Voltar à Página Inicial

Lavagem de dinheiro nas transferências do futebol



Outro dia, escrevi eu aqui sobre a lavagem de dinheiro sujo via transferências de jogadores de futebol.

Diga-se que falamos de transferências milionárias e não de transferênciasinhas, das nossas, à portuguesa ou à Belenenses.

E isto fica à reflexão de todos nós, principalmente os mais atentos ao fenómeno desportivo, onde muitas interrogações se nos colocam, a saber, por exemplo, estas:

1. Como é que há clubes a surgirem do nada a imporem regras na liga profissional passandoa afazer da sua Direcção ou órgão socaisi sem, no entanto, terem constituído a respectiva SAD?

2. Como há clubes que, ano após ano, apenas gastam fortunas anuais em aquisições de jogadores sem contrapartidas de alienações de activos?

3. A PGR anda assoberbada com muitos e muitos casos de suspeição de corrupção do futebol indígena, mas ainda não entrou na questão das transferências de jogadores, não se entendo a alteração súbita de preferência de alguns mercados e empresas de colocação de jogadores e não de transferências normais entre clubes.

4. Acessoriamente, em Portugal parece poder haver um director desportivo de um clube de nomeada directamente ligado a uma empresa de apostas desportivas, onde pela indicação das apostas assim se vai influenciando os resultados.

5. E ainda que haja na mesma prova clubes que sejam autênticos satelites de outros pela recepção em massa de jogadores, como seja o caso do FC Porto com o Braga, Vitória de Setúbal e Olhanense, para não entrar pelos caminhos da II Liga.

6. Portugal é desde há muitos anos um paiís prefrencial onde se trafica droga, onde a mesma é desembarcada quase ás claras e pela incapacidade de meios dos agentes policais, tendo eu e mais gente visto situações caricatas na costa ao Sul de Sines da Brigada Fiscal ficar literalmente a ver navios e eu interrogo-me se uma parte do produto cá desembarcado não se destina também ao futebol ou, se pelo contrário, as transferências de alguns clubes estão totalmente cobertas por patrocínios.

7. Como é possível existirem certos clubes com números a virem do nada?


Um relatório do Grupo de Acção Financeira (FAFT-GAFI) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aponta os clubes de futebol como “veículos perfeitos para a lavagem de dinheiro” por criminosos.

O documento salienta que a lavagem de dinheiro sujo através do futebol não passa apenas por investimento em clubes, mas também pelas transferências de jogadores, que por vezes envolvem “verbas astronómicas”, pela indústria de apostas, designadamente online, e pelos patrocínios e publicidade.

O relatório, intitulado “Lavagem de dinheiro através do sector de futebol”, salienta que, com a crescente cooperação do sector financeiro no combate à lavagem de dinheiro sujo, os criminosos adaptaram-se e procuraram novos canais para lavar os resultados das suas actividades ilegais, ficando vários sectores de actividade legais em risco de serem infectados pelas suas actividades.

Depois, em Fevereiro do corrente ano, viemos a saber o seguinte, através da Tvnet, daquilo que já se vai passando sobre a matéria no país vizino, dos nuestros hermanos:

Investigação anti-droga atinge clubes em Espanha

As autoridades espanholas levaram a cabo nas últimas horas uma operação contra o tráfico de drogas, que alegadamente atinge dois empresários e jogadores de alguns clubes espanhóis.

Os Agentes da Unidade de Drogas e Crime Organizado do Corpo Nacional da Policia Espanhola apreenderam 600 quilos de cocaína, que estava ocultada em contentores, tendo ainda procedido a 11 detenções.

Entre os detidos está um jogador do Rayo Vallecano ainda no activo e dois ex-jogadores do Hércules. Até ao momento não foram revelados os nomes dos envolvidos.

Segundo fontes da investigação, o presumível líder deste grupo era Zoran Matijevic, um antigo agente de futebolistas e com antecedentes ligados ao narcotráfico.

E depois surge-nos mais esta notícia, via MaisFuebol:
José Luis Caminero, outrora estrela do futebol espanhol, foi detido na passada terça-feira pela Guarda Civil no âmbito de uma operação policial contra três grupos organizados que se dedicavam ao tráfico de drogas e ao branqueamento de capitais. Além do ex-jogador, a Guarda Civil efectuou mais 30 detenções.

Caminero saiu depois em liberdade, mas permanece como suspeito. A operação policial decorreu em Madrid (onde Caminero foi detido), Valladolid, Sevilha e Barcelona. Além dos 31 detidos a Guarda Civil apreendeu meia tonelada de cocaína, dois milhões de euros, máquinas para contar dinheiro, veículos topo de gama e documentação variada.

A rede, dividida em três grupos, operava introduzindo em território espanhol o estupefaciente trazido do México e Colômbia. A divisão espanhola, à qual Caminero alegadamente pertencia, usava empresas legais como fachada para branquear capitais obtidos através do tráfico de droga.
José Luis Caminero, 41 anos, jogou pelo Real Valladolid (seria seu director desportivo em 2008) e Atlético Madrid, onde conquistou o campeonato espanhol da época 1995/96 (o último vencido pelos «colchoneros»). Caminero foi internacional espanhol 21 vezes e jogou o Campeonato do Mundo 1994 e o Europeu 1996. No Mundial de 1994, realizado nos Estados Unidos, foi uma das principais figuras da selecção espanhola, apontando três golos na caminhada que se ficou pelos quartos-de-final.

Pelo exposto, será crível que nesta matéria sejamos uns anjinhos?

Etiquetas:




Enviar link por e-mail

Imprimir artigo

Voltar à Página Inicial


Weblog Commenting and 
Trackback by HaloScan.com eXTReMe Tracker