, excepto para os apaixonados de Pacheco/Carvalhal que não tanto de Belenenses.

Mas olhemos para os seguintes dados curiosos e rezemos muito para não perdermos:

Esta semana, nos Barreiros, o choque entre Jaime Pacheco e Carlos Carvalhal ditará um desses cruzamentos que têm atrás de si uma história.

O actual treinador do Belenenses tem na sua posse o carimbo de ganhador perante o agora condutor do Marítimo. Jaime Pacheco já venceu cinco vezes Carlos Carvalhal e apenas saiu derrotado pelas equipas do adversário em duas ocasiões: uma em 2006, estava Carvalhal no Restelo e Pacheco no Guimarães (3-1), e outra em 2008, num Setúbal-Boavista (3-1). Em toda a carreira, a supremacia de Jaime Pacheco sobre Carlos Carvalhal foi sendo cimentada em embates onde golos não faltaram. Aliás, e independentemente do vencedor, é sempre certa a festa nas bancadas quando estes "misters" se encontram. Nos sete jogos disputados na Liga entre ambos foram apontados 25 golos, numa média de 3,1 golos por jogo. E, mesmo sem se pegar numa bola de cristal para se fazer futurologia para a partida de amanhã, é de esperar que a tradição se mantenha pois tanto Marítimo como Belenenses têm marcado com regularidade: os verdes-rubros facturaram em todas as partidas da Liga Sagres na segunda volta enquanto que o conjunto do Restelo nos últimos nove jogos apenas ficou em branco uma vez (1-0 contra a Académica).

De qualquer forma, as boas recordações que Jaime Pacheco reaviva cada vez que vê Carlos Carvalhal sentado no banco oposto tendem a ser positivas. Ou não fosse Carvalhal o técnico do Aves, em 2000/01, no jogo onde o Boavista "deu" 3-0 no Bessa e carimbou aí, virtualmente, o seu título de campeão nacional.

Falta falar do árbitro Pedro Proença, com o qual o Marítmo nos Barreiros nunca perdeu. Dá que pensar nesta nomeção.