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Milhões & Tostões



Notas Prévias:

O Correio da Manhã publicou ontem um breve, mas esclarecedor estudo dos níveis salariais praticados pelos diferentes clubes profissionais de futebol.

Sem embargo se reconhecer que os salários efectivamente pagos pouco ou nada são coincidentes com a realidade, dá, no entanto, para perceber que o futebol em Portugal não pode evoluir de modo algum, sendo certo que a tendência é para a sua desvalorização em termos comparativos com as restantes ligas europeias.

A este propósito, vejamos que o Apoel de Chipre aqui há umas dezenas de anos levou 16-1 numa eliminatória da Taça das Cidades com Feira e hoje surge na Chanpions League a dar cartas em Madrid.

Fica-se, no entanto a saber que o salário médio do jogador de futebol da I LIga é de € 13.200/mês e que retirados os valores pagos pelos três estarolas, tal valor cai para os € 5.900/mês.

O Belenenses é citado como o exemplo do corte rente dos salários dos jogadores caíndo do extraordinário valor de 11 milhões de euros para se descer de divisão, valor este que teve o brilho gestionário da dupla Fernando Sequeira (o tal gestor do grupo Pina Moura) e do eterno João Barbosa, para uns simpáticos 4 milhões de euros este ano.

Suponho ter ouvido alguém ter-me dito que o tecto salarial no nosso Clube é, em princípio, de € 4.000/mês e que tal tecto admite uma ou outra excepção para confirmar regra.

E a azia que eu já tinha, e ainda tenho, a gestões tão brilhantes que nos obrigam a cortar rente na modalidade raínha do nosso Clube, uma pessoa ao ler este breve estudo de jornal, sendo o Belenenses dado como referência de uma política de contenção, então fica explicado a assimetria de tão brilhantess gestões versus obtenção de resultados, obrigando direcções futuras a terem de desenrascar por aquilo que o ano passado foi malbaratado na área do futebol.

Claro está que quem faz uma equipa de 11 milhões teria de prometer a Europa, porque afinal quem nada percebe de futebol, tal como o consumidor, vê nas prateleiras produtos para o mesmo fim, uns acabam por escolher o mais caro julgando ser melhor que o mais barato. E, no fundo, julgo que foi isso ter acontecido no Belenenses na época transacta, sendo certo, que na certa a esta hora ainda estaremos a pagar prestações de salários em atraso deixados o ano transacto, potr forma a podermos cumprir os pressupostos financeiros definidos pela Liga.

Tal política, claramente suícida, acaba por ser apontada, agora, e por terceiros como exemplos a não seguir.

Uns com tanto, outros com tão pouco. Assim vai a realidade financeira do nosso campeonato. No fundo, uma questão de milhões. Ou de tostões, como dirá a grande maioria dos clubes do primeiro escalão do futebol português.

O salário médio dos jogadores da Liga ronda os 13 200 euros mas se a estes números retirarmos as contas de FC Porto, Benfica e Sporting a verba cai para menos de metade: 5900.

De acordo com os dados recolhidos pelo Correio Sport, e numa altura em que muitos dos orçamentos dos 13 restantes clubes ainda não foram consolidados, os salários médios ajudam a perceber a dura realidade económica do futebol português, em que os vencimentos de jogadores como Hulk, Bruno Alves, Pablo Aimar, Javier Saviola, Liedson ou João Moutinho surgem como atentados à pobreza em tempos de crise acentuada.

Emblemas como Olhanense, Belenenses ou U. Leiria apresentam os orçamentos mais baixos da Liga. Do Algarve à cidade do Lis, contenção é a palavra de ordem. “O Belenenses foi obrigado a reduzir de maneira drástica o orçamento para esta época. Dos 11 milhões de 2008/09 passámos para quatro na época corrente”, disse ao Correio Sport Miguel Ferreira, administrador da SAD dos ‘azuis’ e homem-forte do futebol do Restelo.

Em Olhão, os recentes resultados desportivos fazem orelhas moucas ao controlo salarial. Contas feitas aos vencimentos da equipa técnica e restante plantel, os algarvios sustentam-se com pouco mais de 1,2 milhões de euros/ano. “Não encontram orçamento mais baixo que o nosso”, disse ao Correio Sport Isidoro Sousa, presidente do Olhanense, admitindo que na época passada, ainda na Honra, os números batiam nos 700 mil euros.

Analisando a média retirada do conjunto dos 16 clubes do escalão principal, um jogador em Portugal teria de esperar mais de sete meses para amealhar o salário médio de um futebolista da liga espanhola. Ao que o Correio Sport pôde comprovar, um atleta do país vizinho recebe, em média, 97 200 euros/mês, valores agravados com a chegada de nomes como Cristiano Ronaldo, Kaká, Benzema ou Ibrahimovic.

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