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Restelo em 1957



No final do Século XIX e até meados do Século XX
de Alcãntara a Belém fervilhavam as rotas mercantis



É impressionante como os tempos passam e e pomo-nos a olhar para a obra do Estádio do Restelo e aquando da década da sua inauguração, assim como dos terrenos envolventes, e sinto uma espécie de traição continuada que fizeram e continuam a fazer ao Belenenses.

De facto, como se não tivesse bastado terem-nos expulso do Campo Pau de Fio, o que, aliás, até era compreensível, porque postes só na baliza, também tiverama aousadia de nos expulsarem das nosass Salésias, dando aqui origem ao sonho sempre ambicionado do lampião anti-belenense Cosme Damião, o qual na época só não rebentou connosco porque não conseguiu.

Na foto em cima, olho para todos aqueles terrenos, onde situam muitas moradias e as Torres dop Restelo e verifico que cada transição desde o Pau de Fio para o Restelo foi sempre a perder mais-valias de patrimoniais.

E, sinceramente, não entendo a razão pela qual o Belenenses não cria um lobby político-partidário no sentido de apresentar a conta dos prejuízos causados pelos diversos podeerse, autárquico e central, ao Belenenses, tendo em vista sermos definitivamente compensados com:
1. a devolução das Salésias e
2. com a entrega de terrenos urbanizáveis, taal e qual 1qualquer autarquia procede com os demais clubes a nível local, sendo um perfeito exagero aquilo que se observa na Madeira.

Teremos de superar ancestrais dificuldade de índole não desportiva e que estão a asfixiar o Belenenses.

A vizinhança de um monumento nacional e de interesse público acaba por acarretar maiores entraves às pretensões dos azuis. É que esta realidade implica a entrada em cena do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), o que aumenta ainda mais a morosidade na concretização do projecto. Isto porque o Estádio do Restelo fica inserido na Zona Especial de Protecção (ZEP) dos Jerónimos instituída pela Portaria 46/96 de 30 de Maio -- a qual inclui também as Capelas de S. Jerónimo e Santo Cristo e dois edifícios na Rua de Pedrouços -- facto que obriga qualquer alteração de arquitectura a ser submetida à administração central.

O Instituto Português do Património Arquitectónico destina-se a zelar pela manutenção dos imóveis considerados de interesse cultural. Foi neste âmbito que o projecto de reconversão do Estádio do Restelo foi enviada à apreciação do IPPAR.
No caso do Estádio do Restelo, este enquadra-se numa zona especial de protecção (ZEP), dada a proximidade do recinto com o Mosteiro dos Jerónimos. O processo já foi analisado e despachado negativamente pelo vice-presidente do IPPAR, dr. Paulo Pereira.

Não entendo como conseguimos estar tantos anos a fio parados atrás das secretárias do Restelo, sem levantar o traseiro e solicitar audiências peruiódicas com os grupos parlamentares, entregando o dossier do prejuízo financeiro e patrimonial causado ao Belenenses pelos diversos poderes.

Não entendo a razão pela qual tenham passado tantos juristas pela área do poder da cadeira presidencial do Belenenses, nenhum deles se tenha lembrado de accionar judicialmente a Câmara Municipal de Lisboa pela acção de esbulho das Salésias.

A zona de Belém e da Ajuda é linda, sempre o foi e já teve mais vida, apesar de ser mais desertificada que o é agora.

Belém é local de eleição no roteiro turístico da cidade de Lisboa e aí é inconcebível que qualquer direcção ao olongo dos anos não tenha colocado o Restelo na Roteiro Turístico da Cidade.
Se os Jerónimos cairam parcialmente no terramoto de 1755, isto não cai?

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