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Metade dos clubes tem salários em atraso



Metade dos clubes que disputam as ligas profissionais de futebol tem salários em atraso. O caso mais grave é o do Estrela da Amadora, com sete meses por pagar. Hermínio Loureiro, líder da Liga de Clubes, admite a mancha e aponta soluções.

O flagelo dos salários em atraso no futebol português abrange metade dos clubes, nas duas divisões profissionais. A maioria dos emblemas que não tem os pagamentos em dia regista um mês por pagar, mas há casos mais graves, como o que afecta o Estrela da Amadora, que, ainda por cima, é reincidente.

Ainda há quem pague a tempo e horas, com destaque para os três grandes, que têm todos os salários regularizados, mas o certo é que metade das 32 equipas que disputam a Liga e a Liga de Honra tem vencimentos em atraso. Bem conhecido é o drama do Estrela, com sete meses em falta, apesar de dois terem sido pagos através do fundo de garantia salarial do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF). O problema, além da dimensão social, tem provocado greve aos treinos, num clube já habituado a ser notícia por sucessivos incumprimentos, mas que consegue "fintar" os regulamentos e manter-se em competição, apesar de os jogadores puderem rescindir em bloco. "É uma situação que mancha a imagem do futebol português, mas a Liga tem em marcha soluções que vão apertar o cerco aos incumpridores", realça, ao JN, Hermínio Loureiro, o presidente da Liga.

O organismo já anunciou a intenção de impedir o acesso às provas profissionais da época 2009/ /10 a quem tiver salários em atraso em Maio. A medida, confirmou Hermínio Loureiro, vai a votos em assembleia geral, até ao início de Maio.

"Importa fazer um apelo à moderação salarial e criar mecanismos que evitem estas situações. O licenciamento dos clubes tem de ser feito com maior rigor", defende o líder da Liga.

Além do Estrela da Amadora, igualmente complicada é a situação do Vitória de Setúbal, com quatro meses em atraso, há ainda os casos de Belenenses e Leixões, ambos com dois meses por pagar, enquanto o trio Nacional, Marítimo e Académica tem um mês em atraso, embora exista um acordo com os jogadores de receberem apenas, ao dia 20 de cada mês, o salário do período anterior. Numa nuance que virou moda em alguns clubes, a Naval já tem pago os salários a prestações. Nesta altura, o clube da Figueira da Foz tem parte do mês de Março por pagar, o que espera fazer na próxima semana. Já o Paços de Ferreira "saltou" da lista dos incumpridores, ao pagar, ontem, o mês de Março.

Na Liga de Honra, Boavista e Varzim, com quatro meses em atraso, protagonizam os casos mais graves, mas a lista dos incumpridores envolve ainda Estoril, Beira-Mar e Portimonense - todos com dois meses por pagar -, e Vizela e Gil Vicente, ambos com um mês em atraso.

Apesar de metade não pagar a tempo e horas, há jogadores nos plantéis dos clubes incumpridores que têm salários em dia, dado que estão em situação de empréstimo e os vencimentos são pagos, regra geral, pelas equipas de origem.

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