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Fernando Mendes droga-se?




E se o Fernando Mendes fosse dar banho ao cão?

Fernando Mendes, 42 anos, fumador em toda a carreira como assume, drogado às vezes, ex-jogador do Belenenses e que passou por todos os clubes campeões nacionais resolveu lançar um livro. Chama-se "Jogo Sujo".

O rapaz lá resolveu meter a boca no trombone e confessar que jogou drogado, protegeu os clubes com claques que lhe pudessem dar uma trepa e dá a entender que terá sido nos médios e pequenos que cometeu o pecado.



Por vezes envolve colegas nas acusações de doping, mulheres nos estágios, corrupção, treinadores a extorquirem dinheiro a jogadores num emaranhado do “diz que disse mas não disse” com dedo acusatório ao Boavista e ao Belenenses.

Como jogador terei que dizer que foi mediano e não me deixou saudades das poucas vezes que o vi jogar com a camisola azul, em boa verdade nem com as outras.

Como jogador profissional, jogou:

Sporting (de 1985 a 1989)
Benfica (de 1989 a 1991)
Boavista (1991/92)
Benfica (1992/93)
E. Amadora (1993/94) 7º
Boavista (1994/95) 9º
Belenenses (1995/96) 6º
F.C. Porto (1996 a 1999)
Belenenses (1999/2000)12º
V. Setúbal 2ºII 13º(2000 a 2002)

Ora jogou no Belenenses (1995/96) 6º lugar no campeonato com 14 vitórias, 9 empates e 11 derrotas e em (1999/2000) que alcançámos elevado 12º com 9 vitórias, 13 empates e 12 derrotas. Será caso para perguntar se o milho que o rapaz tomava não era mesmo da maçaroca porque nos resultados não se vê aquela vitalidade que garante ter havido. A vacina antirrábica já sabemos que nem sempre fazia efeito.

É claro que por questões caseiras descarta-se e aponta o dedo aos colegas por atenderem nos estágios as garinas que iam pedir autógrafos ao quarto dos jogadores durante a noite que ele não era dessas coisas, mas fica sempre bem no livro. Compreendi-te!

Como convém os casos invocados são crimes que não regista a data mas o mais certo é terem prescrito.

No fundo é giro algumas respostas a perguntas que aproveita para divulgar o livro:

A partir dos "vinte e tal anos", houve três clubes onde teve "grandes épocas": Porto, Boavista e Belenenses. Dopou-se no Porto?

Não.

E no Boavista ou no Belenenses?
Não respondo.

Antes destes clubes nunca se tinha dopado?
Que eu soubesse não. Quando chegava a um clube havia muitos medicamentos e nem sempre era informado do que andava a tomar. Havia clubes que nos davam cápsulas sem qualquer nomenclatura ou a marca do medicamento. Hoje o controlo é mais apertado e os clubes não arriscam tanto.

Então como é que diz que não foi dopado? Não sabia a milho?

"Havia jogos em que entrávamos no balneário e perguntávamos: onde está o milho? Aparecia o massagista com uma bandeja recheada de seringas para dar a cada um. Parecíamos galinhas de volta do prato, à espera da vez"

Fernando Mendes diz que todos sabiam, mas ninguém se insurgia. Colegas falam de busca de protagonismo pelo antigo internacional.

"Cada um que fique com a sua consciência", atira João Vieira Pinto, seu companheiro no Benfica, Boavista e selecção. "Nunca precisei de tomar nada para vencer. É uma das coisas de que mais me orgulho na vida", refere, assumindo-se um crítico severo do uso de doping. Colega de Mendes no Belenenses, Taira mostra-se surpreso com a atitude do autor de "Jogo Sujo", acusando-o de querer protagonismo. "Nunca usei ou vi colegas a consumir doping e duvido que tal tenha sucedido no Belenenses", sustenta Taira. "Fomos sujeitos a vários controlos e não houve casos positivos", acrescenta. Tulipa, que se cruzou com Fernando Mendes em épocas diferentes, também nega ter assistido a algo suspeito.

Tais situações são ainda "novidade" para os então presidentes do Boavista e do Belenenses, dois dos clubes indiciados na autobiografia. "Não tenho conhecimento de tal", sustenta Valentim Loureiro, que remete a eventual responsabilidade destes actos para o jogador e para os médicos ou massagistas de então. "Isto é uma parvoíce", frisa José António Matias, alertando que o "jogador devia ter denunciado tais práticas era na altura".

Segundo Luís Horta, director do Conselho Nacional Anti-Dopagem (CNAD), o número de casos positivos no futebol tem diminuído substancialmente em relação aos anos 90 - rondavam os 2% das amostras recolhidas contra os menos de 1% nesta década. Em 2008, houve apenas 3 casos, equivalentes a 0,3% das análises. "Hoje, os controlos são muito diferentes, realizados sem aviso prévio, em competição e fora dela, à urina e às vezes ao sangue", diz Luís Horta, que não tem dúvidas que "é impossível um clube ou atleta saber que será alvo de controlo".

Os clubes são sorteados por sistema informático e os jogadores sorteados 15 minutos antes do final do jogo. Este sistema foi montado no final de 90, após a PJ, em colaboração com o CNAD, ter detectado que um funcionário deste organismo e um médico com ligações a clubes "vendiam substâncias dopantes e informação de controlos", o que levou à prisão dos dois implicados.

“... no final de um jogo em que tínhamos usado «doping», chegávamos ao balneário e pedíamos a «anti-raiva»: uma cápsula que nos era dada para baixar a dose que tínhamos tomado anteriormente”

Olha, vai dar banho ao cão e aproveita lava a boca.

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