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A promoção da marca do Belenenses



O Marketing e o Merchandising, como bem sabemos, são duas realidades que estão quase ausentes quer da estrura orgânico-funcional do Clube, quer da realidade prática.

Passam-se anos sobre anos, com tudo quanto é mundo a evoluir a uma velocidade astronómica e cada vez mais difícil de mensurar, tal é a concorrência feroz que existe entre empresas dedicadas ao mesmo ramo de actividade e afins, sendo certo que desde o mais simples ao mais imponente clube em Portugal, não se deixa de fazer qualquer coisa para promover o nome dos respectivos clubes.

A feitura e a venda de camiosolas, porta-chaves, canivetes, cahecóis e galhardetes é a coisa mais simplória que qualquer clube pode e deve mandar fazer para fazer circular o clube pelas ruas das cidades e das aldeias. Não há quem não o faça.

O Belenenses é um caso raro em muitas coisas, desde o pensar que é muito rico em ter 600 modalidades, em pensar que ainda é grande, porque já o foi, em pensar que a sombra da História desportiva abafa os nossos actuais inêxitos e o de pensar que há-de haver sempre alguém que faça por nós aquilo que nós não fazemos por nós.

Sempre aqui tenho dito que a imagem que tenho dos nossos dirigentes é a de continuarem sentados no cadeirão do Restelo, de perna traçada, bebendo um whisky ou uma limonada, esperando que o trablaho chegue feito até eles. Até aquele que eles nem imaginam ser necessário lhes chega sem se fazer uso do...trabalho.

Esta é a idéia genérica que tenho dos nossos dirigentes que está até bem sintetizada pelo simples facto deles se comglumerarem à sombra do conselho de anciãos, órgão perfeitamente ineficaz e motidavor dum liasser-faire laisser-passer, onde os vocábulos progresso, modernidade, computador ou as siglas USB, UE devem constituir a referência a obcesnidades puníveis pela lei sapateiro que os meus pai utilizavam quando eu ou o meu irmão nos descaíamos em largar um vocábulo menos de acordo com a praxis de então.

Farto-me de dara voltas e mais voltas para tentar perceber a razão pea qual podendo fazer-se dinheiro, abdicamos da tais receitas.

Farto-me de interrogar a razão pela qual não contratatamos com um grupo empresarial para lançar uma linha de produtos que articule o nome Belenenses ao meio físico e à epopeia dos Descobrimentos.

Despesas até talvez nem as tivessemnos por aí além se tal empresa contiver uma clussula do pagamento dos serviços em consignação das vendas.

Farto-me de interrogar da razão de a Loja Azul ser uma autêntica miragem.

Interrogo-me da razão pela qual não aproveitamos a existência de nomes sonantes do mundo do espectáculo, da polítioca e do desporto para corporizar o lançamento de uma grelha de produtos que surjam,num repnete, nas lojas de desporto, numa Sportzone, numa Decathlon e por aí fora.

Fui pesquisar os nomes que ao longo dos anos vestiram as nossas cores e dá para chorar não se aproveitar um só deles, salvo um momento em que o Cabral Ferreira gerou a idéia do patrocínio de modalidades mediante figuras públicas ligadas essencialmente ao meio musical e artístico.

Veja-se a este propósito a lista que aleatotriamente aqui reproduzo, sem desprimor para os ausentes:

Músicos:
Amália Rodrigues (sem dúvida a mais famosa cantora portuguesa de sempre); Lucinda do Carmo; Carlos do Carmo; João Pedro Pais; Luís Represas (ex-Trovante); Frederico de Freitas (Maestro); Gonçalo da Câmara Pereira; Mirita Casimiro; Pedro Barroso; Tony de Matos; Carlos Alberto Moniz.

Actores, e/ou Escritores e/ou Jornalistas e/ou figuras do Espectáculo:
Albano Homem de Mello, José António Saraiva (ex-Director do Expresso); Badaró; Baptista Bastos; Fernando Ferrão; Francisco Nicholson; Henrique Mendes; Homero Serpa; Humberto Madeira; Jacinto Ramos; João Villaret; Marina Tavares Dias; Pedro Homem de Mello; Raúl Solnado; João Didelet; Sónia Brazão; Sara Santos (Miss Playboy TV Portugal 2006); Filipa Paixão (vencedora do casting FHM de 2006); Hugo Sequeira (Actor de teatro, cinema e televisão); Vítor Ennes (Actor e Modelo); Margarida Pinto Correia (Jornalista e Escritora); Cristina Areia (Actriz).

