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A Cruz de Cristo




Foi grande a variedade de cruzes utilizadas pela Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim "Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici"), mais conhecida como Ordem dos Templários ou Ordem do Templo fundada na sequência da Primeira Cruzada em 1096.

Os cavaleiros templários de mantos brancos com a cruz vermelha, seriam à época as melhores forças de combate entre as Ordens Militares e os membros não-combatentes geriam um enorme património em toda Cristandade, pouco condizente com a sua designação de “pobres cavaleiros”. Foram eles que criaram as técnicas financeiras que constituíam o início do sistema bancário que permitiu erguer fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.

O rei Filipe IV de França, endividado com a Ordem, conseguiu que o Papa Clemente V em 1312 a dissolvesse.

Ora D. Diniz que reinava em Portugal não esteve pelos ajustes das acusações e perseguições papais à Ordem dos Templários e em 1319 conseguiu a criação da Ordem da Cruz de Cristo, entregando-lhe os bens dos Templários que o mesmo será dizer que lhe trocou o nome à Ordem após inquirir de havia algo que se lhe apontasse, e foi declarou que os cavaleiros da Ordem do Templo em Portugal estavam inocentes.

Vários símbolos foram utilizados pelos Templários, sendo o mais comum a cruz ancorada. O símbolo da Ordem de Cristo, é a mesma cruz vermelha de braços abertos, sobre a qual foi colocada uma cruz grega branca que na cristandade é sinal de inocência ou pureza.

A Ordem de Cristo, rica e poderosa, patrocinou as grandes navegações lusitanas. A cruz de Cristo foi o estandarte da Ordem que o reproduziu no traje, na arquitectura e a pintou nas velas das naus, esculpiu nos padrões de um lado e o escudo português do outro.

A cruz também sofreu derivações mas há uma derivação que é incorrecta, trata-se da cruz de Cristo com braços de tamanhos diferentes, como se fosse um crucifixo. Ou seja: A cruz deve ter os braços iguais, porque originalmente ela se baseia no desenho octogonal da nave principal do antigo templo de Jerusalém.

Isto tudo, para explicar que a cruz interior (a branca) não pode ter os braços abertos, porque senão não é uma cruz grega e as cores da cruz têm que ser o vermelho na cruz maior (a de braços abertos) e o branco na cruz interior sobreposta (a cruz grega).

Contamos então com duas cruzes na formação da Cruz de Cristo e como não há duas sem três, o Belenenses acrescentou o sautor que o mesmo é dizer que utilizou a cruz de Santo André, um simbolo heráldico em forma de X ou cruz na diagonal.

Este sautor que aparece no emblema de forma regular usa a sua forma diagonal na bandeira quebrando a geometria e marcando a sua natureza. O símbolo em azul aparece isolado na bandeira da armada russa ou em composição em numerosas bandeiras, como a da confederação de estados americanos, Nova Escócia (Canadá), etc.

Como já foi dito, a cruz parte da geometria do templo de Salomão, portanto octogonal, todavia a sua construção passa por três octogonos como iremos ver na sua construção.

Um octógono que geometricamente se pode definir de múltiplas maneiras, desde a régua e um compasso ou esquadro de 45º, por comodidade obtemo-lo com a sobreposição de dois quadrados concêntricos, sendo um rodado 45º. Unindo cada vértice de um lado ao vértice correspondente do lado paralelo, obtemos na intercepção os pontos verdes que formam um segundo octógono. Ligando-os e prolongando-os encontramos a intercepção que formam os braços e nascem as serifas assinaladas com pontos amarelos. A ligação dos pontos verdes aos seus opostos formarão um terceiro octógono que marca a “largura” da cruz grega a branco que se estende até a uma linha que une as serifas do braço.

As variantes que aumentam ou prolongam as serifas devem-se a estilizações devido ao suporte, por exemplo, a utilização em suporte esférico ou arredondado sofre alterações para uma melhor leitura como acontece ao planisfério, mas no nosso caso não faz sentido.


(clique nas imagens para melhor definição)

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