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O crédito mal parado: jogadores e finanças despotivas



Quando Fernando Couto foi jogar para o Parma, em Itália, lembro-me perfeitamente de uma das primeiras entrevistas dele sobre as diferenças entre o nosso futebol e o futebol italiano.

Em Itália, como é sabido, há um qualquer segredo que sinceramente não sei explicar, que faz perdurar os jogadores até idades impensáveis no futebol cá do sítio, sendo muito frequente os bons plantéis serem fornecidos com jogadores de 30 e mais anos, havendo casos pontuais de quase atingirem os 40 anos de idade, situação que se cá ocorresse era um cabo dos trabalhos em convencer que fulanos, afinal, ainda ali estão para as curvas.

Eo facto é que a Itália está num dos primeiros lugares do futebol mundial.

Mas nessa entrevista do Fernando Couto, ele tentou maximizar o nosso futebol em relação ao italiano fazendo, ou tentando fazer, crer que o clube de onde ele era de origem ter não sei quantas dezenas de jogadores no plantel, aos que todos riram da piada do emigrante português, isto porque os plantéis italianos são deveras muito curtos e não chegam aos 20/25 jogadores.

Face a tal assimetria e à supremacia dos italianos sobre nós, foi o bom do Fernando Couto gozado pelos seus colegas italianos.

E isto faz que pensar, uma vez que os plantéis por cá:

1. nas equipas ditas grandes têm mais de 30 jogadores, para além de vários outros, que ainda são outras dezenas, que se encontram emprestados a diversos emblemas e, até, desempregados, situação para a qual a LPFP seguiu a directiva da FIFA em aceitar um prolongamento dos períodos de inscrição de jogadores para os jogadores que treinam à parte do plantel ou simplesmente desempregados e

2. as equipas medianas, quase todas as outras, onde os plantéis oscilam entre os 24 a 30 jogadores que cosntituem a folha salarial de cada um destes emblemas a entregar contribuições ao fisco e à segurança social.

Isto faz qu pensar, porque estando o Belenenses da actualidade no grupo dos medianos, tendo, ainda, alguns jogadores emprestados, não deixa de haver aqui um crédito mal parado em função do grau de utilização de alguns desses jogadores, uns até que nada contribuiram no campeonato, sendo, por vezes, lançados nas últimas jornadas quando a classificação está consolidada, em jeito de prémio de consolação por ter estado tanto tempo no banco e, por vezes, nem convocados foram, porque só podem ser convocados 18 de cada vez.

Se houvesse lguma racionalidade na apreciação da eficácia versus extensão do plantel podíamos reduzir este crédito mal parado com toda a naturalidade.

Mas lá está, não podemos ser só nós a dar o ponatpé de saída, quando não podemos destapar a nossa manta ou nos pés ou na cabeça.

Terá de haver, isso sim, uma política coordenada que fosse promovida pela LPFP no sentido de ajudar os clubes a não contratarem tanta gente, por vezes inutilmente.

E bastava a Liga não ser uma espécie de Tio Patinhas que vive muito à pála das multas aplicadas a jogadores e clubes, quases empre liquidadas só pelos clubes e isso faria diminuir o peso dos plantéis nas finanças de cada SAD ou Clube.

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