Voltar à Página Inicial

Vamos votar ou não?



Artigo de Opinião do associado João Pela

Tenho-me recusado a escrever e pronunciar sobre estas eleições, os meus amigos e consócios pedem-me constantemente a opinião e o meu sentido de voto quando nem eu sei e reservo uma posição para mais tarde.

Nenhum dos programas me satisfaz no que se refere às ambições desportivas, à gestão, ao património, à massa associativa, aos praticantes e à reedificação do Belenenses.

Temo portanto que não estejam a votos projectos credíveis com futuro e apenas se vislumbre opções de idoneidade, transitórias que cumpram o hiato até um projecto com alma Belenenses.

Os estatutos recentemente aprovados não irão proporcionar a democracia e modernidade esperada e vamos continuar naquele limbo purgador de pecados ancestrais. É pena ter-se perdido uma oportunidade de construir uma matriz aberta ao futuro e ter-se mantido a sub-jugação ao passado. Enfim, foi um passo quando podia ter sido um salto.

Voltando às eleições, qualquer consócio tem o leque de opções vasto, desde o voto em branco ou nulo, passando pela ausência (dito dos sócios com as quotas em dia) a votar numa das listas, mas também tem a opção de não se rever numa e "engolir o sapo" e votar na outra como quem vota contra uma determinada lista. Portanto são várias alternativas, todas válidas e afinal importantes.

Numa eleição e neste caso para o Belenenses, estão em causa as propostas, os protagonistas e a idéia do eleitor.

Não vou, portanto, analisar os programas já que eles se equivalem e os dois são sofríveis do meu ponto de vista, logo restam as equipas e os seus principais protagonistas.

Votar na lista A e em Viana de Carvalho será votar numa personalidade coerente que não se desvia significativamente do caminho traçado, previligiará os números na óptica do economista e deixará que as pressões conduzam as modalidades. Permitirá desvios consoante o modo como lhe fôrem colocadas as questões. Não irá muito longe no investimento e o tempo do mandato não concederá grande espaço para brincadeiras. Respeitará, dentro do possível, os compromissos assumidos no programa e os que vierem a ser sancionados, deixando cair os elos mais fracos do ponto de vista económico.

Votar na lista B do Barbosa é o máximo. Se o pseudónimo de PINÓQUIO que o acompanha há décadas e aposto por ex-colegas de direcção, não traduzir a sua maneira de estar, será uma excepção idêntica a nível de probabilidades com a saída do totoloto. Barbosa sempre mentiu descaradamente e quando se faz de sério, sentindo a necessidade de ser credível, dá umas pérolas do tipo " não vou integrar a CG", ou de "não me candidatarei", enfim, algo que não lhe é exigido nem se justifica, mas ele faz questão de dizer o que não pensa. Trata-se de um manifesto mentiroso compulsivo que mente por mentir. Não que tenha muitas vezes maldade no propósito e também não acredito que queira mal ao clube, como não tenho qualquer nota idêntica sobre os que o acompanham, mas mente. Concluindo, votar em Barbosa será votar na incerteza ou na consciência do programa não cumprido, nos resultados medíocres e nas muitas desculpas intervaladas com os silêncios. O endividamento e as soluções serão fracas. Quem gosta do método pode pôr o X nesta lista.

Para quem não goste maioritariamente no candidato da lista A ou B pode sempre apostar em votar em branco, nulo ou na oposta como o mal menor.

Se mesmo assim fôr difícil e não tiverem trocos, podem sempre pedir uma moeda emprestada no bar do pavilhão e lançar ao ar (favor devolver a moeda ao proprietário).

Etiquetas: ,




Enviar link por e-mail

Imprimir artigo

Voltar à Página Inicial


Weblog Commenting and 
Trackback by HaloScan.com eXTReMe Tracker