Mamma mia !!!
A AG do próximo dia 25 promete aquecer o Pavilhão Acácio Rosa, com o ponto 3 da ordem dos trabalhos a ser o mais polémico. Ao que apurámos, o plano de saneamento financeiro a apresentar pela direção liderada por Viana de Carvalho passa por um novo empréstimo de 16 milhões de euros. Mais: o complexo desportivo do Restelo será apresentado como a garantia real, cenário que está longe de ser consensual entre os sócios.
Este novo empréstimo visa consolidar a dívida dos azuis, ou seja, liquidar o empréstimo de 5 milhões contraído junto do Banif no mandato de Fernando Sequeira, amortizar o PEC e fazer face a outras dívidas urgentes. Isto numa altura em que o passivo conjunto do clube e SAD andará entre os 18 e os 20 milhões de euros.
A intenção dos dirigentes está a suscitar preocupação entre os sócios mais ilustres dos azuis, conforme ficou bem vincado no último conselho geral. Aliás, a exigência de mais informações sobre um assunto tão delicado levou mesmo à marcação de nova reunião para a próxima 6.ª feira, ou seja, antes da AG decisiva.
Alerta
Gouveia da Veiga, antigo candidato à presidência e sócio reconhecido do clube, não esconde a sua preocupação. "Não é assim que se fazem as coisas. Não há qualquer informação sobre a entidade bancária envolvida nesse eventual empréstimo, nem acerca da respetiva taxa de juro ou prazo de liquidação. Além disso, há que avaliar bem as garantias reais", afirma o advogado, de 40 anos, acrescentando: "Do ponto de vista teórico, faz sentido um novo empréstimo de forma a consolidar a dívida, mas terá de ser enquadrado num plano de reestruturação pensado e definido."
No cenário atual, Gouveia da Veiga deixa um apelo. "Os sócios não podem decidir em consciência porque não estão informados. Espero que haja uma afluência em massa à AG, de forma a que a intenção da direção não seja viabilizada. Estou muito preocupado, pois estas coisas não podem ser feitas assim, em cima do joelho", salienta o associado.
Quase despromovido à Liga de Honra, o Belenenses enfrenta uma séria crise financeira que obriga a encontrar dinheiro rapidamente, para fazer face às despesas inerentes à próxima temporada
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