Políticos:
Américo Tomás (ex-Presidente da República); Teixeira Gomes (ex-Presidente da República).

Nota: O facto de um Presidente da República do Estado Novo e de um Presidente da I República terem sido adeptos e sócios do Belenenses desde logo desmente a alegada relação privilegiada do Belenenses com o Estado Novo. De resto, o Belenenses foi 3 vezes Campeão de Portugal antes de Salazar se ter tornado presidente do Conselho, não se conhecendo, aliás, qualquer simpatia clubística da sua parte. Figuras gradas do regime caído em 25 de Abril existiram nos quadros dirigentes de todos os principais clubes portugueses. De resto, o modo como o Belenenses obteve e perdeu tanto as Salésias como o Restelo mostram que foi preterido - e não beneficiado - em comparação com os outros maiores clubes lisboetas (Benfica e Sporting). Também foram seus e só seus os três jogadores que se recusaram a fazer a saudação fascista num jogo com a Espanha: Mariano Amaro, Artur Quaresma e José Simões. Clube plural, há no Belenenses pessoas de direita como de esquerda, como das diferentes opções religiosas e filosóficas ou de distintos estratos sociais.

Outras figuras da política:
António Pinto Leite (ex-deputado pelo PSD); Baltasar Rebelo de Sousa (Ex-Ministro); Carlos Sousa (ex-Presidente da Câmara de Setúbal e antes de Palmela pelo PCP - CDU); Idália Moniz (Secretária de Estado); João Luís Moura (Governador Civil de Lisboa); João Pinho de Almeida (deputado da Assembleia da República pelo CDS); Luís Nobre Guedes (ex-Ministro e ex-deputado pelo CDS); Manuel Sérgio (deputado da Assembleia da República pelo PSN); Marcelino Marques (da Comissão Coordenadora que preparou o 25 de Abril); Mário Duarte (embaixador); Soares Carneiro (candidato à Presidência da República e ex-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas); Vale Guimarães (Governador Civil de Aveiro); António Nunes (Presidente da ASAE).

Desporto:
António Livramento (melhor jogador do mundo de Hóquei em Patins de todos os tempos); Filipe Gaidão (Hóquei em Patins); João Pinto (Andebol); Paulo Simão (jogador com mais internacionalizações em Basquetebol); Salvador do Carmo (Seleccionador Nacional e Presidente do Clube); José Maria Antunes (Seleccionador Nacional); Gomes da Silva (Coordenador da Selecção Nacional no Mundial de 1966); Humberto Fraga Fernandes (Presidente do Odivelas FC); Décio de Freitas (árbitro); Jorge Coroado (árbitro internacional); Luís Santos (ex-Presidente da Federação Portuguesa de Andebol e da Confederação Portuguesa de Desportos); Homero Serpa (Jornalista do Jornal "A Bola"); Vítor Serpa (Director do jornal "A Bola"); Alexandre Pais (Director do jornal "Record"); Hélio Nascimento (jornalista do Jornal "Record"); Ayrton Senna da Silva (Piloto de F1).

CONCLUÍNDO:

1. Apenas por preguiça não investimos seriamente no merchandising;
2. Apenas por má interpretção dos tempos que vivemos, não temos uma política de marketing que realce as nosass imagens em todo o país (outdoors, spots publicitátrios, conferências de imprenas, workshsops com jornalistas, seminários, etc)
3. Estando a nossa tesourria no limiar das nosas despesas, menos entendo uma aposta clara e sustentada numa política de venda de produtos numa relação de sócio/adepto/cliente.
4. É aperentemente fácil a feitura de kits de época. Porque não os produzimos e os vendemos, realizando uma importante receita na altura das contratações?
5. Porque não pedimos directamente aos ex-sócios que voltem para a nossa Família, através de garantias reais extensíveis ao universo familiar?

Nota Final: Numa das cadeiras do meu curso de Economia, um dos meus professores justificou à data (finais dos anos 60 e inícioo dos anos 70) a existência do marketing e promoção dos produtos, justificando tal medida com o seguinte exemplo: um produto vende-se sempre, mal ou bem, vende-se, mas se não for colocado à venda de certeza que não se vende...

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